41 views 5 mins

E-commerce: quais são as “dores” do mercado e como se diferenciar?

em Mais
quinta-feira, 20 de março de 2025

Setor tem crescido nos últimos anos e se tornou alternativa para outras áreas, como o varejo e o franchising

O setor de e-commerce no Brasil tem crescido ano a ano. Segundo dados do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, o comércio eletrônico no país movimentou quase R$ 200 bilhões em 2023, um aumento de 4,8% em relação ao ano anterior. A evolução e adaptação das tecnologias no mercado brasileiro refletem na consolidação das vendas digitais na economia.

No entanto, ainda é um segmento que encontra algumas barreiras, principalmente para aqueles que buscam entrar – ou que entraram recentemente – no mercado digital. Casos como softwares mal otimizados e travamentos de página se tornam verdadeiras “dores” para os empreendedores, que visam ampliar seus negócios e alcançar ainda mais consumidores.

Diante desses dados há também um movimento de construção dessas plataformas. De acordo com Erlon Labatut, especialista em varejo e franquias, nos últimos anos houve uma procura maior das empresas em desenvolver um sistema próprio de e-commerce, especialmente em setores como o varejo e o franchising.

“Muitas marcas ainda preferem vender através de plataformas estabelecidas, como Mercado Livre e Amazon, por entenderem que é um passo mais simples. Entretanto as empresas de grande e médio porte já passaram a implementar sua própria plataforma, entendendo isso como um investimento a longo prazo, além de um posicionamento de marca”, explica Labatut.

Ele afirma que existem dois obstáculos principais na criação de um e-commerce próprio: o custo investido e o conhecimento sobre as novas tecnologias. Os valores costumam variar entre R$9.600 e R$30.000, a depender das funcionalidades da plataforma. Em alguns casos, o investimento inicial pode superar os R$50 mil.

Para empresas de pequeno porte, esse valor muitas vezes foge da realidade. Esse cenário muda quando falamos de grandes redes e franquias.

“Uma rede de franquias, por exemplo, precisa ter um e-commerce bem estabelecido. Ele traz inúmeros benefícios: a curto prazo pode atrair novos clientes e fortalecer os franqueados através de comissões. No longo prazo teremos um aumento de receitas por parte da matriz, pois cada uma das unidades servirá como uma vitrina da marca”, completa.

Para Paulo Camargo, diretor executivo da iTalents, startup tecnológica que tem como um dos braços o desenvolvimento de plataformas e canais digitais de vendas, a popularização do sistema fez surgir a necessidade de uma solução mais especializada para o modelo de negócio do franchising.

“Quando uma marca contrata uma consultoria para montar um e-commerce próprio, ela está contratando também todo um know-how focado em experiência de usuário. Um e-commerce de qualidade precisa ter seu público-alvo definido, pois é com base nos usuários que se constrói uma plataforma”, pontua.

As soluções oferecidas pela empresa permitem integrações com sistemas de venda existentes, proporcionando aos franqueadores uma plataforma robusta e escalável para digitalizar seus canais de venda. Isso resulta em uma experiência de compra melhorada para os clientes finais e em maior eficiência operacional para os franqueados.

“Nosso foco está em capacitar os franqueadores e instrumentá-los com ferramentas que permitem inovação contínua, enquanto oferecem suporte essencial aos franqueados, que estão na linha de frente do negócio”, diz, reforçando também a aplicabilidade das inteligências artificiais e outros sistemas que fomentem estas integrações.

Com um e-commerce próprio, a marca ganha autonomia para definir preços, personalizar a experiência do cliente e fortalecer o relacionamento com seu público, sem as limitações e taxas impostas por marketplaces de terceiros. Além disso, a coleta e análise de dados permitem decisões estratégicas mais assertivas, impulsionando as vendas e a fidelização.

“Embora os marketplaces possam ser um canal importante de vendas online, depender exclusivamente deles pode limitar o controle sobre o negócio e comprometer a margem de lucro. Ter um e-commerce próprio oferece liberdade, identidade e escalabilidade, garantindo um posicionamento sólido no mercado digital e a construção de um relacionamento duradouro com os clientes”, finaliza Erlon Labatut.