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Economia do país vai crescer 2,7% em 2018, prevê Instituição Fiscal Independente

em Manchete Principal
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
A ampliação da massa de salários e a queda da taxa de juros e do comprometimento de renda sustentam uma perspectiva de aceleração do crescimento econômico para este ano.

A ampliação da massa de salários e a queda da taxa de juros e do comprometimento de renda sustentam uma perspectiva de aceleração do crescimento econômico para este ano.

O crescimento do PIB em 2018 deverá ser de 2,7%, segundo previsão da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, em relatório mensal apresentado ontem (19). A previsão anterior era de 2,3%. O documento traz atualizações das estimativas para curto, médio e longo prazos. Além disso, segundo o estudo, a ampliação da massa de salários e a queda da taxa de juros e do comprometimento de renda sustentam uma perspectiva de aceleração do crescimento econômico para este ano.
Os analistas da IFI preveem um panorama mais positivo para a dívida bruta do governo. Em outubro de 2017, o cenário básico apontava que a dívida chegaria ao pico de 93,5% do PIB, em 2025. Agora, sinaliza 86,6%, já em 2023. Ou seja, a trajetória de queda do indicador dívida/PIB deve se iniciar antes do previsto, o que é positivo, segundo Felipe Salto, diretor-executivo da IFI. “Atividade econômica melhor, juros mais baixos, resultado primário mais elevado e antecipação dos pagamentos dos créditos do Tesouro junto ao BNDES ajudam a compreender as alterações — afirmou o economista Felipe Salto, diretor-executivo da IFI.
Apesar de um cenário econômico-fiscal mais favorável apresentado no relatório, os especialistas lembram que para os próximos anos a situação ainda é desafiadora, a começar pela contenção da trajetória das despesas sem comprometer o funcionamento da máquina pública. Segundo Felipe Salto, há risco de não cumprimento do teto de gastos previstos na Emenda Constitucional 95/2016 a partir do ano de 2019. “São necessárias medidas para limites dos gastos obrigatórios, notadamente com pessoal e previdenciários. O risco de não se cumprir o teto de gastos é elevado. Espero que ocorra algum avanço na reforma da Previdência, ainda não seja a que está em negociação atualmente”, advertiu.
O Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) é a principal publicação da IFI, cuja missão é analisar o cumprimento das metas fiscais, a evolução dos indicadores econômicos e das contas públicas. Além disso, estão entre as suas atribuições a elaboração de cenários prospectivos e a avaliação dos efeitos fiscais das ações do Estado. As próximas edições do RAF têm previsão de publicação para 12 de março e 9 de abril. o número oficial do PIB de 2017 será divulgado pelo governo em 1º de março (Ag.Senado).