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BNDES registrou lucro líquido de R$ 6,7 bilhões em 2018; 8,5% maior que 2017

em Manchete Principal
quarta-feira, 27 de março de 2019
BNDES temproario

BNDES temproario

O presidente do banco, Joaquim Levy, destacou as participações societárias, que subiram de R$ 5,1 bilhões em 2017 para R$ 9,9 bilhões em 2018.  Foto: Tânia Rêgo/ABr

O BNDES registrou lucro líquido de R$ 6,711 bilhões em 2018, um resultado 8,5% maior que o de 2017. O presidente do banco, Joaquim Levy, destacou o papel do resultado com participações societárias do BNDES, que subiu de R$ 5,1 bilhões em 2017 para R$ 9,9 bilhões em 2018. “Os resultados apontam para duas tendências: de um lado, tem o decorrente da carteira de empréstimo, com uma dinâmica menos intensa, e do outro, é a parte da carteira de participações acionárias e societárias, que tem sido mais intensa, especialmente na segunda metade do ano”.
O resultado positivo dessas participações se deve em parte ao lucro com vendas de ações, que aumentou de R$ 3,6 bilhões para R$ 6,1 bilhões. Nesse valor, destacam-se os lucros nas vendas de participações na Petrobras, com R$ 2,2 bilhões, e na Vale, com R$ 2,6 bilhões. Ainda que tenha reduzido sua participação, o BNDES também ganhou com a valorização de sua fatia remanescente nessas duas companhias, sendo R$ 1,3 bilhão com a Petrobras e R$ 790 milhões com a Vale.
Apesar desse resultado, Levy afirmou que as variações das participações societárias dão maior volatilidade ao capital do banco. “Elas nos dão grandes alegrias, mas são uma fonte de volatilidade. Estamos tentando encontrar ativos para o BNDESpar que diminuam a volatilidade e que tenham maior valor adicionado”, disse ele, que afirmou que o banco vai buscar maior atuação na área de infraestrutura.
Em 2018, a carteira de empréstimos passou de R$ 560 bilhões em dezembro de 2017 para R$ 520 bilhões em dezembro de 2018, refletindo a redução de investimentos na economia e o amadurecimento da carteira de crédito. As despesas com provisões para risco de crédito somaram R$ 5,9 bilhões, sendo R$ 2,236 bilhões para empréstimos com o Governo da Venezuela e R$ 2,183 bilhões para empréstimos com o Governo de Cuba. Já as demais provisões somam R$ 1,479 bilhão.
O balanço também informa que as despesas administrativas e de pessoal se mantiveram em torno de R$ 2,2 bilhões. Houve queda na participação dos lucros dos servidores do banco, de cerca de 74%. A razão dessa redução foi o aumento da parcela de lucro do banco que veio de lucros não recorrentes, como as participações societárias. Em 2018, houve aumento de 62% no volume de tributos pagos pelo BNDES sobre o lucro líquido. No ano passado, o banco pagou R$ 5,2 bilhões em impostos (ABr).