146 views 12 mins

Geral 20 a 22/10/2018

em Geral
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Rede temproario

Rede de trilhas de 18 mil km começa a ser construída no Brasil

Os ministros do Turismo, Vinicius Lummertz, e do Meio Ambiente, Edson Duarte, juntamente com o presidente do ICMBIO, Paulo Henrique Carneiro, assinaram na sexta-feira (19) em São Paulo a portaria que institui a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade.

Rede temproario

Sistema motiva esportes, preservação natural e economias locais. Trilha, Floresta da Tijuca. Foto: Tânia Rêgo/ABr

O ato marcou a abertura da 19a Adventure Sports Fair, considerado o principal evento latino-americano dedicado ao mercado de turismo de aventura e esportes do ar livre.

A expectativa é de que, em 20 anos, sejam construídas rotas ao longo de unidades de conservação e ecossistemas que, juntas, somarão 18 mil quilômetros. Pouco mais de 10% desse trecho já estão concluídos, com a sinalização feita com desenhos de uma pegada amarela sobre uma base preta, indicando o sentido a ser percorrido.

Entre as trilhas prontas estão o Caminho da Serra do Mar (RJ), a Transcarioca (RJ), a Transespinhaço (MG), a Rota Darwin (RJ-PE) e o Caminho das Araucárias (RS/SC), que integram o corredor Litorâneo. Outras são o Caminho de Cora Coralina (GO) e o Caminho da Floresta Nacional de Brasília, que fazem parte do Caminhos dos Goyases; a Trilha Chico Mendes (AC); e a Transmantiqueira (RJ, MG e SP).

Os outros circuitos são o Litorâneo, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS); o Caminhos Coloniais, do Rio de Janeiro a Goiás Velho (GO); o Caminhos dos Goyases, entre Goiás Velho e a Chapada dos Veadeiros (GO); e o Caminhos do Peabiru, ligando o Parque Nacional do Iguaçu (PR) ao litoral paranaense.

O sistema funcionará como uma alternativa de esporte na natureza, contribuindo para o fluxo da fauna e preservação vegetal com a conexão das unidades de conservação federais, estaduais e municipais. Outro resultado esperado com a rede é o aquecimento das economias locais nas cidades ao longo dos percursos. Isto porque moradores poderão explorar serviços de hospedagem, camping, guias e alimentação, além do comércio de equipamentos para as caminhadas (ABr).

Uruguai aprova Lei Integral para Pessoas Trans

Uruguai temproario

Populares celebram a nova lei uruguaia para Pessoas Trans. Foto: Raúl Martínez/EFE

A Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou na sexta-feira (19) a Lei Integral para Pessoas Trans, uma legislação que estabelece medidas para combater a discriminação e avançar na garantia de direitos como o acesso ao trabalho e moradia. A norma, que agora deverá ser promulgada pelo Poder Executivo, foi discutida em uma sessão que durou mais de 10 horas, após o discurso de pelo menos 40 parlamentares, quem expuseram seus argumentos a favor e contra.

A deputada Manuela Mutti, do FA, afirmou que a aprovação da lei faz com que o Uruguai avance não apenas “em direitos, em democracia” mas também ‘nas possibilidades de realmente ter uma sociedade mais participativa e mais justa’. “Esta população tem permanentemente os direitos violados e não deveria ser assim. (E isso passa) pela sua condição de gênero e se reconhecem como tal”, sustentou.

A lei estabelece facilidades para a mudança de nome das pessoas trans no Registro Civil e obriga aos poderes Legislativo, Executivo e Judicial, governos departamentais, entidades autônomas e outras repartições públicas que destinem, por ano, 1% de vagas de emprego para esta população. Além disso, o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional deve determinar uma cota “não inferior a 1%” dos seus programas de capacitação para as pessoas trans.

Um dos artigos, que despertou polêmica na opinião pública e entre os legisladores, é o que estabelece que menores de 18 anos não necessitam da autorização dos pais para mudar seu nome ou receber tratamento hormonal. Outro artigo que foi muito criticado é o que dita que as pessoas trans, nascidas antes de 31 de dezembro de 1975, que demonstrem ter sido vítimas de violência institucional ou privada da sua liberdade como consequência das forças de segurança, têm direito a uma reparação econômica (Agência EFE).

Decisão proíbe filho de Pitanguy de dirigir

Agência Brasil

Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio mantiveram a suspensão da habilitação para dirigir de Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, filho do cirurgião plástico Ivo Pitanguy, falecido em 2016, aos 90 anos, de parada cardíaca. A defesa pedia a absolvição do motorista, o que foi negado pelos magistrados.

Em 2015, Ivo dirigia embriagado e em alta velocidade pela Gávea, zona sul do Rio, quando atropelou e matou o operário José Ferreira da Silva. José trabalhava nas obras de expansão do Metrô. O atropelador acabou beneficiado com liberdade provisória após pagar fiança de R$ 100 mil e foi indiciado por homicídio doloso. Na época do acidente, Ivo possuía 70 multas de trânsito e mais de 200 pontos na carteira, a maioria por dirigir embriagado.

Da Vinci pode ter sofrido de estrabismo, aponta estudo

Da Vinci temproario

Isso explicaria como Leonardo era tão atento a dar a impressão de profundidade em suas obras. Foto: Reprodução

Mundialmente reconhecido pelas suas obras de arte e sua capacidade de retratar detalhes de maneira tridimensional, o gênio italiano Leonardo da Vinci pode ter sofrido estrabismo divergente (exotropia) em vida. De acordo com uma pesquisa na revista “Jama Ophthalmology”, do neurocientista Christopher W. Tyler, da City University de Londres, a anomalia pode ter contribuído para que o artista tivesse uma outra “visão” dos objetos e pessoas.

O estrabismo divergente teria induzido o cérebro do artista a desviar o olho afetado de forma intermitente. Assim, um dos olhos vira o fixador enquanto o outro é desviado, enviando ao cérebro duas imagens diferentes, que se adaptam. Essa passagem de visão explicaria a sua habilidade particular de tornar tridimensional rostos, objetos e paisagens. A pesquisa foi conduzida a partir de uma análise do alinhamento das pupilas de um autorretrato do gênio renascentista.

O estudo então, foi estendido a outras célebres obras atribuídas a Da Vinci, como “Salvator Mundi” e “O Homem Vitruviano”, nas quais o artista teria reproduzido o seu próprio defeito visual. Os resultados obtidos apontam o diagnóstico de estrabismo, doença que diversos estudiosos atribuem também a Monalisa. Como explicou Tyler, “é provável que o estrabismo intermitente, com a alteração de visão 2D e 3D, tenha em alguma maneira tornado o artista mais consciente dos detalhes que geram tridimensionalidade nos quadros, e isso explicaria como Leonardo era tão atento a dar a impressão de profundidade em suas obras” (ANSA).

Noruega: perdão a mulheres que fizeram sexo com nazistas

A primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, pediu na quinta-feira (18) perdão a todas as norueguesas que tiveram relações íntimas com soldados alemães durante a Segunda Guerra Mundial e foram alvo de represálias depois da queda nazista. “As autoridades norueguesas violaram a regra fundamental que nenhum cidadão pode ser punido ou condenado sem julgamento.

Para muitas, isso era apenas um amor adolescente, para outras, o amor de suas vidas com um soldado inimigo ou um flerte inocente que deixou uma marca pelo resto de suas vidas”, explicou Solberg. A Noruega foi invadida por forças nazistas em abril de 1940 e acredita-se que cerca de 50 mil mulheres norueguesas tinham relações íntimas com soldados alemães, segundo dados do Centro Norueguês sobre o Holocausto e minorias religiosas.

As mulheres eram chamadas de “garotas alemãs” e mais tarde foram acusadas de trair o país. Como consequência, elas foram submetidas a detenções e prisões ilegais, demissões, a privação dos direitos civis, e até mesmo a supressão da nacionalidade norueguesa e a expulsão do país. “Jovens e mulheres norueguesas que tiveram relações com soldados alemães ou eram suspeitas disso foram vítimas de um tratamento vergonhoso”, acrescentou a premier. “Hoje, em nome do governo, quero pedir desculpas”, disse Solberg durante um evento em celebração do 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.

Depois de mais de 70 anos após o fim da Segunda Guerra, poucas das mulheres afetadas continuam vivas. Acredita-se que cerca de 12 mil crianças tenham nascido das relações, sendo que algumas delas também foram alvo de atos de vingança, confiadas a outras famílias ou colocadas em instituições. Em 2007, um grupo apelou ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para que pedisse justiça pela barbárie, mas o seu caso foi declarado inadmissível pois já havia passado muito tempo desde o ocorrido (ANSA).