210 views 8 mins

Lazer e Cultura 18/05/2017

em Lazer e Cultura
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Espetáculo da Cia. de Teatro Heliópolis fala da violência sutil e naturalizada do dia a dia.

Estreia

A Companhia de Teatro Heliópolis estreia o espetáculo “Sutil Violento” no dia 27 de maio

Espetáculo da Cia. de Teatro Heliópolis fala da violência sutil e naturalizada do dia a dia.

Com texto de Evill Rebouças e encenação assinada por Miguel Rocha (diretor e fundador do grupo), a montagem trata da violência sutil, visível ou comodamente invisível, do nosso cotidiano. A encenação de “Sutil Violento” inicia com um frenesi cotidiano, as pessoas correm. Não param. Mal se percebem. Desviam umas das outras, em alguns momentos se esbarram e, em átimos de atenção, reparam que há outros tão próximos e tão parecidos (ou tão diferentes?). Ali, logo ali, há um corpo caído no chão. Será um homem ou um bicho? Apenas se cansou ou não respira mais? Queria comunicar algo, mas será que conseguiu? Um olhar mais atento ao entorno começa a revelar abusos, agressões, confrontos e opressões diárias: formas de coerção privadas ou públicas. Sutis violências do nosso tempo; tão sutis que se tornam invisíveis, naturalizadas.

Serviço: Casa de Teatro Maria José de Carvalho, R. Silva Bueno, 1533. Ipiranga, tel. 2060-0318. Sextas e sábados às 20h e domingos às 19h. Entrada franca. Até 27/08.

REFLEXÃO

VOCÊ E OS OUTROS: Amigo, atendamos ao apelo da fraternidade. Abra a própria alma às manifestações generosas para com todos os seres, sem trancar-se na torre de falsas situações, à frente do mundo. A pretexto de viver com dignidade, não caminhe indiferente ao passo dos outros. Busque relacionar-se com as pessoas de todos os níveis sociais, erguendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa e da profissão. Evite a circunspecção constante e a tristeza sistemática que geram a frieza e sufocam a simpatia. Não menospreze a pessoa mal vestida nem a pessoa bem posta. Não crie exceções na gentileza, para com o companheiro menos experiente ou menos educado, nem humilhe aquele que atenta contra a gramática. Não deixe meses, sem visitar e falar aos irmãos menos favorecidos, como quem lhes ignora os sofrimentos. Não condiciones as relações com os outros ao paletó e à gravata, às unhas esmaltadas ou aos sapatos brilhantes, que possam mostrar. Não se escravize a títulos convencionais nem amplie as exigências da sua posição em sociedade. Dê atenção a quem lha peça, sem criar empecilhos. Trave conhecimento com os vizinhos, sem solenidade e sem propósitos de superioridade. Faça amizades desinteressadamente. Aceite o favor espontâneo e preste serviço, também sem pensar em remuneração. Ninguém pode fugir à convivência da Humanidade. Saiba viver com todos, para que o orgulho não lhe solape o equilíbrio. Quem se encastela na própria personalidade é assim como o poço de água parada, que envenena a si mesmo. Seja comunicativo. Sorria à criança. Cumprimente o velhinho. Converse com o doente. Liberte o próprio coração, destruindo as barreiras de conhecimento e fé, título e tradição, vestimenta e classe social, existentes entre você e as criaturas e a felicidade, que você fizer para os outros, será luz da felicidade sempre maior, brilhando em seu caminho. * * * (De “Apostilas da Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz)

Infantil

Cena de “Eleguá, Menino e Malandro”.

“Eleguá, Menino e Malandro” conta a história de Eleguá, um príncipe muito esperto. Todo mundo tem medo das suas artimanhas e malandrices de moleque. Mas um dia o menino botou o pé na estrada e foi descobrir o mundo. Andou de cidade em cidade. Brincando, pulando e perambulando encontrou lugares e pessoas pra ajudar e ser ajudado. Vivendo sua meninice nas ruas ele cresce, se apaixona, amadurece, ganha corpo e sabedoria ao longo das aventuras que vive no caminho. Até que um dia decide voltar! Mas nem tudo está como era antes… Com Giselda Perê, Renato Caetano, Rubens Alexandre, Rômulo Nardes e Jonathan Silva.

Serviço: Centro Cultural São Paulo, R. Vergueiro, 1000, Paraíso, tel. 3397-4023. Sábados e domingos às 16h. Entrada franca. Até 21/05.

Comédia

Apresentada na Sala Cabaret, com mesas. Situações mal resolvidas, escrachos, falsidade, diversão. Deboche, críticas, solidão. Sobrevivência, inveja e ilusão. Porque não rir e inverter as coisas? O jogo não está ganho, é preciso cuidado. A vida é desafiadora e já que a morte é a única certeza, podemos nos divertir muito até lá! Estas são as mensagens que circundam essa comédia, que une o gênero besteirol a elementos do humor atual para fazer você se divertir e te alertar para que, “antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo…”. Com Marco Barretho e Gustavo Yamazaki.

Seriço: Teatro Viradalata, R. Apinajés, 1387, Perdizes, tel. 3868-2535. Quintas às 20h30. Ingresso: R$ 40. Até 25/05.

Memória musical

Dia 1º de junho acontece o show de Carlos Navas (canto) e Swami Jr. (violão de 7 cordas). O espetáculo se divide harmoniosamente entre o contemporâneo e a memória musical, reverenciando autores como Luiz Tatit, Vitor Ramil, Alzira E, Itamar Assumpção e Fred Martins (no primeiro bloco) e Caymmi, Custódio Mesquita, Dilermando Reis, Sinhô e Noel Rosa (no segundo).

Serviço: Teatro Sesc Anchieta, R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, tel. 3234 3000. Quinta (01/06) às 21h. Ingressos: R$ 30 e 15 (meia).

Opressão

Últimos dias do espetáculo d’A Próxima Companhia, “Quarança”. A peça expõe à luz do teatro questões referentes à opressão feminina em nossa sociedade, tais como o estupro, o feminicídio, a pedofilia e o controle do macho sobre a mulher, seja ela criança, adulta ou idosa. O espetáculo é uma fábula dramatúrgica que conta a história de Alereda, uma cidade fictícia onde o sol é insistente e a terra, esturricada. Alereda é feita de caminhos estreitos, uma trama de vida e morte. Ocupada por um exército de jagunços, liderados pelo temido Sô Déo, o lugarejo tem suas mulheres violentadas, mortas e, uma a uma, quaradas ao sol, veladas sem lua, extintas, carbonizando o chão. Neste contexto surge a guerreira Rosa Ararim, que se posiciona contra este estado falocêntrico de opressão.

Serviço: Espaço Cultural a Próxima Companhia, R. Barão de Campinas, 529, Campoes Elíseos. Sextas e sábados ás 21h e domingos às 19h. Ingressos: R4 20 e R$ 10 (meia). Até 21/05.