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Geral 27/03/2018

em Geral
segunda-feira, 26 de março de 2018
A vazão do rio reduziu, os peixes morreram e a comunidade se deu conta de que alguma coisa precisava ser feita.

Recuperação do Rio Piracicaba torna-se referência para cidades latino-americanas

A vazão do rio reduziu, os peixes morreram e a comunidade se deu conta de que alguma coisa precisava ser feita.

Desde o caminho dos bandeirantes no século 17 até hoje, o rio Piracicaba percorreu uma longa trajetória especialmente marcada por uma ligação de amor com a comunidade que cresceu às suas margens

E poucos conhecem esta história melhor do que o engenheiro Francisco Carlos Castro Lahoz, secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal, que cuida da gestão da bacia hidrográfica do Rio Piracicaba.
Lahoz lembrou a luta dos piracicabanos para salvar o rio ainda nos anos 70, quando o governo do estado de São Paulo resolveu construir barragens na região para garantir o abastecimento da Grande São Paulo. Nasceu assim o Sistema Cantareira, alimentado por três grandes reservatórios: Jacareí, Atibaia e Paiva Castro, em Mairiporã. O Sistema garantia a transferência de 50% da água para São Paulo até o ano 2000.
“Mas aí, ocorreu uma falha de planejamento do governo do estado: o incentivo à instalação de indústrias na região de Piracicaba. Com isso tivemos um conflito hídrico porque a vazão do rio reduziu, os peixes morreram e a comunidade se deu conta de que alguma coisa precisava ser feita. E assim foi criado o Conselho de Defesa do Vale do Piracicaba, que vai ser muito importante porque, a partir dele, a população de Piracicaba se mobiliza”, conta.
Para compensar o recurso desviado, a prefeitura de Piracicaba teve que trazer água de outra bacia. “Piracicaba conseguiu um empréstimo de US$ 30 milhões e fez um plebiscito para saber se a sociedade aceitaria pagar a conta. Então esse empréstimo foi diluído nas contas de água por um período de amortização e a própria comunidade pagou essa conta. O Conselho de Defesa do Vale do Piracicaba foi muito importante, porque tinha muitos professores [universitários] que explicavam o que estava acontecendo” para a população.
E assim, Piracicaba foi buscar a água do rio Corumbataí, a 20 km de distância. E então, segundo Lahoz, aconteceu “uma coisa maravilhosa, porque quando acabamos de pagar o empréstimo, foi perguntado de novo para a comunidade se ela aceitaria continuar pagando a mesma taxa para ampliar o tratamento de esgoto. E a comunidade disse sim!”. A experiência do Consórcio tem inspirado outras iniciativas na América Latina (ABr).

Guerra do Iêmen provoca a maior crise humanitária da atualidade

Mundo enfrenta maior crise humanitária por causa da fome.

A Guerra do Iêmen completou três anos ontem (26), data que marca o início da intervenção da coalizão árabe no país, um movimento que ampliou o conflito e causou a pior crise humanitária do mundo em 2017, segundo a ONU. Os três anos de guerra foram “realmente dolorosos”, avaliou o subsecretário do Ministério de Relações Exteriores do governo dos rebeldes houthis, Faisal Amin Abu-Ras. “Todas as partes estão se dando conta que a única solução [para o conflito] é política”, disse o diplomata.
A guerra começou no fim de 2014, quando os rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, tomaram a capital do Iêmen. Os confrontos se espalharam por todo o país a partir de 26 de março de 2015, com o início da intervenção militar da aliança de países árabes sunitas, liderada pela Arábia Saudita. Desde o início da ofensiva, mais de 10 mil pessoas morreram nas zonas controladas pelos rebeldes. Os dados foram divulgados em janeiro pelos houthis e não confirmados por outras fontes.
Entre as vítimas, mais de 5 mil seriam crianças. Além disso, quase todos os menores de idade no país – cerca de 11 milhões – precisam de ajuda para sobreviver, de acordo com relatório divulgado pelo Unicef. A ONU afirma que 20 milhões de pessoas, do total de 26 milhões que vivem no país, precisam de ajuda humanitária emergencial. Ao todo, 7 milhões de iemenitas dependem exclusivamente dos alimentos fornecidos pelas organizações internacionais para sobreviver.
Apesar dos pedidos de paz da população, o diplomata houthi ressalta que a guerra continuará. No entanto, o representante do grupo diz que os rebeldes estão dispostos ao diálogo para preservar a dignidade e a honra do Iêmen. “A resistência do povo iemenita é lendária. Esse povo aguentou o que ninguém neste mundo pode aguentar. E, apesar do alto custo que foi pago, continuará aguentando”, disse Abu-Ras (ABr/EFE).

Fábrica de armas mais antiga dos EUA abre falência

A Remington Arms Co., fábrica de armas mais antiga dos Estados Unidos, fundada em 1816, solicitou proteção federal por falência, segundo documentos apresentados em um tribunal do estado de Delaware e que foram divulgados ontem (26) por veículos de imprensa locais. A medida acontece em meio à queda nas vendas que a centenária companhia – que fabrica vários tipos de pistolas, rifles, fuzis e escopetas desde a sua fundação – sofreu.
A empresa é agora propriedade majoritária da Cerberus Capital Management, um grupo de capital privado que pretende vender os ativos da fabricante de armas tão logo que o processo de falência seja concluído, informou o jornal “USA Today”. A Remington continuará operando sob a proteção do capítulo 11 do código de falência dos EUA, uma ação que permite que as companhias com problemas financeiros criem um plano de reestruturação para se manter em funcionamento e pagar seus credores.
O diretor financeiro da Remington, Stephen Jackson, garantiu na última apresentação de resultados que a companhia sofreu uma diminuição “significativa” nas receitas e vendas nos últimos 12 meses, segundo o “USA Today”. Este movimento de falência ocorre pouco depois que um milhão de pessoas, majoritariamente estudantes, saíram às ruas de 800 cidades dos EUA no sábado para reivindicar maior controle de acesso às armas, que ajudaria a reduzir a violência armada em geral e nos centros educativos do país (ABr/EFE).

100 doadores financiam restauração da tumba de Michelangelo

Túmulo de Michelangelo, em Florença, passa por restauração.

Mais de 100 doadores de 11 países se uniram para financiar a restauração do túmulo de Michelangelo Buonarroti (1475-1564), situado na Basílica de Santa Croce, no centro histórico de Florença. A campanha internacional de arrecadação foi lançada em setembro do ano passado, pela Opera di Santa Croce, entidade responsável pela gestão da igreja, e rapidamente atingiu a meta de levantar 100 mil euros para a limpeza e recuperação da tumba do gênio renascentista.
O dinheiro foi obtido graças às doações de pouco mais de 100 pessoas, sendo que 80% delas são dos Estados Unidos. No entanto, a Opera di Santa Croce também recebeu recursos de moradores de Austrália, Áustria, Canadá, Espanha, Filipinas, Finlândia, Noruega, Reino Unido e República Tcheca, além da própria Itália. “Um pedaço de amor pela minha adorada Florença, para fazê-la saber o quanto sou grata pela beleza e pelo sentido que deu à minha vida e à minha arte”, diz a mensagem de um doador filipino.
O túmulo de Michelangelo foi projetado por Giorgio Vasari (1511-1574) e inclui um busto do artista e estátuas representando suas três artes: escultura, arquitetura e pintura, todas em mármore de Carrara, sua principal matéria-prima. A primeira fase da restauração, a limpeza do monumento, foi concluída no último sábado (24), com um encontro que reuniu doadores de Estados Unidos e Itália.
A intervenção removeu os extratos de sujeira acumulados desde a última restauração, 18 anos atrás. Também serão feitos trabalhos para descobrir eventuais problemas escondidos na estrutura da tumba e a recuperação de um 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi interrogado em Jerusalém pelas autoridades locais devido a um caso de suposta corrupção, informou ontem (26) a imprensa do país. Netanyahu foi interrogado na sua própria casa sobre o caso da sua plataforma de conteúdos Walla e sua companhia de telecomunicações Bezeq, a mais importante de Israel.
De acordo com a imprensa local, além do premier israelense, sua esposa, Sara; um de seus filhos, Yair; o principal acionista da Bezeq, Shaul Elovitch, e sua mulher também foram ouvidos pelas autoridades. O objetivo da polícia israelense é saber se Netanyahu e Elovitch fizeram uma suposta troca de favores, que pode ter rendido centenas de milhões de dólares ao grupo Bezeq.
Já os familiares do premier que foram interrogados são investigados por pressionarem uma cobertura favorável de Netanyahu no site de notícias Walla. A investigação conduzida está sendo chamada de “Caso 4000”. Esta já é a nona vez em que Netanyahu é ouvido pelas autoridades do país sobre os diversos casos de corrupção que está enfrentando. Em fevereiro, a polícia recomendou o indiciamento do premier em outros dois casos (ANSA).