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Geral 18/05/2016

em Geral
terça-feira, 17 de maio de 2016

País perdeu mais de 23 mil leitos na rede pública em cinco anos

As regiões Sudeste e Nordeste foram as que mais perderam leitos no período.

De acordo com dados divulgados ontem (17) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em cinco anos, o Brasil perdeu 23.565 leitos de internação hospitalar na rede pública do país

Entre dezembro de 2010 e dezembro de 2015, o número de leitos para uso exclusivo do SUS baixou de 335,5 para 312 mil. Os dados foram levantados pelo conselho, com base no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde.
As regiões Sudeste e Nordeste foram as que mais perderam leitos no período. Ao contrário do que ocorreu no caso da internação, houve alta de 23% nos leitos destinados a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dedicadas a tratamentos mais complexos. Na região Sudeste, entre 2010 e 2015, foram fechados 13.086 leitos de internação e, no Nordeste, 6.948. Em seguida, estão as regiões Centro-Oeste (1.825), Sul (1.193) e Norte (513). Dos 27 estados, apenas 8 tiveram aumento nos leitos entre 2010 e 2015, entre eles, o Rio Grande de Sul, Mato Grosso e Rondônia.
As especialidades mais afetadas, em escala nacional são a psiquiatria, a pediatria cirúrgica, obstetrícia e cirurgia geral.
O presidente do CFM, Carlos Vital, atribui a redução ao financiamento e gestão inadequados dos recursos destinados à saúde. “Há necessidade de mais orçamento para a saúde no Brasil e há que se ter também uma competência administrativa para a correta escolha das prioridades e essa competência, se existe nesses últimos anos, o governo tem escondido muito bem. E um controle e avaliação eficaz para impedir a alarmante escala da corrupção que atinge a área da saúde”, disse.
Pela manhã, o recém-empossado ministro da Saúde, Ricardo Barros participou de um evento em Brasília e comentou com jornalistas o levantamento do CFM. Segundo Barros, a solução passa pelo aprimoramento da gestão. “Existem UPAs fechadas, existem postos de saúde e unidades básicas de saúde fechadas, existem ambulâncias do Samu paradas, existem equipamentos comprados encaixotados em unidades de saúde. Esse dinheiro que está mal aplicado e que não alcançou ainda o seu objetivo nós vamos priorizar para que não haja uma visível má aplicação do recurso público”, afirmou.
Os dados apurados pelo CFM mostram que dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 505 têm leitos de UTI e revelam um desequilíbrio na distribuição geográfica dos leitos. O Sudeste concentra 54% dos leitos de unidades de terapia intensiva disponíveis no país. O Norte tem a menor proporção com apenas 5% de todos os leitos. Quando observadas as capitais, elas concentram 44% dos leitos de UTI do SUS e 57% dos leitos privados no Brasil (ABr).

Guerrilha das Farc recrutou 11.556 menores entre 1975 e 2014

De acordo com os dados divulgados, 33% dos menores recrutados eram mulheres.

A Procuradoria da Colômbia informou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) recrutaram 11.556 menores de idade entre 1975 e 2014. “Isso constitui crime internacional, que é crime de guerra”, afirmou o procurador Jorge Perdomo, que coordenou uma investigação da Procuradoria colombiana, no ano passado, sobre o recrutamento de menores pelas Farc. Os resultados da investigação foram divulgados um dia depois de o governo da Colômbia e as Farc terem anunciado um acordo para a retirada de menores de 15 anos dos acampamentos do grupo guerrilheiro e a elaboração de um plano para a desmobilização progressiva de todos os que têm menos de 18.
“Dentro das políticas de recrutamento de menores”, as Farc estabeleceram os 15 anos como a idade mínima para integrar as suas fileiras e milícias, disse o procurador. Jorge Perdomo afirmou que a investigação concluiu que “essa política de recrutamento ilícito” pode ser atribuída ao secretariado e ao Estado Maior” das Farc.
Segundo a Procuradoria, em 47% dos casos, as Farc conseguiram persuadir os menores a integrar as suas fileiras. Além disso, 23% dos menores foram enganados e em 30% dos casos houve recrutamento forçado. De acordo com os dados divulgados, 33% dos menores recrutados eram mulheres.
O governo colombiano e a guerrilha das Farc anunciaram no domingo (15) um acordo para a retirada de menores de 15 anos dos acampamentos do grupo. Segundo comunicado conjunto, o acordo inclui a elaboração de um plano para a desmobilização progressiva dos menores de 18 que integram as fileiras das Farc e um programa para a reintegração na sociedade civil de todas as crianças e adolescentes que saiam da guerrilha (Ag. Lusa).

Emprego na construção civil registra queda de 0,99%

Em março, o nível de emprego da construção civil apresentou queda de -0,99% em relação a fevereiro, com o fechamento de 28,5 mil postos de trabalho, considerando os efeitos sazonais. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), entre janeiro e março foram fechadas 55,4 mil vagas.
“Historicamente, o emprego na indústria da construção cresce no primeiro trimestre, em função de novas obras. Entretanto, este é o segundo ano seguido em que o emprego no setor cai no primeiro trimestre, como resultado da crise”, informou José Romeu Ferraz Neto, presidente do SindusCon-SP.
A maior retração foi observada no segmento de obras de instalação (-2,27%), seguido pelo segmento imobiliário (-1,41%). Os piores resultados foram observados nas regiões Norte (queda de -1,20%) e Nordeste (-1,04%). Na comparação com fevereiro, o estado de São Paulo registrou queda de -1,01%, com redução de 7.737 vagas.

Recuou em abril a demanda do consumidor por crédito

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito em abril caiu 5,1% em relação ao mês de março. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a procura por crédito cresceu 7,8%. No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, a demanda do consumidor por crédito avançou 2,6% em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2016, com exceção da faixa de menor renda (com queda de 2,0%), a busca do consumidor por crédito subiu em todas as demais faixas de renda em relação ao primeiro quadrimestre de 2015: consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000 (2,1%); renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000 (3,7%); renda mensal entre R$ 2.000 e R$ 5.000 (4,0%); renda mensal entre R$ 5.000 e R$ 10.000 (4,1%) e renda mensal maior que R$ 10.000 (3,5%).

China ignora 50 anos da Revolução Cultural de Mao Tsé-tung

O governador da província chinesa de Heilongjiang Li Fanwu tem o cabelo cortado em praça pública por jovens da Guarda Vermelha, em Harbin, por ser acusado de tentar se parecer com Mao Tsé-tung.

No ano em que se celebra o cinquentenário da Revolução Cultural Proletária na China, a imprensa e as autoridades locais ignoraram o aniversário da “circular de 16 de maio de 1966”, que deu início à campanha de “limpeza” do Partido Comunista e de todos os elementos “burgueses infiltrados no governo e na sociedade”.
A revolta foi desencadeada por Mao Tsé-tung, que já liderava o país desde 1949 e estava insatisfeito com os rumos que sua nação estava tomando. Afastado das decisões internas da China por adversários, Mao começou um movimento contra os dirigentes e a burocracia do Partido Comunista para recuperar o poder. Para isso, mobilizou milhões de jovens, que criaram as Guardas Vermelhas. As milícias promoveram perseguições ferozes aos rivais de Mao, incluindo Xi Zhongxun, pai do atual presidente da China, Xi Jinping. As agitações duraram uma década e levaram à morte de milhares de supostos traidores.
O objetivo declarado da Revolução Cultural era acabar com privilégios e reforçar o igualitarismo na sociedade chinesa, mas até hoje é um tema incômodo para o Partido Comunista. Com o desenrolar da revolta, muitas Guardas Vermelhas começaram a lutar entre si, com cada uma alegando ser a verdadeira portadora da “pureza” dos ensinos de Mao, o que acabou instalando um clima generalizado de medo. Esse período sangrento só acabou em 1976, com a morte do líder, mas deixou marcas indeléveis no país (ANSA).

Em abril atípico, indústria paulista perde 4.000 postos de trabalho

Tradicionalmente o período de início de contratações do ano pela indústria, desta vez o mês de abril surpreendeu e registrou a perda de 4.000 vagas de trabalho. É o primeiro abril negativo da série histórica – desde 2006 – do Indicador de Nível de Emprego da indústria paulista, divulgado pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Fiesp e Ciesp.
Apesar do saldo negativo, o gerente do Depecon, Guilherme Moreira, acredita que o ritmo de demissões diminuirá, se comparado ao registrado no último ano e que esta será a tendência para os próximos meses. “Com o forte ajuste que a indústria tem feito desde o ano passado e as expectativas de mudanças da condução da política econômica do país, nossa esperança é que as demissões comecem a perder ritmo”.
Com esse resultado, nos primeiros quatro meses de 2016 a indústria acumula a perda de 34.500 postos de trabalho. A expectativa para o fechamento do ano é de cerca de 165 mil vagas a menos. Em 2015, esse número ficou em 235 mil.
Dos 22 setores pesquisados, 16 tiveram saldo negativo de vagas, 2 ficaram estáveis e 4 contrataram. Mais uma vez, o setor que se destacou positivamente foi o sucroalcooleiro, responsável pela alta de 7.073 postos de trabalho em abril, influenciando positivamente os setores de Produtos Alimentícios e de Coque, Derivado de Petróleo e Biocombustíveis. O pior desempenho continua sendo o do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias, com saldo de 2.309 demissões no mês.