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Greve: emprego de força federal não foi requisitada pelos estados

em Manchete Principal
quinta-feira, 24 de maio de 2018
Ministro da Segurança, Raul Jungmann: governo monitora a greve dos caminhoneiros.

Ministro da Segurança, Raul Jungmann:  governo monitora a greve dos caminhoneiros.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, declarou ontem (24) que o emprego de força federal para conter a greve dos caminhoneiros não foi requisitada pelos estados, mas que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem feito a escolta de caminhões-tanque até os aeroportos, para que possam abastecer aeronaves. Jungmann falou com a imprensa após palestra durante a Conferência sobre Segurança Pública na FGV, na capital paulista.
“O governo, evidentemente, monitora [a greve dos caminhoneiros] e temos informações praticamente hora a hora, produzidas pela Polícia Rodoviária Federal e área de inteligência”. Um gabinete de crise do governo federal trabalha no monitoramento, segundo o ministro, e uma eventual utilização das Forças Armadas ocorreria somente em ‘último caso’. “Não temos tido maiores choques. Temos, efetivamente, bloqueios”, disse.
A crise trazida pela paralisação dos caminhoneiros atrasou a sanção do projeto de lei que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), antes prevista para ocorrer esta semana. De acordo com Jungmann, alguns ministérios ainda “se debruçam” sobre o projeto e poderão sugerir vetos. Para ele, a melhor maneira de lidar com o tema de segurança pública é investir em uma política nacional estruturada na prevenção e rever o sistema penitenciário.
Três em cada quatro presos no país praticaram roubo, furto ou são usuário de drogas e pequeno traficante. “Estamos abarrotando o nosso sistema”. O ministro defende ampliação do uso de penas alternativas e de tornozeleiras eletrônicas para evitar que jovens que cometeram crimes leves sejam recrutados pelo crime organizado dentro das cadeias. “O sistema penitenciário é controlado por gangues e quadrilhas pelo Brasil afora” (ABr).