Marcos Sardas (*)
A demanda pela implementação de conselhos dentro de uma empresa tem aumentado de forma significativa, mesmo tratando-se de empresas médias ou pequenas. Essa evolução está ligada à preocupação crescente por estabelecer critérios de governança e boas práticas, exigências estas cada vez mais necessárias, na preservação dos valores e cultura de um empreendimento.
Na realidade do mercado brasileiro, no qual aproximadamente 75% dos negócios são formados e conduzidos por famílias, a preocupação com a continuidade do negócio, e a busca em deixar estruturas saudáveis e sustentáveis para as próximas gerações tem contribuído de forma importante para estas mudanças.
Na formação dos conselhos, a inclusão de conselheiros independentes, que trazem consigo experiências profissionais ricas e específicas, entra neste cenário como uma proposta interessante de oxigenação da estrutura e do ambiente vigente.
Alguns motivos relevantes:
1 – Visão externa e isenta ajuda no diagnóstico e solução de conflitos internos (muitas vezes entre os familiares), que influenciam de forma direta nos resultados da empresa.
2 – Aportar visão estratégica de médio e longo prazo, com a finalidade de buscar o crescimento e perenidade da empresa.
3 – Participação na escolha do CEO e do corpo diretivo buscando valorizar a meritocracia e a transparência.
4 – Avaliação dos investimentos e dos riscos da operação.
5 – Acompanhar o desempenho da operação e a cobrança dos resultados.
6 – Promover e estimular a criatividade e a inovação tecnológica.
7 – Preservar e estimular as boas práticas de Governança.
8 – Acompanhar a saúde financeira e a sua boa condução.
O mercado “enxerga” positivamente, quando a empresa tem uma estrutura formal de conselho, com membros independentes contribuindo adicionalmente à família para a solidez e garantia da preservação do negócio. Qual é a sua realidade?
(*) – É Conselheiro de empresas e sócio diretor da Exxe Consultoria Empresarial.