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Geral 27/10/2017

em Geral
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fala na abertura do seminário Mulheres na Justiça, na Embaixada da França.

Sociedade brasileira é “patrimonialista” e “machista”, afirma Cármen Lúcia

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fala na abertura do seminário Mulheres na Justiça, na Embaixada da França.


A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou ontem (26) que o fato de ocupar a chefia de um dos poderes da República não passa de um dado “circunstancial” num país cuja sociedade permanece em grande medida “patrimonialista, machista e muito preconceituosa com a mulher”

As declarações foram dadas durante um seminário sobre as mulheres na Justiça, realizado na Embaixada da França, em Brasília.
Cármen Lúcia respondeu a uma felicitação do embaixador da França, Michel Miraillet, que destacou que o Brasil é um dos poucos países com mulheres ocupando quatro cargos de cúpula no Judiciário. Além das três que compunham a mesa, ele contou ainda a presidente do STJ, ministra Laurita Vaz. Cármen ressaltou que a presença de mulheres na cúpula do Judiciário pouco teria significado para além de uma coincidência histórica numa sociedade “que não se acostumou que o nome autoridade não se declina, não tem sexo”.
Ela revelou já ter sido barrada, por exemplo, de entrar na casa de amigos por funcionários que esperavam por um homem, jamais imaginando a possibilidade de que a presidente do Supremo fosse uma mulher. A ministra lembrou que a presença de mulheres na cúpula do Judiciário brasileiro não se reflete nos números do Judiciário, que tem muito menos juízas e procuradoras mulheres do que homens. Tampouco, disse, se reflete na representação política, ressaltando a baixa presença feminina no Congresso.
Cármen Lúcia, Grace Mendonça e Raquel Dodge foram unânimes em destacar a imposição de uma vida quase “monástica” às mulheres que almejem cargos de liderança. De acordo com elas, há um constrangimento constante da sociedade brasileira para que a mulher priorize as relações afetivas e a família, acima da própria realização pessoal, o que não ocorre, nem de perto, em relação aos homens. “O simples querer feminino é encarado como uma forma de ousadia”, disse Grace Mendonça. “Ainda que ocupando um cargo que tenha uma percepção de autoridade, ainda somos vistas, sim, com estranheza”.
Em sua fala, Cármen Lúcia fez questão de destacar que a face mais grave desse constrangimento social em relação à mulher se expressa no feminicídio.
“Continua havendo mulheres mortas, e não apenas pelos companheiros , mortas por uma sociedade que não vê que a mulher não é a causadora do feminicídio, que é um homicídio causado somente por ela ser mulher”, disse (ABr).

Um ano depois, corpo do rei da Tailândia é cremado

Milhares acompanham a cerimônia fúnebre do rei Bhumibol.

A cidade de Bangcoc parou ontem (26) para acompanhar o cortejo fúnebre do corpo do rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, morto em outubro do ano passado. Os restos mortais foram cremados em uma cerimônia pública. As autoridades estimam que mais de 300 mil pessoas andaram pelas ruas da cidade, vestidas com roupas pretas, para fazer a última saudação ao monarca que ficou 70 anos no poder.
Os estabelecimentos comerciais da capital foram fechados, para que os ritos e celebrações pudessem ser acompanhados por todos os cidadãos. Chamado de “pai” pela população, o rei Bhumibol foi o principal responsável pelo desenvolvimento do país e teve seu corpo cremado em uma estrutura dourada, com 53 metros de altura e 60 de largura, especialmente construída para a celebração.
O monarca morreu no dia 13 de outubro de 2016 e seu corpo estava sendo conservado no palácio do governo, seguindo uma tradição budista (ANSA).

Putin é capa da The Economist

Putin temproario

Vladimir Putin é a capa da revista The Economist desta semana.  Em meio ao centenário da revolução de outubro, a Rússia está novamente sob o controle de um tsar. Dezessete anos depois de Vladimir Putin se tornar presidente, seu domínio sobre a Rússia é mais forte do que nunca. O ocidente, que ainda vê a Rússia em termos pós-soviéticos, às vezes o classifica como o líder mais poderoso de seu país desde Stalin. Tanto os reformistas liberais quanto os tradicionalistas conservadores em Moscou estão falando sobre Putin como um tsar do século XXI.

Após tensão, líder da Catalunha descarta convocar eleições

Após um dia de tensões na Catalunha, o presidente da região, Carles Puigdemont, rejeitou ontem (26) a ideia de convocar eleições locais por “falta de garantias” do governo de Madri. Mais cedo, após a imprensa espanhola veicular que ele estava pensando em convocar um novo pleito, um clima de tensão se instaurou em Barcelona. Milhares de estudantes que haviam ido para a frente do Parlamento para protestar contra a ativação do artigo 155 se revoltaram com a notícia e começaram a chamar Puidgemont de “traidor”.
“Nessas últimas horas, considerei a possibilidade de exercer minha função e convocar eleições. Muita gente me interpelou. Meu dever e minha responsabilidade é esgotar todas as vidas para encontrar uma solução dialogada e firmada”, disse perante aos parlamentares. Segundo ainda Puigdemont, “militamos pela paz e pelo civismo e vamos continuar mais firmes do que nunca”. Para o líder catalão, o governo da região tentou ter uma “resposta responsável” do governo de Mariano Rajoy, mas que comprovou “com decepção” que nada poderia ser feito.
“A responsabilidade exigida chega para alguns e, para outros, permite-se a total irresponsabilidade. É a política de ‘por eles’ e não ‘com eles’”, acrescentou. Sobre a ativação do artigo 155, que deve ser aprovado ainda hoje pelo Senado e que tirará a autonomia da Catalunha até a realização de novas eleições, Puigdemont afirmou que a medida é “fora da lei e abusiva”. “A sociedade catalã nos trouxe até aqui. Tentei ter a mesma serenidade e esgotar todas as opções que tinha em minha mão”, acrescentou ainda (ANSA).

Voluntários envolvidos no combate ao incêndio na Chapada

Mais da metade da equipe que trabalha no combate ao incêndio no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e arredores, em Goiás, é formada por voluntários. São moradores, visitantes, profissionais de outros estados e aqueles que têm um carinho imenso pelo lugar. Doações recebidas do Brasil inteiro sustentam o combustível e a alimentação dos brigadistas, além de possibilitar a compra de materiais.
O incêndio já é o maior registrado na história do Parque Nacional e atingiu, até o momento, 64 mil hectares, o equivalente a 26% da unidade de conservação federal. O fogo também atinge fazendas localizadas próximas ao parque. A situação se agravou desde o dia 10, quando o Parque Nacional ficou fechado devido às chamas. O fogo chegou a ser controlado e voltou em outros focos no dia 17.
Um das maiores frentes de voluntários é a Rede Contra Fogo que centralizou as doações. Até as 11h de ontem (26), foram arrecadados R$ 347,8 mil, recebidos pela internet de mais de 4 mil doadores em todo o país. A rede surgiu há três anos como forma de organizar o combate ao fogo em propriedade de amigos e em propriedades vizinhas. “Na Chapada é assim, pegou fogo, todo mundo corre lá para ajudar”, conta Sílvia Hennel, uma das fundadoras da Rede, que surgiu há três anos como forma de organizar o combate ao fogo em propriedade de amigos e em propriedades vizinhas (ABr).