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Geral 25 a 27/03/2017

em Geral
sexta-feira, 24 de março de 2017
Para ser um conciliador ou mediador, é preciso estar capacitado.

Cadastro nacional permite que cidadão escolha mediadores e conciliadores

Para ser um conciliador ou mediador, é preciso estar capacitado.

Um cadastro nacional de conciliadores e mediadores aptos a facilitar a negociação de conflitos em processos judiciais e extrajudiciais está disponível para a população de todo o país

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ferramenta indica profissionais e seus e-mails, além de um minicurrículo. A listagem é separada por estado e conta com cerca de 3 mil integrantes, entre conciliadores, mediadores e profissionais de Câmaras privadas.
O Cadastro Nacional de Mediadores Judiciais e Conciliadores tem em torno de 1 mil conciliadores, de oito unidades federativas: São Paulo tem 794 profissionais inscritos; Goiás, 129; o Distrito Federal (DF), 24; o Rio Grande do Sul, 21; Sergipe, 13; o Rio Grande do Norte, 11; a Paraíba, cinco; e o Rio de Janeiro, três. O número de mediadores cadastrados é quase o dobro – atualmente, há 1.747 profissionais de 13 estados, além do DF. São Paulo e Goiás têm, respectivamente 1.155 e 206. Em seguida, aparecem Bahia (130); Rio Grande do Sul (83); Minas Gerais (77); Rio de Janeiro (37); Sergipe (19); Distrito Federal (13); Pará (11); Rio Grande do Norte (6); Paraíba (5); Pernambuco (2); Ceará (2) e Acre (1).
Pela ferramenta, é possível escolher desde conciliadores e mediadores voluntários (gratuitos) até profissionais que cobram pelo trabalho. “Apenas profissionais que atendam aos padrões definidos pelo CNJ podem fazer parte da listagem”, informou o conselho. Outra opção disponível é a utilização de câmaras privadas de mediação, mas apenas cinco estados e o DF têm instituições cadastradas no banco. Para acessar o cadastro, a orientação é que o cidadão entre no site do CNJ. Na área de informações e serviços, entrar em Programas e Ações, buscar o Portal da Conciliação e, no índice, clicar em Consulta Pública – Cadastro Nacional de Mediadores Judiciais e Conciliadores.
A página da consulta pública abre três opções: Mediador; Câmara privada e Conciliador. A mediação geralmente é usada em questões mais complexas, como inventários e dissolução de sociedade e problemas familiares que não se resolvem em uma única sessão. A conciliação é usada em conflitos mais simples, como problemas entre consumidor e empresas. As câmaras privadas são instituições que têm um corpo de mediadores. O mediador pode ser independente ou estar ligado a uma Câmara.
O cadastro é administrado pelos tribunais, que recebem e avaliam os dados encaminhados pelos profissionais. Para ser um conciliador ou mediador, é preciso estar capacitado e, além da etapa teórica, é necessário que o profissional tenha finalizado estágio supervisionado de, no mínimo, 60 horas (ABr).

Campanha incentiva escolha segura de contraceptivos

Entre os métodos contraceptivos figura o preservativo masculino, utilizado por 12,9% dos casais.

A campanha #VamosDecidirJuntos, uma iniciativa da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), foi lançada em São Paulo com o objetivo de promover o diálogo entre os médicos, as pacientes e os seus parceiros para a escolha do método contraceptivo mais indicado de acordo com cada perfil.
A federação acredita que o diálogo trará mais segurança e informações claras para a mulher que utiliza métodos contraceptivos, aumentando o nível de eficácia e reduzindo efeitos colaterais.
Estimativas indicam que, no Brasil, 22,1% das mulheres adotam a pílula anticoncepcional como método para prevenir a gravidez, seguindo-se o preservativo masculino (12,9%), injeção contraceptiva (3,5%) e dispositivo intrauterino – DIU (1,5%). Os métodos tradicionais (comportamentais), como a tabelinha e o coito interrompido somam 2,4%. Segundo o ginecologista e presidente da Febrasgo, César Eduardo Fernandes, a campanha pretende levar a discussão também para o casal e incentivar o diálogo aberto e transparente sobre a contracepção.
“Os homens costumam achar que esse é um problema feminino e não é. É uma decisão que deve ser do casal, por isso precisamos conscientizá-lo para que esteja junto”, frisou. Para ele, o médico é importante para dar esclarecimentos quanto à medicação, embora a escolha seja somente da mulher. “A paciente é soberana em sua decisão, o médico é apenas o consultor”. Fernandes completa que a ideia da campanha também foi motivada pelo desconhecimento que as mulheres têm sobre os métodos anticoncepcionais.
“Lamentavelmente, somos obrigados a fazer uma consulta curta e não é possível falar sobre tudo, então a campanha vai alavancar a divulgação [de todos os métodos]”. O portal (www.vamosdecidirjuntos.com.br) traz informações seguras e baseadas em orientações médicas, vídeos com especialistas, textos e artigos sobre o tema. Há ainda um espaço para esclarecimento de dúvidas sobre os métodos contraceptivos. A definição do método mais adequado para cada mulher deve considerar o perfil, histórico de saúde, necessidades e preferências individuais (ABr).

Estudantes de medicina têm desempenho “adequado”

A maioria dos estudantes de medicina (91,2%) teve desempenho considerado adequado na primeira edição da Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem). Segundo o Inep, responsável pelo exame, apenas 1,9% obteve desempenho avançado e, na outra ponta, 6,9%, básico. A avaliação foi aplicada no ano passado a estudantes do 2º ano de medicina. Ao todo, foram avaliados 22.086 alunos de 233 cursos. De acordo com o Inep, 98,71% das escolas apresentam média em nível adequado e 1,29%, no básico – o resultado abarca 91% das instituições que oferecem o curso no país.
Os estudantes também responderam a questões sobre a própria avaliação. A maioria, 62,5%, considerou que a prova teve grau médio de dificuldade; 32,3%, difícil; 2,5%, muito difícil; 2,5%, fácil; e 0,2%, muito fácil. A prova, aplicada anualmente, é composta por 60 questões objetivas e três discursivas. Nesta edição, só os alunos do 2º ano do curso participaram da avaliação. A partir do ano que vem, a Anasem será aplicada também aos alunos do 4º ano, e em 2020 chegará aos do 6º ano. A participação é obrigatória, pois a regularidade na avaliação é atestada no histórico escolar (ABr).

Quem era Khalid Masood, o terrorista de Londres?

O autor do ataque em Londres, Khalid Masood, sendo socorido.

A Scotland Yard divulgou nesta sexta-feira uma fotografia do autor do ataque terrorista em Londres, o britânico Adrian Russel Ajao, conhecido também como “Khalid Masood”, de 52 anos. A imagem, retirada provavelmente de algum documento, que revela seu verdadeiro nome, Adrian Russel Elms, mostra um homem robusto, de pele morena, cabeça raspada e barba. Com um carro e uma faca, Masood ressuscitou o fantasma do terrorismo na Europa matando quatro pessoas na última quarta-feira (22).
Nascido no condado de Kent, no sul da Inglaterra, o britânico também viveu com sua esposa e filhos, ao longo dos anos, em várias cidades como Crawley, Rye, Eastbourne e em Luton. Com diversas condenações anteriores por pequenas acusações, como porte de arma, desordem pública e assaltos, Masood teria se convertido ao islã durante o período em que trabalhou na Arábia Saudita após ser liberto de uma condenação em 2003. Alguns vizinhos o descrevem para a imprensa britânica como uma pessoa “calma” e de uma “família reservada”.
Na semana do atentado, Masood alugou o carro usado em uma loja na cidade de Birmingham. Uma hora depois de concluir o pedido, ele teria ligado para a empresa para cancelar a solicitação. Um dia antes ao ataque, o britânico teria se hospedado em um quarto do Preston Park Hotel, em Brighton. Segundo o funcionário do local, Michal Petersen, que encontrou o terrorista na recepção, ele “era sorridente e educado” (ANSA/COM ANSA).

BC aumenta projeção de déficit das contas externas

O Banco Central (BC) espera um déficit maior nas contas externas este ano. A estimativa para o saldo negativo das transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, subiu de US$ 28 bilhões para US$ 30 bilhões. Esse valor vai corresponder a 1,45% do PIB. Nos dois primeiros meses deste ano, o déficit ficou em US$ 6,020 bilhões.
A maior parte do saldo negativo previsto para este ano está na conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), com déficit estimado em US$ 47,6 bilhões. A previsão anterior era US$ 44,1 bilhões. A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) deve apresentar resultado negativo de US$ 36,7 bilhões, contra US$ 31,2 bilhões, previstos anteriormente.
Para a conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) a estimativa positiva permaneceu em US$ 3,3 bilhões. A balança comercial (exportações e importações de produtos) deve contribuir para reduzir o déficit nas transações correntes. A estimativa para o ano é de superávit de US$ 51 bilhões. A previsão anterior era US$ 44 bilhões (ABr).