A Abiesv – Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo – está com uma série de iniciativas que visam auxiliar fornecedores e varejistas neste período em que as lojas estão fechadas e alguns já sofrem inadimplência. Entre as ações da entidade estão a assinatura junto com outras organizações nacionais do setor de ‘carta aberta à sociedade’; realização de encontros online semanais com associados para troca de ideias e informações que possam ser úteis neste momento.

Tamém, a realização de pesquisas periódicas junto aos associados para saber como está a situação e definir ações que beneficiem a todos; e intensificação de troca de informações entre dirigentes da Abiesv e associados, em um grupo já criado no WhatsApp. “É importante trocarmos frequentemente informações e estarmos juntos para planos de ações e ideias criativas para, assim, passarmos por mais este desafio até que seja dissipada a pandemia de COVID-19 no Brasil, e ficar mais fácil a retomada. E que esta retomada seja o mais rápido possível, mesmo que de forma parcial”, afirma Marcos Andrade, presidente da Abiesv.

A entidade tem o compromisso permanente, que neste momento se intensifica, de levar a fornecedores e varejistas informações atualizadas. “Hoje esse conteúdo é em quase sua totalidade referente à suspensão das atividades. Mantemos os associados a par de medidas do governo, pesquisas do impacto da pandemia no varejo e iniciativas de algumas empresas maiores que podem servir de referência aos pequenos, entre outras notícias”.

Será um ano de muitas negociações. A tentativa é que haja negociação nos pagamentos que temos para receber e não a simples suspensão dos mesmos, da mesma forma que haja negociações nos pagamentos a serem feitos para que sejam cumpridos

Segundo Andrade, a ‘carta aberta à sociedade’ está entre as iniciativas da Abiesv de se unir a demais associações reforçando a representatividade junto aos órgãos governamentais para trazer benefícios aos associados. A carta foi assinada por associações nacionais que representam 105 mil lojas em todo o Brasil, mantém 4 milhões de empregos diretos, e tem faturamento de R$ 192 bilhões.

A carta foi escrita sobretudo em função das consequências econômicas do período de suspensão das atividades e descrevem propostas destinadas aos bancos e instituições Financeiras – como aumento da oferta de crédito no mercado, facilidade do acesso, flexibilização da análise de crédito, entre outros – e ao Governo Federal e aos Governos Estaduais, referentes a impostos e outros.

Carta na íntegra: (http://portaldovarejo.com.br/carta-aberta-a-sociedade/).

Para Andrade é importante ter uma voz forte perante os governos para prorrogar vencimento de impostos, “pois têm ainda muitas medidas incertas ou que mudam a toda hora”. Já nas reuniões online promovidas pela Abiesv com seus associados, todos têm dado ideias sobre estratégias e compartilhado ações de empresas ou entidades e decisões das indústrias. “Será um ano de muitas negociações. A tentativa é que haja negociação nos pagamentos que temos para receber e não a simples suspensão dos mesmos, da mesma forma que haja negociações nos pagamentos a serem feitos para que sejam cumpridos”, diz o presidente da Abiesv.

Para que a entidade tenha uma ideia geral do que está acontecendo no comércio, mesmo antes de iniciar essas reuniões online, realizou pesquisa junto a seus associados, e já se nota uma deterioração do ambiente de negócios. “Vamos continuar fazendo pesquisas que nos servem de parâmetros para uma atuação mais eficaz a cada momento”, conclui Andrade (AI/EBC).