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Geral 23/08/2016

em Geral
segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Cada vez mais, venezuelanos buscam nova vida no exterior

Venezuelanos buscam passagens para deixar o país: despedidas no aeroporto de Caracas se repetem todos os dias.

Não apenas os jovens profissionais venezuelanos estão buscando imigrar em busca de novas oportunidades, mas também homens e mulheres com mais de 50 anos estão cada vez mais entre aqueles que buscam uma nova vida em outro país

Antonia Pérez, uma advogada de 58 anos, afirmou que apesar de sua idade tomou a decisão porque está “cansada de passar trabalho por uma crise que nos rouba até os sonhos”.
“A situação está tão difícil, dura e triste que não há um só dia em que a angústia para comprar comida ou o medo que te matem por qualquer motivo não esteja presente”, contou Pérez. Já o engenheiro de computação Héctor Diáz, de 50 anos, comentou que está deixando a Venezuela em busca de um futuro melhor – e com a esperança de levar os seus parentes em breve. “Estou indo porque meu país está à beira do abismo e quero sair deste governo que sequestrou todos os poderes, que nos faz passar fome e calamidade, é muito difícil”, ressaltou.
O êxodo que começou em 1984 se acentou com a chegada de Hugo Chávez ao poder e se aprofundou com os últimos meses dos seguidos anos de crise econômica e social, que faz com que a inflação na Venezuela seja, de acordo com alguns analistas locais, de 700% até o fim do ano. A escassez de alimentos e produtos básicos, além da insegurança – cuja taxa de homicídios no fim de 2015 era de 90 em cada 10 mil habitantes de acordo com dados da ONG Observatório Venezuelano sobre Violência – empurram o fenômeno da imigração para níveis ainda mais altos.
Para Tomáz Páez, sociólogo e autor do livro “A voz da diáspora venezuelana”, a situação se agravou muito com a escassez “de tudo”. “O governo não entendeu que devastou o país, que não há mais nada em pé, que destruiu a maior receita da história da Venezuela e que é impossível apoiar uma nação cheia de fome, mortos e misérias”, destacou. Segundo Páez, cerca de dois milhões de venezuelanos (que representam 7% da população do país) estão morando fora da nação.
“Temos venezuelanos em mais de 90 países, mas quantas pessoas querem sair agora? Não sei, mas há indicadores nas filas de embaixadas, de gente que quer levar seus pais embora porque não há mais remédios”, disse ainda o sociólogo. Estados Unidos, Espanha, Itália, Portugal, México, Chile, Argentina e Equador são os destinos mais escolhidos pela crescente onda de emigrantes venezuelanos (ANSA).

Fiscalização rigorosa de contribuintes que deixaram o país

A Receita intensificou a fiscalização de contribuintes que saíram do Brasil apenas como forma de sonegar tributos.

A Receita Federal em São Paulo anunciou que intensificou a fiscalização de contribuintes que saíram do Brasil apenas como forma de sonegar tributos. Dentre os contribuintes que deixaram o país de 2015 a 2016, já foram abertas 91 fiscalizações, que resultaram em autuações superiores a R$ 112 milhões. Apenas nos sete primeiros meses de 2016, mais de 6 mil pessoas apresentaram, no estado de São Paulo, declaração de saída definitiva do país.
Esse quantitativo vem aumentando de forma crescente, já que, durante todo o ano de 2015, foram 4.594 declarações, pelos dados da Receita. Em 2014, 3.569 contribuintes paulistas apresentaram a declaração de saída definitiva. Em 2013, foram 3.141 e, em 2012, 2.759. A maioria dessas pessoas é formada por empregados de empresas do setor privado, seguida por dirigentes, presidentes ou diretores de empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços e por proprietários de empresas ou firmas individuais. Cerca de 25% dos declarantes sequer informaram a ocupação principal.
Ainda que grande parte dos pedidos refira-se, efetivamente, a pessoas que decidiram deixar o país, a Receita verificou que existe, neste universo, um pequeno número de contribuintes que usam essa declaração apenas como forma de sonegar tributo, pois não deixam de fato o Brasil. Para a Receita, a presentação da declaração definitiva é apenas uma estratégia desses contribuintes para sair do foco da fiscalização. A Receita diz também que em alguns casos de fraudes o contribuinte informa durante anos que não tem rendas ou bens no Brasil. De repente, muda para o exterior e lá consegue, em um curto período de tempo, ganhar milhões de reais (ABr).

Crise reduz pesquisas do Instituto Mamirauá

O funcionamento da única instituição de pesquisa no interior da Amazônia está ameaçado pela crise econômica. Desde o ano passado, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, localizado no município amazonense de Tefé, enfrenta uma redução de mais de 60% no repasse de recursos do governo federal. Em 2015, a expectativa era de receber cerca de R$ 27 milhões, mas foram repassados R$ 16 milhões. Este ano, a previsão da Lei Orçamentária Anual (LOA) é de R$ 9 milhões.
De acordo com o diretor-geral do instituto, Helder Lima de Queiroz, para reduzir os custos foi necessário demitir 42% dos integrantes da entidade, cerca de 75 pessoas, entre pesquisadores, bolsistas e funcionários. A diminuição do quadro de pessoal também causou impacto nas pesquisas.
“Porque são pessoas que eram importantes para conduzir as pesquisas que a gente realiza. Ainda assim, mesmo que essas pessoas tivessem sido mantidas dentro da instituição, com a ausência de recursos a gente teve que paralisar alguns projetos”, disse Queiroz.
Ele acrescenta que aproximadamente 65% dos projetos tiveram de ser cancelados ou suspensos. “Isso significa, em termos absolutos, que mais de 50 projetos foram paralisados ou tiveram uma redução muito brusca de suas atividades de campo ou de laboratório”. A falta de recursos e de pessoal também provocou o fechamento de sete das 12 bases de campo do Instituto Mamirauá. Helder de Queiroz destaca que os projetos mais prejudicados são aqueles que orientam as comunidades que vivem no interior da floresta a explorar os recursos naturais de forma sustentável (ABr).

China inaugura maior ‘ponte de vidro’ do mundo

China temporario

Foi inaugurada na China a “maior e mais longa” ponte de vidro do mundo, que tem cerca de 430 metros de comprimento e custou mais de US$ 3 milhões para ser construída, segundo dados oficiais. A construção, cujo piso é feito de vidro, liga duas montanhas na região de Zhangjiajie, na província de Hunan. As autoridades chinesas garantem que as construções são seguras.
A ponte, construída a uma altura de cerca de 300 metros, tem 6 metros de largura e foi desenhada pelo arquiteto israelense Haim Dotan. Segundo a agência estatal chinesa “Xinhua”, a ponte deve receber cerca de 8 mil visitantes por dia, que são aconselhados a comprar seus ingressos com antecedência. As pontes de vidro são uma febre no país e costumam atrair milhares de visitantes, além de sediar eventos, como casamentos (ANSA).

Saques do PIS/Pasep crescem 65% em todo o país

Balanço do Tesouro Nacional mostra que – entre novembro de 2015 e julho de 2016 – período de realização da campanha de divulgação do PIS-Pasep – quase 885 mil beneficiários desses programas se dirigiram às agências do Banco do Brasil e da Caixa e sacaram os valores de cotas disponíveis em suas contas individuais. Esse montante representa uma ampliação de 349 mil saques (ou 65%) em relação ao observado entre novembro de 2014 e julho de 2015.
O balanço mostra, ainda, que o maior aumento foi verificado nas retiradas feitas por beneficiários com 70 anos ou mais, que passaram de 5,4 mil para mais de 258 mil. Para esse público, foram enviadas pelo BB e Caixa, respectivamente agentes administradores do Pasep e do PIS, quase 920 mil malas diretas informando sobre a existência de saldo disponível para saque nas contas individuais dos programas.
Em 30 de junho de 2016, pouco mais de 4,4 milhões de cadastrados tinham direito ao saque por idade, o que representa R$ 7,9 bilhões. O valor do saldo médio por beneficiário é de R$ 2.900,00 no Pasep e R$ 1.500,00 no PIS. Segundo o Tesouro Nacional, o Estado de São Paulo concentrou o maior número de saques (284.136) no período, seguido por Minas Gerais (96.780), Rio de Janeiro (94.210), Rio Grande do Sul (74.233), Paraná (52.959) e Santa Catarina (37.010).
Para informações sobre saldo ou número de inscrição, os interessados devem procurar o BB, quando inscritos no Pasep, ou a Caixa, que é a instituição administradora do PIS. Os trabalhadores que começaram a contribuir após 4 de outubro de 1988 não possuem valores de cotas para resgate.