O Banco Central (BC) aumentou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do PIB foi ajustada de 0,5%, estimativa de junho, para 0,7%, de acordo com o Relatório de Inflação divulgado ontem (21). “A revisão positiva reflete, principalmente, o desempenho do PIB no segundo trimestre, superior à mediana das expectativas do mercado”, diz o relatório. E que indicadores têm mostrado “surpresas positivas, ensejando perspectivas favoráveis para o crescimento da atividade”.
Na revisão da estimativa, o crescimento do PIB é puxado pelo setor agropecuário. A projeção do crescimento anual da agropecuária passou de 9,6% para 12,1%. A projeção para a evolução da atividade industrial no ano passou de crescimento de 0,3% para recuo de 0,6%, refletindo o menor desempenho na construção civil.
O BC também projeta aumento do consumo das famílias em 0,4%, “em função da expressiva desinflação e seu impacto na renda, além de melhora de indicadores no mercado de trabalho – particularmente do rendimento real [descontada a inflação] e, mais recentemente, da ocupação – e de crédito para pessoas físicas”. Lembra, também, que “houve o efeito temporário positivo dos saques das contas inativas do FGTS”. A estimativa para a queda no consumo do governo passou de 0,6% para 1,8%.
Para o BC, o PIB vai apresentar crescimento de 2,2% no próximo ano. As atividades da agropecuária, da indústria e de serviços devem registrar avanços de 1,5%, 2,6% e 1,9%, respectivamente. O crescimento estimado para o consumo das famílias ficou em 2,5% e da Formação Bruta de Capital Fixo em 3%. A projeção para o consumo do governo é de expansão de 1%, enquanto as exportações e importações de bens e serviços devem crescer 4% e 6%, respectivamente (ABr).
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