Com redução de 1,5 ponto percentual nas taxas de juros do crédito rural, o presidente Temer anunciou, ontem (6), no Palácio do Planalto, junto com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, R$ 194,37 bilhões para financiar e apoiar a comercialização da produção agropecuária brasileira. Os recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019 poderão ser acessados pelos agricultores entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2019.
Do montante, são destinados R$ 151,1 bilhões para o crédito de custeio, sendo R$ 118,8 bilhões com juros controlados e R$ 32,3 bilhões com juros livres. O crédito para investimentos ficou em R$ 40 bilhões. Além dos recursos de crédito para custeio e para investimentos de R$ 191,1 bilhões, estão sendo destinados R$ 2,6 bilhões para o apoio à comercialização e R$ 600 milhões para subvenção ao seguro rural.
O ministro Blairo Maggi destacou ganhos de produtividade e de eficiência do setor. “Na medida em que ficamos mais fortes e presentes no mundo, enfrentamos mais resistências. E concorrentes se voltam contra o Brasil. É nesse momento que o protecionismo mostra suas garras e o país sofre fortemente. Mas o objetivo é continuar a crescer cada vez com o uso da ciência e da tecnologia”.
Maggi lembrou dos recursos para armazenagem com juros atrativos. Disse também que o setor mais capitalizado, tem produtores em condições de realizar investimentos e de custear a produção com recursos próprios, além de ser crescente a presença do setor privado como financiador. Segundo o ministro, a necessidade de financiamento do agro é de R$ 390 bilhões ante os R$ 191,1 bilhões de fontes oficiais ofertados (a diferença em relação aos R$ 194,3 bilhões se refere a seguro rural e apoio à comercialização).
“Hoje, 50% da produção não depende mais do crédito oficial e outros agentes estão também chegando para financiar. Produtores também estão bancando sua própria produção”. Maggi falou de maneira otimista sobre o agro: “que dá muita alegria ao país, à economia”, afirmando: “rumo a 250 milhões de toneladas na próxima safra”. O secretário de Política Agrícola do ministério, Wilson Vaz de Araujo, lembrou que a origem dos recursos de financiamento não são do Tesouro, mas de caderneta de poupança rural, fundos constitucionais, letras de crédito do agronegócio (AI/Agricultura).
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