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Geral 30/06/2016

em Geral
quarta-feira, 29 de junho de 2016

Acordo visa reduzir açúcar em alimentos processados

O diabetes atinge atualmente 7,4% da população adulta brasileira. Em 2006, 5,5% das pessoas tinham a doença.

O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) anunciaram ontem (29) que estudam um acordo para reduzir a quantidade de açúcar nos alimentos processados, semelhante ao que é feito com o sal

“Vimos recentemente a indústria de refrigerantes fazendo campanha de produtos com menos açúcar para ganhar mercado e atender demanda da população. E isso será contínuo. Cada vez mais a alimentação saudável vai fazer parte dos protocolos do ministério”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Segundo a pasta, no Brasil, o consumo médio de açúcares é de 16,3% do total de calorias. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que esse consumo não ultrapasse 10% das calorias consumidas, que equivale a cerca de 50 gramas por dia. O anúncio foi feito ontem, durante a divulgação dos resultados do acordo de redução de sódio em alimentos processados, firmado entre o Ministério da Saúde e a Abia. Desde 2011, foram retiradas 14.893 toneladas de sódio dos produtos alimentícios. A meta é que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020.
Barros destacou que haverá ainda um processo de desenvolvimento e pesquisa a ser feito pela indústria para retirada do açúcar dos produtos, já que, em geral, os alimentos in natura, a matéria-prima das fábricas, têm grande concentração de açúcar. “O açúcar adicionado aos alimentos representa 19% do açúcar consumido pela população”, informou o ministro. No caso do sal, 75% do que é consumido é adicionado ao prato e à preparação pelas pessoas.
Presidente da Abia, Edmundo Klotz disse que não é uma mudança fácil, pois os alimentos precisam manter a qualidade e o sabor. “O paladar das pessoas já está criado. Não é fácil mudar um paladar, a maneira de consumir aquilo que uma pessoa gosta. E o brasileiro gosta de açúcar e gosta de sal”, acrescentou. Segundo o ministério, o consumo excessivo de açúcar é fator de risco para o desenvolvimento da obesidade, além de doenças como o diabetes. Mais da metade da população brasileira (53,9%) está acima do peso. Desses, 18,9% são obesos. Entre as crianças de 5 a 9 anos, um terço delas está com sobrepeso.
Já o diabetes atinge atualmente 7,4% da população adulta brasileira, conforme a Vigitel 2015. Em 2006, 5,5% das pessoas tinham a doença. A Vigitel é uma pesquisa feita nas capitais brasileiras por telefone. Em 2015, 54 mil pessoas maiores de 18 anos foram entrevistadas. A primeira etapa do acordo para redução de açúcar nos alimentos deve começar em 2017, com análise das principais fontes de açúcar na dieta dos brasileiros (ABr).

Pobreza pode matar 69 milhões de crianças até 2030, alerta Unicef

O relatório apresenta um preocupante quadro sobre o que o futuro reserva às crianças mais pobres.

Se não houver intervenções adequadas, até 2030 cerca de 69 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade morrerão por causas evitáveis. Esse é o alarme lançado pelo Unicef, no seu relatório anual sobre as condições da infância no mundo.
Chamado “A oportunidade certa para cada criança”, o documento aponta que nos próximos 14 anos 167 milhões de pequenos viverão na pobreza e que 750 milhões de meninas se casarão ainda na infância. Além disso, mais de 60 milhões de crianças em idade de escola primária não terão estudo. Por outro lado, o relatório aponta que a mortalidade infantil por causas como diarreia, tétano e Aids caiu de 5,4 milhões em 2000 para 2,5 milhões em 2015.
Em 29 países o número de meninas na escola é igual ao de meninos, e a quantidade de pessoas vivendo em pobreza extrema foi reduzida quase pela metade em relação a 1990. No entanto, segundo o Unicef, esses progressos ainda são insuficientes. As crianças mais pobres têm o dobro de probabilidade em relação aos mais ricos de morrer antes de completar cinco anos e de sofrer de má nutrição crônica. Um menino nascido em Serra Leoa, por exemplo, possui uma chance 30 vezes maior do que a de um britânico de falecer antes de seu quinto aniversário.
Os piores dados são os da África Subsaariana, onde pelo menos 247 milhões de crianças (dois terços do total) vivem em condição de pobreza multidimensional (ou seja, privadas não apenas de dinheiro, mas também de saúde e educação), e cerca de 60% dos jovens entre 20 e 24 anos têm apenas quatro anos de estudos. Mantendo-se o atual cenário, a África Subsaariana registrará metade das 69 milhões de mortes infantis por causas evitáveis previstas para até 2030.
“O relatório apresenta um preocupante quadro sobre o que o futuro reserva às crianças mais pobres, a menos que governos, doadores, organizações internacionais e o mundo econômico acelerem os próprios esforços em favor das necessidades dessas crianças”, acrescenta o documento do Unicef. Segundo o fundo, investir nos meninos e meninas mais desfavorecidos pode dar benefícios imediatos e em longo prazo. “A desigualdade não é permanente ou intransponível”, diz o relatório (ANSA).

‘Decepções’ da Eurocopa

A Eurocopa só acaba no próximo dia 10, mas o jornal espanhol ‘AS’ já fez a lista das grandes decepções do campeonato. Entre os escolhidos, estão três espanhóis e três ingleses – duas das favoritas que não conseguiram passar das oitavas de final.
No gol, o escolhido foi o inglês Joe Hart. A defesa é composta pelo húngaro Roland Juhász, pelo suíço Johan Djourou, pelo eslovaco Martin Skrtel e pelo espanhol Jordi Alba. Já no meio de campo estão o inglês Jack Wilshere, o húngaro Zoltán Gera, o espanhol Cesc Fábregas e o inglês Wayne Rooney. No ataque, estão o eslovaco Vladimír Weiss e o espanhol Manuel Agudo Durán, mas conhecido como Nolito – que após marcar um gol na estreia contra a Turquia, ficou praticamente anônimo durante a competição (ANSA).

Com Prass, Neymar e Marquinhos, seleção olímpica é convocada

Fernando Prass: perfil de “liderança e de agregação”.

A seleção brasileira que buscará o inédito ouro olímpico no Rio de Janeiro foi convocada ontem (29). Além dos jogadores com idade para as Olimpíadas, até 23 anos, o técnico Rogério Micale chamou o goleiro do Palmeiras, Fernando Prass, o zagueiro do PSG, Marquinhos, e o já esperado atacante do Barcelona, Neymar. Ao todo, sete clubes brasileiros cederam jogadores para a competição – sendo três deles do Santos. Da Itália, Felipe Anderson – que joga pela Lazio – também foi lembrado e irá para a competição.
Sobre os atletas acima da idade limite, Micale informou que chamou aqueles que, além de qualidade técnica, buscou pessoas que têm perfil de “liderança e de agregação”. Para ele, os chamados “têm empolgação em usar a camisa da seleção brasileira”. Na plateia, ao lado dos jornalistas que estavam acompanhando a convocação, estava o novo técnico da seleção brasileira, Tite, e o novo coordenador de seleções, Edu Gaspar. A comissão técnica ainda confirmou que a equipe olímpica fará um amistoso contra o Japão no dia 30 de julho.
Confira a lista completa: – Goleiros: Fernando Prass (Palmeiras), Uilson (Atlético-MG); Defesa: Luan (Vasco), Rodrigo Caio (São Paulo), Marquinhos (PSG), Douglas Santos (Atlético-MG), Zeca (Santos), William (Internacional); Meias: Rafinha (Barcelona), Rodrigo Dourado (Internacional), Fred (Shakhtar), Thiago Maia (Santos), Felipe Anderson (Lazio); Atacantes: Neymar (Barcelona), Douglas Costa (Bayern de Munique), Gabriel Barbosa (Santos), Gabriel Jesus (Palmeiras) e Luan (Grêmio) (ANSA).

Desemprego em SP atinge quase 2 milhões de pessoas

O contingente de desempregados em maio foi estimado em 1,977 milhão de pessoas na região metropolitana de São Paulo, 109 mil a mais que em abril. Segundo os dados, a desocupação atingiu, no quinto mês do ano, 17,6% da população economicamente ativa, 0,8 ponto percentual a mais que o total de abril (16,8%).
As informações, divulgadas ontem (29), são da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
“O crescimento deveu-se, pelo segundo mês consecutivo, quase que exclusivamente à expansão da População Economicamente Ativa – 112 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho da região – uma vez que o nível de ocupação permaneceu estável – geração [na média] de 3 mil postos de trabalho”, destaca a pesquisa.
A indústria de transformação criou em maio 93 mil postos de trabalho; o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, 47 mil. No entanto, houve redução nos serviços, com eliminação de 109 mil postos de trabalho, e na construção, menos 18 mil (ABr).