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Ambiente é favorável à aprovação da reforma da Previdência, diz líder

em Manchete Principal
quinta-feira, 04 de janeiro de 2018
O líder do governo, André Moura (de terno escuro e gravata azul), com integrantes do centrão. A turma cobra caro pela fidelidade ao Planalto.

O líder do governo, André Moura (de terno escuro e gravata azul), com integrantes do centrão. A turma  cobra caro pela fidelidade ao Planalto.

Articuladores do governo na Câmara se reuniram ontem (4), em almoço com o presidente da Casa, Rodrigo Maia, para discutir a retomada das negociações para aprovação da reforma da Previdência. A avaliação é que o ambiente para votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ainda é favorável. “Estamos em viés de alta, a perspectiva é melhor que no final do ano passado”, definiu o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE).
Os governistas seguem contando votos e, segundo fontes, ainda estão longe de alcançar os 308 votos para aprovar, em dois turnos, a proposta. A percepção dos aliados do governo Temer é de que o ambiente pró-reforma melhorou e que há uma consciência difundida na opinião pública de que as mudanças são necessárias para a sustentabilidade do sistema previdenciário. De acordo com Moura, como a maioria dos parlamentares está em viagem, a estratégia será manter contato telefônico com líderes partidários e com os deputados que passarem por Brasília nos próximos dias.
Na opinião do líder, a pressão da sociedade contra a reforma hoje é “bem menor”. “Vamos aproveitar o momento de otimismo para avançarmos”, afirmou. Ainda que o cenário seja positivo para o governo, Moura trabalha com a perspectiva de votação do texto até o final de fevereiro. Maia quer iniciar a votação a partir do dia 19 do próximo mês. “Não cravaria uma data. É a partir do dia 19”, declarou.
O líder do governo no Congresso disse que a declaração do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, sobre a concessão de empréstimos de bancos públicos a governadores mediante o esforço deles para convencer suas bancadas a votar favorável à PEC não teve efeito negativo na base aliada. Os aliados não só apoiam a declaração de Marun como não enxergam o gesto como uma “chantagem” do governo federal. “A prioridade dos governadores são empréstimos e a do governo é a reforma. Eles (governadores) podem ajudar o governo”, concluiu Moura (AE).