Em estudo recente realizado pela Fecomércio-SP, em seis meses o e-commerce avançou o equivalente a seis anos em decorrência da pandemia. As vendas que respondiam por 2,1% do varejo paulista em 2013 e 2,9% em 2019, saltaram para 3,7% no primeiro semestre deste ano. A grande pergunta é: como uma empresa pode sair na frente das demais em um mercado crescente como esse?
“Boas estratégias de marketing podem alavancar resultados significativos, se forem criadas as metas e métricas para mensurar o que se quer para cada canal digital, a partir das múltiplas jornadas dos clientes, seus pontos de necessidade e interação com as marcas, seus produtos e serviços”, avalia Leonardo Coelho, professor de marketing da Fundação Dom Cabral.
Fazendo uma análise sobre o comportamento do consumidor, ele explica que quando um consumidor deseja um determinado produto, ele geralmente abre as primeiras páginas que aparecem no Google para consultar os preços, e observa os anúncios, bem como o ranking orgânico.
Segundo Kevin Fried, que é Industry Leader, Specialty Retail do Google nos EUA, mais de 50% dos compradores pesquisaram para saber se as lojas próximas estavam abertas ou fechadas nas últimas semanas de setembro. “Isso revela que a o e-commerce vai além. São sites que também informam e nutrem os consumidores”, responde
“Com as vendas online em alta, é importante também ligar o seu nome à sua região de atuação, mercado específico ou, ainda, aos valores da empresa em ações apropriadas”, ressalta Leonardo, que também é co-fundador da Startwp e CEO da LC4 Comunicação, Marketing e Estratégia. Quanto mais as pessoas ficaram em casa, e o comércio tradicional fechado, mais se consumiu através da internet.
Por isso muitas empresas vêm adotando modelos de marketing online e migrando para o e-commerce para promover seus produtos e marcas por meio da internet. Estratégias que visam colocar o comerciante entre os primeiros nomes do Google são fundamentais, mas não o suficiente para aproveitar todo o aquecido mercado online, visto que além do crescimento em lojas, o valor investido nesse ambiente, per capita, também aumentou.
Cada habitante do Estado de São Paulo gastou em média R$ 1.247 no varejo físico no primeiro semestre de 2020, valor 9,3% menor comparado ao final de 2019. Já no comércio eletrônico, o gasto médio por pessoa foi de R$ 47, alta de 17,5% em relação ao ano passado. Para o professor de marketing, neste momento e neste ambiente, o consumidor está mais crítico para fazer escolhas.
“Queremos saber a origem do produto, tempo de entrega, assistimos reviews, testes, unboxings no YouTube, visitamos o Reclame Aqui, comparamos preços, valor de frete e referências do vendedor”, destaca. “E-commerce é só uma das mudanças que veio para ficar, o futuro é digital”, conclui Leonardo. Fonte e mais informações: (https://startwp.com.br/).