Roberto Tsukino (*)
A verdade é que, assim como tudo na vida, as empresas que não inovam ou não atualizam os seus métodos e processos estão fadadas à estagnação. Desse modo, a inovação corporativa é um processo crucial para o desenvolvimento do negócio e culmina na valorização da marca assim como na melhoria dos resultados e do lucro.
O fato é de conhecimento público, porém na hora de implementar é que surge os desafios. Assim, chegamos na situação em que 88% das empresas alegam incentivar seus colaboradores a proporem novas ideias, entretanto apenas 23,5% usam os meios e ferramentas adequados, conforme estudo da AEVO e Inventta.
Diante desses dados, fica a pergunta: como podemos aplicar a inovação corporativa com eficiência?
O programa Shark Tenda, promovido pela Construtora Tenda, é um exemplo a se notar. Liderado pela área de inteligência de inovação, o projeto conseguiu mostrar como inovar é uma disciplina essencial para o sucesso do negócio. Ao passo em que soluciona problemas estratégicos, ainda auxilia a empresa a fincar a cultura de inovação entre os colaboradores, criando soluções que agregam valor ao setor imobiliário.
Em uma de suas edições, foram 109 participantes e 16 projetos, que ao longo de quatro meses aplicaram ferramentas e métodos comumente usadas por startups. Todo o processo foi idealizado e acompanhado pela gerência de inteligência da empresa.
O grande diferencial dele é o seu teor prático, que correspondeu a 80% do tempo. Isso fez com que o engajamento dos colaboradores aumentasse formidavelmente. Eles realizaram um Design Sprint, para geração de protótipos; em seguida foram organizados em squads e, então, aplicou-se métodos ágeis para gestão de projetos.
O Shark Tenda impulsionou a Construtora a estimular a participação ativa de todos os colaboradores com iniciativas que reduzissem os custos operacionais e aumentassem a receita. Eles atuaram como empreendedores dentro da empresa em áreas como operações, marketing, financeiro, suprimentos, jurídico, entre outras.
Ao longo do ano, o projeto se mostrou muito satisfatório, com o amadurecimento dos times no que diz respeito à flexibilidade, transparência e comunicação. Os squads conseguiram desenvolver projetos com retorno real para a empresa da ordem de milhões, além de também obter projeções promissoras.
O Shark Tenda mostra que métodos imersivos e dinâmicos contextualizados com a cultura da empresa são a chave para obter resultados positivos na inovação corporativa e, consequentemente, nos resultados quantitativos e qualitativos da empresa.
(*) É Vice-Presidente da Bluefields.
