Procissão do Fogaréu reuniu milhares de fiéis na cidade de Goiás
Na virada da quarta-feira de trevas (23) para a quinta-feira santa (24), o toque da fanfarra deixou todos em alerta na Cidade de Goiás: teve início, à meia-noite, a Procissão do Fogaréu
As luzes da cidade se apagaram e deram lugar às tochas, que iluminaram um verdadeiro espetáculo ao ar livre. Quarenta farricocos, personagens vestidos de túnicas coloridas e capuzes pontiagudos, representando soldados romanos, concentraram-se em frente à Igreja da Nossa Senhora da Boa Morte, na praça principal da cidade. Acompanhados pela multidão, eles partiram à procura de Jesus Cristo. Com os pés descalços nas ruas de pedra, os farricocos seguiram para a escadaria da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, que simboliza o local onde estaria sendo realizada a última ceia, mas Jesus não estava mais lá. Os fiéis então marcharam em direção à Igreja de São Francisco de Paula, que simboliza o Jardim das Oliveiras descrito na Bíblia. No local, ao som de um clarim, foi decretada a prisão de Jesus, representada por um estandarte de linho pintado pelo artista plástico Veiga Valle. A Procissão do Fogaréu é feita desde 1745 na Cidade de Goiás. Para quem assistiu pela primeira vez, como a professora aposentada Leila Faria de Souza, que mora em Goiânia, o evento foi uma grata surpresa. “Eu adorei. Nasci em Minas Gerais, tenho 37 anos de Goiás e por todo esse tempo eu quis participar. Felizmente, consegui vir este ano”, comemorou. O professor de história José Otávio de Arruda veio de João Pessoa e ficou impressionado com as encenações. “Fui atraído pela manifestação de fé e de sentimento coletivo que a Procissão do Fogaréu representa, e pretendo voltar outras vezes”. O funcionário público João Conceição da Silva, que faz o papel de farricoco há 32 anos, disse que sente a mesma emoção a cada vez que participa. “É muita emoção, fico arrepiado quando participo deste momento”, afirmou. O evento histórico na cidade, de arquitetura colonial e considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, atrai pessoas de vários lugares do Brasil. A tradição, que nasceu na Espanha e em Portugal, foi levada a Goiás pelo padre espanhol João Perestelo Espíndola. O ritual representava penitência e condenação pública de pecadores, e depois se transformou em uma festa que lembra a prisão de Cristo (ABr).
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País desperdiça 36,4% da água disponível, diz ministério
No Brasil, 36,4% da água são desperdiçados e apenas 40,8% do esgoto são tratados, segundo o diretor do Departamento de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Sérgio Antônio Gonçalves. Ele participou de seminário promovido pela pasta para fortalecer o intercâmbio de informações sobre a gestão de recursos hídricos e subsidiar ações e políticas públicas no setor. Esse desperdício se refere às perdas no próprio mecanismo de disponibilização de água no abastecimento público, devido a encanamentos velhos, por exemplo. Essas perdas acontecem antes mesmo de a água chegar às casas das pessoas. Dessa forma, segundo Gonçalves, o desenvolvimento de políticas públicas no setor é fundamental para que o Brasil consiga avançar no uso sustentável dos recursos naturais e na melhoria da disponibilidade de água em qualidade e quantidade para os diversos usos. “As águas não têm nação ou território único. A maioria transcende os limites de municípios, estados, nações. Temos essa responsabilidade [de cuidar dos recursos hídricos] porque moramos neste planeta”, afirmou. O superintendente adjunto da ANA, Flávio Tröger, afirmou que o portal oferece à população informações importantes sobre qualidade, quantidade e uso da água, entre outros. Basta acessar (http://www3.snirh.gov.br/portal/snirh). “Os usuários podem encontrar mapas interativos, podem baixar metadados, além de dados necessários para estudos. Dessa maneira, a sociedade, de uma forma geral, poderá dispor dessas informações para os mais diferentes fins”. A importância do acesso à água para todos foi ressaltada por Renato Saraiva Ferreira, do Departamento de Revitalização de Bacias. Ele falou sobre o Programa Água Doce, desenvolvido pelo ministério em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade a civil. Uma das ações de destaque é a dessalinização de água no Semiárido brasileiro. Segundo Ferreira, já são mais de 480 mil pessoas beneficiadas (ABr).
Diagnosticado com câncer raro, Pezão anuncia licença
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi diagnosticado, na última quinta-feira (24), com um tipo de câncer denominado linfoma não-hodgkin, localizado no tecido ósseo, conforme relatou a equipe médica que acompanha o caso. O tratamento quimioterápico começou na sexta-feira (25), após um período de hidratação e inserção de um catéter sob a clavícula. Os médicos chegaram ao diagnóstico após o resultado de uma biópsia. O tipo de câncer encontrado no governador é do tipo Tanaplásico de grandes células ALK positivo De acordo com o oncologista Daniel Tabak, que conduz o tratamento, o tipo de câncer diagnosticado é incomum e agressivo, mas potencialmente curável. “Mais de 70% dos pacientes ficam curados com o tratamento administrado dessa forma”, afirmou o oncologista. Pezão adiantou que deve se licenciar nos primeiros 30 dias e procurou demonstrar otimismo durante entrevista coletiva à imprensa. “Tenho plena confiança de que vamos vencer essa dificuldade. Vou lidar com esse tratamento da melhor forma e com a maior transparência possível. Sei que tem coisas piores na vida”, acrescentou. O tratamento do governador deve incluir entre seis a oito sessões de quimioterapias realizadas em ciclos de 21 dias – três em que as drogas são ministradas e 18 em que a medicação atua no organismo. O tratamento não requer hospitalização e o governador deve receber alta nesta terça-feira (29), mas o tratamento pode durar até oito meses. O governador disse que terá ajuda de secretários e do vice-governador, Francisco Dornelles, para se manter a par dos assuntos do estado e da internet para despachar. “Hoje, com Whatsapp, vai dar para fazer três, quatro despachos por dia para resolver as coisas”, acrescentou Pezão (ABr).
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Forças de Damasco entram em Palmira, reduto do EI
Forças do governo sírio, com ajuda de reforço russo, invadiram a cidade histórica de Palmira, que estava nas mãos dos jihadistas do Estado Islâmico (ex-Isis) desde maio, informou uma emissora estatal síria. O avanço em Palmira acontece após as forças aliadas ao governo de Bashar al-Assad terem conquistado diversas colinas e regiões em volta da cidade. A informação ainda não foi confirmada oficialmente, no entanto, em opositores levantaram dúvidas sobre a veracidade das imagens divulgadas. Situada 250 km a nordeste de Damasco, em pleno deserto, Palmira abriga ruínas de uma cidade que foi um dos mais importantes centros culturais da Antiguidade, mais especificamente entre os séculos I e II d.C. Sua arquitetura reflete as influências de diversas civilizações e mescla características greco-romanas com tradições persas. A queda da cidade nas mãos dos jihadistas no ano passado preocupou todo o mundo, principalmente por conta da destruição de monumento históricos. Além de representar um forte golpe ao governo de Damasco. O grupo comete frequentemente ataques contra símbolos históricos, em forma de repúdio à outras vertentes religiosas e à cultura ocidental. Já foram destruídos o templo de Baal Shamin e o de Bel. Antes do início da guerra civil na Síria, que entra em seu sexto ano, a cidade atraia milhares de turistas anualmente. Iraque – Enquanto isso, um porta-voz do Exército iraquiano anunciou o início de uma operação militar para tentar recapturar a cidade de Mossul do EI. As forças iraquianas já retomaram diversas vilas nas proximidades da cidade. As autoridades locais não deixaram claro, no entanto, como deve ser realizada a ofensiva ao reduto jihadista. A retomada de Mossul deve ser um grande golpe para os jihadistas, que anunciaram um califado regido pela sharia, a lei islâmica, na região. Eles obtêm grande parte de sua renda vendendo o petróleo da cidade. A retomada de Ramadi, no final de dezembro, já debilitou bastante a ação do grupo na região e foi considerada uma enorme vitória das forças iraquianas (ANSA).
Aos 68 anos, morre o ex-jogador holandês Johan Cruyff
O ex-jogador e lenda do futebol holandês Johan Cruyff, 68 anos, morreu na última quinta-feira (24) em Barcelona. Ele lutava há vários anos contra um câncer de pulmão. Cruyff é considerado um dos maiores jogadores holandeses da história e foi um dos protagonistas da famosa “Laranja Mecânica” da Copa do Mundo de 1974. Naquela época, os atletas não tinham uma posição fixa no campo e se movimentavam de acordo com a partida, algo muito inovador para a década de 1970. Na carreira por clubes, foi ídolo no Ajax e no Barcelona – onde foi tetracampeão espanhol entre 1990 e 1994. O ex-jogador ganhou três prêmios Bola de Ouro (1971, 1973 e 1974) e é considerado um dos maiores jogadores da história, ao lado de Di Stéfano, Pelé e Puskás. A Federação Internacional da História do Futebol e Estatísticas (IFFHS) considerou Cruyff o maior jogador europeu do século 20 (ANSA).
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