A maioria (67%) das empresas brasileiras declaram que as mudanças profissionais, desde a automação de processos manuais, até mudanças de capacitação e novas habilidades, são o principal impacto da inteligência artificial (IA) nas organizações.
Além disso, 23% dizem que o desenvolvimento da inovação e as questões de propriedade intelectual são preocupantes devido ao crescimento do uso da IA generativa. Esses dados estão na recente pesquisa Innova Talks, feito pela KPMG do Brasil, que analisa as novas fronteiras da inteligência artificial e sua crescente influência no cenário dos negócios.
“As empresas precisam se preparar cada vez mais para transformações profundas nas competências e habilidades necessárias dos seus profissionais. Assim poderão ter mais sucesso nas suas operações em um ambiente cada vez mais automatizado e digital”, afirma Marcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil e na América do Sul. Segundo o conteúdo, outros impactos citados estão relacionados à governança, com os riscos éticos e de privacidade (8%) e climático (2%).
A publicação também indica que Desenvolvimento de Produtos e Inovação será a área com processos mais afetados pela IA pelos próximos 5 anos, conforme 44% dos respondentes, enquanto 21% declararam que serão as Operações e Cadeias de Suprimentos que sofrerão maior impacto nesse período, seguidos dos que responderam as áreas de Atendimento ao Cliente e Suporte (19%) e Marketing e Vendas (15%).
A pesquisa ainda demonstra que 35% das empresas preveem um orçamento já determinado de até R$ 1 milhão para o desenvolvimento da inteligência artificial e a sua adoção nos próximos 12 meses; já 9% afirmaram ter um orçamento entre R$ 5 e 20 milhões para o mesmo período.
A pesquisa foi realizada no evento Innova Talks – Next Frontiers of AI, em agosto deste ano, promovido pela KPMG do Brasil, e feita com 71 executivos, dos quais 58% são presidentes, diretores e/ou ocupam cargos C-level e 13% são membros de conselhos. Fonte: AI/KPMG.