Bruno Rezende (*)
No complexo panorama econômico brasileiro, o Produto Interno Bruto é uma métrica fundamental para ser acompanhada não apenas pelos economistas, mas também por empresários e empreendedores. O PIB representa a soma de tudo o que é produzido no país em um determinado intervalo de tempo.
Estamos falando de cada etapa do processo produtivo de uma plantação, fábrica ou de um prestador de serviço, por exemplo. Entender quais são as implicações do aumento ou queda desse índice é importante para compreender como o país está gerindo a economia e, a partir disso, fazer ajustes, tomando decisões mais embasadas.
Além de avaliar o desempenho econômico, o PIB também indica setores em progresso ou recessão. Permite ainda a comparação entre países, identificando diferenças financeiras e oportunidades de comércio, e é indispensável para ajustar medidas fiscais e monetárias. Embora não meça diretamente o bem-estar, essa métrica também está associada ao padrão de vida, especialmente quando há aumentos.
No Brasil, o PIB é calculado e divulgado pelo IBGE a cada três meses. Manchetes que destacam a evolução do PIB entre trimestres são bem comuns. Podemos dizer que é o mais importante termômetro de uma economia, ainda que não seja o único. Pelo fato de ser o indicador econômico mais agregado no país, há o efeito colateral de não ser capaz de explicar o comportamento de mercados.
Ele pode crescer, enquanto a indústria de papel e celulose, por exemplo, está contraindo a produção. Ou seja, para explicar comportamentos de um setor específico, outros indicadores, menos agregados e mais nichados, certamente trazem maior precisão. A obtenção de previsões precisas do PIB para os próximos anos é significativamente impulsionada pela IA.
Nesse contexto, algoritmos são empregados na criação de modelos de séries temporais, adaptando-se às mudanças nas relações entre fatores relevantes ao longo do tempo. Além disso, a tecnologia é hábil em gerar simulações e cenários mais complexos, considerando uma ampla gama de variáveis e aspectos de influência, possibilitando análises mais minuciosas de potenciais trajetórias econômicas.
(*) – É CEO da 4intelligence ([email protected]).