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Apurações da PF indicam crime contra a população, diz ministro da Agricultura

em Manchete Principal
sexta-feira, 17 de março de 2017
Acusado chega à sede da Polícia Federal de São Paulo na operação ‘Caene Fraca’.

Acusado chega à sede da Polícia Federal de São Paulo na operação ‘Caene Fraca’.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, divulgou na sexta-feira (17), nota oficial na qual avalia que as apurações da Polícia Federal (PF) na Operação Carne Fraca, contra fiscais agropecuários e empresas do setor de proteína animal, indicam “um crime contra a população brasileira, que merece ser punido com todo o rigor”. “Neste momento, toda a atenção é necessária para separarmos o joio do trigo. Muitas ações já foram implementadas para corrigir distorções e combater a corrupção e os desvios de conduta, e novas medidas serão tomadas”, completou.
Na nota, o ministro reafirmou que coordena as ações envolvendo sua Pasta e confirmou o afastamento imediato de todos os envolvidos, além da instauração de procedimentos administrativos “Todo apoio será dado à PF nas apurações. Minha determinação é tolerância zero com atos irregulares no ministério”, completou Maggi. O ministro confirmou ainda ter suspendido a licença de 10 dias prevista para começar na próxima semana para acompanhar o caso.
A BRF Foods divulgou nota, na sexta-feira (17), comentando a operação da Polícia Federal. A empresa disse que está colaborando com as autoridades para o esclarecimento dos fatos e disse que cumpre as normas e regulamentos referentes à produção e comercialização de seus produtos. “Possui rigorosos processos e controles e não compactua com práticas ilícitas”, afirma. A empresa é uma das 40 citadas na operação Carne Fraca. Entre os 26 presos preventivamente pela PF, está o gerente de relações institucionais e governamentais da BRF, Roney Nogueira dos Santos. O vice-presidente da BRF, José Roberto Pernomian Rodrigues, foi conduzido coercitivamente para depor.
No que diz respeito à empresa, a PF disse ter encontrado carne com salmonela em sete contêineres da BRF com destino à Europa, com entrada por Roterdã, que deveriam chegar a Espanha e Itália. O delegado federal que conduz o caso, Maurício Moscardi Grillo, disse ainda que a investigação tentou interditar o frigorífico por causa da incidência de salmonela, o que não aconteceu. O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, disse que o governo determinou o afastamento de 33 servidores envolvidos. O afastamento foi determinado pelo ministro Blairo Maggi (AE).