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Geral 30/08/2017

em Geral
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Em países ameaçados pela fome, cerca de 30 milhões de pessoas - incluindo 14,6 milhões de crianças – precisam urgentemente de água potável.

Crianças em vulnerabilidade têm menos acesso à água potável, diz Unicef

Em países ameaçados pela fome, cerca de 30 milhões de pessoas - incluindo 14,6 milhões de crianças – precisam urgentemente de água potável.

Na Semana Mundial da Água, o Unicef lançou ontem (29) um alerta para o fato de que as crianças que vivem em situações de vulnerabilidade têm quatro vezes mais probabilidades de não ter acesso à água potável do que as populações em situações não-frágeis

Os dados são de um estudo recente do Unicef e da OMS. Em países ameaçados pela fome, como a Nigéria, a Somália, o Sudão do Sul e o Iémen, cerca de 30 milhões de pessoas – incluindo 14,6 milhões de crianças – precisam urgentemente de água potável.
Dos cerca de 484 milhões de pessoas que viviam em situações frágeis em 2015, em países afetados por conflitos, guerras e instabilidade, 183 milhões não tinham acesso aos serviços básicos de abastecimento de água potável. O número de pessoas sem acesso à água potável em casa é de 2,1 bilhões em todo o mundo. Para Sanjay Wijesekera, chefe dos programas de água, saneamento e higiene do Unicef, o acesso das crianças a saneamento e água potável, especialmente em situações de conflito e emergência, além de ser um direito, deve ser uma prioridade.
Nesta semana, ocorre em Estocolmo a Semana Mundial da Água de 2017. O evento recebe mais de 3 mil participantes de 133 países e tem como tema “Água e desperdício: reduzir e reutilizar”. Na abertura da semana, o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Peter Thomson, chamou o clima mundial e os recursos hídricos de “fundamento da nossa existência” e disse que “sem uma boa administração dessa base, a agenda de desenvolvimento sustentável de 2030 obviamente não vai a lugar algum. Porque, sem o fundamento, não podemos existir”.
De acordo com o Instituto Trata Brasil, 83,3% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada. No entanto, são mais de 35 milhões de brasileiros sem o acesso a este serviço básico. A cada 100 litros de água coletados e tratados, em média, apenas 63 litros são consumidos. Ou seja, 37% da água no Brasil é perdida, seja com vazamentos, roubos e ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de água, resultando no prejuízo de R$ 8 bilhões.
No Iémen, país em conflito há mais de dois anos, as redes de abastecimento de água que servem as maiores cidades do país estão em risco de colapso devido a danos causados pela guerra. Cerca de 15 milhões de pessoas no país deixaram de ter acesso regular a água e saneamento. Na Síria, há sete anos em guerra, 15 milhões de pessoas não têm acesso a água própria para consumo, incluindo cerca de 6,4 milhões de crianças. No nordeste da Nigéria, 75% das infraestruturas de água e saneamento foram danificadas ou destruídas, deixando 3,6 milhões de pessoas sem acesso a água (ABr).

Harvey continua provocando chuvas “catastróficas” sobre o Texas

Houston, cidade do Texas, foi fortemente afetada pela tempestade tropical.

A tempestade tropical Harvey, cujo olho está posicionado no litoral central do Texas, segue trazendo fortes chuvas e é esperada uma piora nas inundações no Sudeste do estado e sudoeste de Louisiana, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) do país. Em seu boletim, o NHC pediu novamente à população que “não tente viajar para as regiões atingidas, que permaneça em local seguro e que evite a locomoção por estradas inundadas”.
Harvey apresenta ventos máximos constantes de 75 km/h e está posicionado a 145 km ao leste-sudeste de Port O’Connor e a cerca de 235 km de Port Arthur, ambos no Texas. O sistema de baixa pressão está se deslocando muito lentamente rumo ao leste-nordeste a uma velocidade de translação de 6 km/h e, segundo um provável padrão de trajetória, fará um giro hoje (30) para o norte-nordeste, por isto o olho “se moverá terra adentro pelo noroeste da costa do Golfo”.
A tempestade segue trazendo intensas precipitações que ameaçam aumentar o número de mortes na região, que já chega a oito. Harvey alcançou a costa com ventos máximos constantes de 215 km/h, o que o classificou como furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson (que tem cinco níveis). O evento meteorológico segue causando “inundações catastróficas para as vidas humanas no sudeste do Texas e em partes do sudoeste da Louisiana”, advertiu o NHC. Espera-se que Harvey traga até amanhã (31) mais chuvas, que poderiam alcançar entre 250 e 500 milímetros no sudoeste da Louisiana e no norte do Texas (Agência EFE).

Todas as alternativas estão sobre a mesa, diz Trump

O presidente Donald Trump afirmou ontem (29) que “todas as opções estão sobre a mesa”, em resposta ao lançamento de um míssil balístico de médio alcance pela Coreia do Norte, que cruzou o espaço aéreo do Japão, antes de cair no mar do Pacífico. Trump diz que a Coreia do Norte mostrou desrespeito pelos vizinhos e que as ameaças e ações desestabilizadoras do país só aumentam seu isolamento na região e no mundo.
Os aliados Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão consideraram o lançamento do míssil pelo governo norte-coreano uma “ameaça sem precedentes”. Para avaliar a situação, as missões diplomáticas já convocaram reunião de emergência no Conselho da ONU. Os principais líderes mundiais reagiram. Em uma reunião com diplomatas, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que está pronto para se juntar a outros membros do Conselho de Segurança para levar o governo norte-coreano à mesa de negociações.
O chanceler russo, Sergey Lavrov, por sua vez, afirmou que o lançamento do míssil é extremamente preocupante e que a Coreia do Norte deve interromper as provocações e obedecer às resoluções da ONU. A China, principal aliada da Coreia do Norte, reafirmou que pressão da ONU não vai resolver o problema. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, disse que a única maneira de resolver a questão é negociar (ABr).

Coreia do Norte alega direito à autodefesa

O míssil balístico sobrevoou a ilha de Hokkaido, no norte do arquipélago japonês.

A Coreia do Norte defendeu ontem (29) o direito à autodefesa e afirmou que continuará com a sua política de “dissuasão nuclear”, horas após lançar um míssil que passou acima do Japão, em um ato que foi rapidamente condenado pela comunidade internacional. “Temos razão de responder com medidas duras no exercício do nosso direito à autodefesa e os Estados Unidos serão inteiramente responsáveis pelas consequências”, disse o embaixador norte-coreano perante a Conferência de Desarmamento, Han Tae-song.
O míssil balístico sobrevoou a ilha de Hokkaido, no norte do arquipélago japonês, e caiu em águas do Oceano Pacífico, a cerca de 1.180 kim da costa japonesa, segundo informações oficiais de Tóquio. De acordo com Han Tae-song, a tensão nuclear na Península da Coreia “é o resultado da política hostil dos EUA e do aumento da corrida nuclear contra a Coreia do Norte, que não teve outra alternativa a não ser fortalecer a sua dissuasão nuclear para enfrentar esta ameaça”.
O diplomata afirmou que as manobras militares anuais realizadas pelos Estados Unidos e Coreia do Sul “são uma preparação para a guerra e para um ataque preventivo contra o país”. Han Tae-song acusou o Conselho de Segurança da ONU de ter ignorado os pedidos do governo norte-coreano para discutir essas manobras. Insistiu que qualquer ação de seu país será “em defesa própria, da soberania e do direito a existir” (Agência EFE).

Encceja registra 1,57 milhão de inscritos para a edição 2017

O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) registrou 1.573.862 inscritos para a edição de 2017, segundo balanço divulgado ontem (29) pelo MEC. Direcionado a jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir estudos em idade própria, o exame será aplicado no dia 22 de outubro em 564 municípios localizados em todas as unidades federativas.
A participação é permitida para pessoas com, no mínimo, 15 anos de idade, para quem busca a certificação do ensino fundamental; e 18 anos para quem quer concluir ensino médio. Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, esses exames têm “grande importância social”, ao possibilitar que os cidadãos busquem cursos profissionais ou empregos de melhor qualidade. “Além disso, representa a possibilidade de dar mais dignidade e respeito à pessoa humana. Na prática, significa inclusão social”, completou.
No caso do ensino fundamental, foram registradas 301.583 inscrições. Desse total, cerca de 71,6 mil têm entre 31 e 40 anos; 152.290 são mulheres; e 149.293 são homens. Ainda segundo o balanço, 132.263 candidatos se autodeclararam pardos; 117.592, brancos; 34.433, pretos; 4.994, amarelos; 2.114, indígenas; e 10.187 não quiseram se autodeclarar. Para o ensino médio foram 1.272.279 inscrições. Desse total, 387.697 têm entre 23 e 30 anos. “O número de mulheres que se inscrevem (637.281) continua sendo maior, na comparação com os homens (634.998)”, explicou a presidente do Inep, Maria Inês Fini (ABr).

Criação de ‘Bolsa Família’ na Itália

O Conselho de Ministros da Itália aprovou ontem (29), de maneira definitiva, o decreto legislativo que introduz a “Renda de Inclusão” (REI), uma espécie de “Bolsa Família” italiano. Com a medida, cerca de 400 mil famílias de baixa renda (cerca de 1,8 milhão de pessoas) receberão até 485 euros por mês (R$ 1,8 mil). O valor da ajuda dependerá do número de componentes de cada núcleo familiar e da situação de renda daquela família.
O decreto estabelece que a ajuda entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2018 e terá como objetivo combater a pobreza e a exclusão social. O benefício é condicionado à comprovação das informações pessoais e familiares e da adesão a um projeto personalizado de ativação e de inclusão no mercado de trabalho. Terão prioridade no acesso ao benefício as famílias que tem filhos menores de idade ou desempregados com mais de 65 anos que não estejam aposentados (ANSA).