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Lazer e Cultura 21/08/2018

em Lazer e Cultura
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
eterna temproario

Eterna Callas

Em outubro, chega ao Brasil Callas in Concert – The Hologram Tour

Foto: 

eterna temproario

Avançada e inovadora tecnologia permite dar vida a maior celebridade da ópera do século XX, Maria Callas. Por meio de projeção digital a laser, Callas é recriada digitalmente nos mínimos detalhes. Seu holograma tridimensional surge no palco, acompanhado por uma orquestra ao vivo, e a voz da cantora, que dominava o canto lírico com perfeição, está presente em gravações originais digitalmente remasterizadas, 40 anos após seu falecimento. Uma encenação requintada para um show único e inesquecível, em que a plateia é envolvida pela elegância de sua presença, dos mínimos movimentos de suas mãos a seus gestos faciais mais sutis, até o poder de sua voz.
Callas in Concert – The Hologram Tour permite que o público vivencie a força emocional da maior soprano de todos os tempos. Do primeiro ao último instante, os fãs vão sentir seu calor apaixonante, sua vulnerabilidade comovente, sua confiança feroz e sua graça de tirar o fôlego. O público testemunhará a força e dramaticidade da interpretação de personagens que lhe renderam a alcunha de La Divina. Maria Callas faleceu precocemente com apenas 53 anos, em setembro de 1977, mas continua sendo a diva operística, a soprano descendente de gregos nascida nos Estados Unidos, que definiu e até redefiniu a ópera no século 20 e que nunca perdeu lugar entre os artistas clássicos mais vendidos no mundo.

Serviço: Espaço das Américas, R. Tagipuru, 795, Barra Funda. Terça (16/10) às 21h30. Ingressos: De R$ 250 a R$ 600. (Os ingressos já estão a venda).

REFLEXÃO

Não se apegue
“Tudo se move, nada é estático.
E quando você se apega a alguma coisa,
perde a realidade.
Apegar é o problema, pois a realidade
muda e você não flui com ela.”
(OSHO)

Analfabetismo

Foto: Claudio Etges

Ledores-no-breu temproario

A Cia do Tijolo encena “Ledores no Breu”. A montagem tem direção de Rodrigo Mercadante e atuação de Dinho Lima Flor. O Espetáculo pretende refletir sobre as consequências do analfabetismo e, principalmente, do analfabetismo funcional. A partir de textos de Paulo Feire, Lêdo Ivo, Zé da Luz, Patativa do Assaré, Luiz Fernando Veríssimo, Frei Betto, canções de Cartola, Jackson do Pandeiro e Chico César, figuras se cruzam, histórias se embaraçam e tecem as trajetórias dessas vítimas do crime de não saber ler. Inspirado no texto Confissão de Caboclo, do poeta Zé da Luz e no pensamento e prática do educador Paulo Freire, o solo trata das relações entre um homem sem leitura e sem escrita com o mundo ao seu redor. O espetáculo traz histórias de personagens que, a partir de suas relações com as letras e as palavras, têm suas vidas profundamente transformadas. Histórias que acompanham analfabetos em pleno século 21, homens percorrendo distâncias para elucidar suas dúvidas, seus erros e seus crimes. Há o homem que não lê, habitante do breu, que por isso mesmo é capaz de assassinar o bem maior de sua vida. Há também outro homem que lê, mas não consegue interpretar o texto, perdendo- se num mar de palavras sem sentido. Há ainda aqueles que leem as palavras, mas não leem o mundo: são muitos os ledores no Breu. O que é ser analfabeto em São Paulo, nos grandes cruzamentos de capitais do Brasil? Qual o valor da palavra nesse mundo em que vivemos? O que faz com que a cultura seja a porta-voz, não só de um desejo de emancipação, mas também, paradoxalmente, sirva de mecanismo de exclusão e demarcação de fronteiras sociais se apoiando em preconceitos linguísticos.

Serviço: Espaço de Tecnologias e Artes, R. do Carmo, 147, Centro, tel. 3111-7000. Quinta (30) às 19h30. Ingresso: R$ 17.

Nota

Foto: 

A versão do Pato Fu para “Private Idaho”, clássico da banda norte-americana B-52’s, tem incendiado os shows do disco “Música de Brinquedo 2”. Assim como as demais canções do projeto, a música interpretada inteiramente por instrumentos de brinquedo ou em miniatura tem seu lyric video disponibilizado no YouTube e, de forma inusitada, no Instagram da banda. O webclipe foi feito a partir de mais de 70 boomerangs, recurso do Instagram, registrados durante o show de estreia da turnê do álbum em São Paulo. As imagens foram filmadas e editadas por Dudi Polonis. “Música de Brinquedo 2”, lançado no ano passado pela Deck, deu sequência ao bem-sucedido projeto da banda mineira. Sucesso de público e crítica, o disco foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira 2018, na categoria “Melhor Álbum Infantil”. Para assistir, acesse:( https://www.youtube.com/watch?v=grQuf-Jfv7c).

“Dendê”

Preparando-se para divulgar seu primeiro álbum solo, “Dendê”, previsto para o dia 14 de setembro, Janine Mathias libera videoclipe para a faixa-título do projeto. Com participação de Rincon Sapiência, que também compôs a letra em parceria com Eduardo Brechó e a própria artista, single embala-se pela estética funk ao apresentar, entre versos, batidas e movimento, uma forte crítica social: Alinhada com toda a concepção criativa do conteúdo, a curitibana Highness assina o figurino e destaca, nele, a essência do dendê em força cultural e pluralidade de significados, além de inspirar-se em elementos das religiões de matriz africana e, diretamente, na figura de Oxum, orixá que rege as águas doces, O resultado é uma imagem sofisticada, de realeza, que mistura-se o tempo inteiro com o urbano, descolado e futurista. Assista aqui: (https://youtu.be/E7Y14rgAYeY).

Rap

O rapper Coruja BC1 apresenta seu novo trabalho, No Dia dos Nossos acompanhado pelo DJ Skeeter, também produtor do disco. Entre os principais artistas da atual cena rap, Coruja aborda temas como as raízes do povo negro, suas conquistas, aceitação, autoestima e igualdade social em cima das bases características e empolgantes de Skeeter, que também assina a produção do álbum. O rapper promete também mostrar, pela primeira vez ao vivo, Boneco Chuck D. Com beats de Wills Bife, a música faz menção a Chuck D, líder do Public Enemy. Fundindo o famoso boneco do filme Brinquedo Assassino com Chuck D, referência do hip hop, o rapper sintetiza a ideia que batizou o single: «É como se fosse a incorporação do Chuck, manifestante do rap, no boneco assassino».

Serviço: Sesc Belenzinho: R. Padre Adelino, 1000, tel. 2076-9700. Sábado (18) às 21h30. Ingresso: R$ 20.