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Geral 22/05/2019

em Geral
terça-feira, 21 de maio de 2019
Carlos Alberto temporario

Carlos Alberto: a televisão está chata e caminha para o fim

Disciplinado e exigente, o apresentador Carlos Alberto de Nóbrega, que está no comando do humorístico ‘A Praça é Nossa’ há mais de três décadas, traçou um diagnóstico desanimador sobre a televisão brasileira.

Carlos Alberto temporario

O apresentador lamenta que o ambiente no humor já não tenha mais a generosidade do passado. Foto: Divulgação/TV Brasil

Para ele, esse veículo está desgastado e caminha para o fim. “A televisão está um pouco chata. Estamos nas últimas etapas da TV. A internet é pra televisão o que a televisão foi pro rádio. Então, como a televisão está um pouco desgastada, eu começo a ver o Youtube”, afirmou, em entrevista ao programa Impressões, da TV Brasil.

É pelos canais na web que Carlos Alberto tem descoberto novos talentos que o fazem rir. Cita, por exemplo, Tirullipa, e revela que, quando gosta do youtuber, telefona e o convida para participar do seu programa. O convite é uma verdadeira honraria, a considerar o zelo que ele tem por sua produção. “Eu morro de ciúmes da Praça. Nunca ninguém sentou naquele banco para ficar no meu lugar. Já saí de uma unidade semi-intensiva no hospital para gravar, mesmo diante do protesto do meu filho”, conta.

O apresentador, que também é escritor, roteirista e diretor, lamenta, porém, que o ambiente no humor já não tenha mais a generosidade do passado. “Na época da Família Trapo, acabava a gravação, íamos jantar. Hoje acaba e cada um vai para o seu canto. Falta coleguismo. Quando ocorre uma desgraça, a classe artística faz show e se mobiliza. Quando um colega passa necessidade, não faz nada”, relata.

Carlos Alberto também critica os modismos na TV. “Não se pode esquecer que o cara que está de cabelo branco já teve cabelo preto, o braço grosso, já fez o público rir. Por que não vai dar emprego pra ele? Então, é uma coisa desumana isso no Brasil, só modismo”, desabafa.

Mas, deixa claro, que não está preocupado com a idade. Aos 83 anos e comemorando, nesta semana, um ano de casado com a médica Renata Domingues, o artista é taxativo: “Eu quero ter idade. Ficar velho, nunca!”.

Carlos Alberto de Nóbrega diz que o segredo da vitalidade é uma junção de vários fatores: faz esporte desde a adolescência, não fuma, tem alimentação equilibrada e faz o que gosta. “Eu não saio para ir trabalhar, eu saio para viver. Aquele momento, quarta-feira, é o dia mais alegre da semana”, diz e complementa com um conselho: “A vida é simplicidade. Não faça nada forçado, por dinheiro, por amor, porque a vida é uma só. O segredo é viver sem raiva, ajudando o próximo, não tendo inveja do que não tem. Seja feliz com o que tem. Mas isso (a gente aprende) só de cabelo branco” (ABr).

Ministério da Saúde prepara campanha de vacinação contra sarampo

Ministerio temporario

Neste ano, o ministério já confirmou 83 casos de sarampo no país. Foto: Marcelo Camargo/ABr

Agência Brasil

O Ministério da Saúde está preparando uma campanha de vacinação contra o sarampo, que deverá ser iniciada em todo o país no dia 10 de junho. Neste ano, o ministério já confirmou 83 casos de sarampo no país, sendo 43 deles no Pará, 27 em São Paulo, quatro no Amazonas, três em Santa Catarina, três em Minas Gerais, dois no Rio de Janeiro e um em Roraima. Deste total, 27 são autóctones e todos eles de residentes no Pará.

Os demais casos foram importados de outro país ou ainda não foi possível identificar a fonte de infecção. De janeiro a maio do ano passado, o ministério havia notificado 117 casos de sarampo no país, com dois óbitos. Dos casos importados, 19 deles ocorreram em um surto da doença dentro de um navio de cruzeiro em Santos, no litoral paulista. O mesmo navio também provocou três casos de sarampo em Santa Catarina e um caso no Rio de Janeiro.

O sarampo é uma doença infecciosa, viral e contagiosa, transmitida pela fala, tosse e espirro. Os sintomas da doença são febre alta [acima de 38,5º C], tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele e brancas na mucosa bucal. A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. A vacina que protege contra a doença é a tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola.

As complicações mais comuns do sarampo são infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e doenças neurológicas. As complicações do sarampo podem deixar sequelas, tais como a diminuição da capacidade mental, a cegueira, a surdez e o retardo do crescimento. O agravamento da doença pode levar à morte de crianças e adultos.

Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Em março, no entanto, o Ministério da Saúde confirmou à Opas um caso de sarampo endêmico ocorrido no Pará, no mês de fevereiro. Com isso, o Brasil perderá a certificação de país livre da doença e precisará iniciar um plano para retomar o título dentro de 12 meses.

Derrubada portaria que limita acesso à mamografia no SUS

Agência Brasil

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado decidiu ontem (21) derrubar a Portaria do Ministério da Saúde (MS) que limitou o acesso de mulheres de 40 a 49 anos aos exames de mamografia para detecção precoce de câncer de mama no SUS. Pela portaria, somente mulheres de 50 a 69 anos de idade podem fazer o rastreamento mamográfico na rede pública. De autoria do senador Lasier Martins (Pode-RS), o projeto que possibilitou a decisão, segue para o plenário da Casa em com urgência para análise.

A relatora da proposta na comissão, senadora Leila Barros (PSB-DF), avaliou que a portaria do MS é ilegal e afronta a lei que assegura a mamografia a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade. A senadora argumentou que o câncer de mama é uma doença grave, sendo a primeira causa de morte por câncer entre as brasileiras, em 2019, segundo estimativa do Inca, 59,7 mil novos casos devem surgir no país.

Sem falar no impacto financeiro da medida no relatório, Leila Barros explicou que está afastada a hipótese de criação de nova despesa, tendo em vista que os custos dos exames já deveriam estar provisionados e previstos na legislação orçamentária federal, por se tratar de uma norma de 2008.