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Geral 17/11/2015

em Geral
segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Primeiro-ministro alerta sobre possibilidade de novos ataques

Presidente da França, François Hollande (centro), e o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse ontem (16) que a França tem de se preparar para a possibilidade de novos atentados terroristas e que os ataques de sexta-feira (13) em Paris foram planejados na Síria

Valls destacou que seu país pode voltar a ser alvo de ataque nos próximos dias, nas próximas semanas. “Vamos viver muito tempo com essa ameaça, temos de estar preparados”, disse o primeiro-ministro francês à rádio RTL. Segundo ele, a ameaça se estende a outros países europeus. “Sabemos que há operações que estão sendo preparadas, não apenas contra a França mas contra outros países europeus”.
Os atentados de Paris, em que pelo menos 129 pessoas morreram, foram “organizados, pensados, planejados a partir da Síria”. O primeiro-ministro lembrou que nesse domingo bombardeios aéreos franceses destruíram “dois alvos operacionais” do grupo terrorista Estado Islâmico na cidade síria de Raqa e que uma dezena de aviões de combate da França asseguraram a operação. Valls lembrou que o presidente François Hollande anunciou, após os atentados de Paris, uma “resposta à altura”.
Questionado sobre as razões por que não houve antes uma atuação dessa dimensão, ele respondeu que a França integra uma coligação contra o Estado islâmico e que “o epicentro” da ameaça “não está apenas na Síria”, mas também no Iraque. “A França está, com frequência, na vanguarda da atuação contra o terrorismo”, acrescentou, lembrando a participação francesa em diversos cenários e operações internacionais, por interesse próprio, mas também no interesse da Europa como um todo. Valls considerou que “todo o mundo deve se mobilizar contra essa ameaça”.
Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Defesa francês, os bombardeios em Raqa tiveram como principal objetivo “um posto de comando” do Estado Islâmico, que também servia como centro de recrutamento do grupo terrorista. A França decretou estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras. François Hollande classificou os ataques terroristas como “sem precedentes no país” (Ag. Lusa).

Mariana “fecha as portas” sem a mineração, diz prefeito

Prefeito Duarte Júnior diz que se mineração acabar 4 mil pessoas perderão seus empregos.

Após duas barragens de rejeitos de mineração se romperem em Mariana, o prefeito Duarte Júnior disse que defender o fim da mineração no município é “fechar as portas” da cidade. “Dizer que não pode mais haver mineração é afirmar que serviços básicos terão de ser parados e que 4 mil pessoas vão perder seus empregos”, comentou Duarte Júnior. “A mineração representa 80% da nossa arrecadação. A gente tem a preocupação, para não haver um colapso total da cidade. Tenho que ser realista e dizer que a nossa cidade não trabalhou na diversificação econômica”, acrescentou.
No último dia 5, duas barragens da mineradora Samarco – empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton – se romperam, formando uma onda de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e chegou a outras regiões de Minas Gerais e do Espírito Santo. A lama foi parar no Rio Doce, impedindo a captação de água e prejudicando o ecossistema da região. Até agora, sete corpos foram identificados, quatro aguardam identificação e 15 pessoas permanecem desaparecidas. Mais de 600 ficaram desabrigadas.
Para o prefeito de Mariana, a responsabilidade pela tragédia é da Samarco, mas é inviável dizer que não pode mais haver mineração na cidade. “Nós somos dependentes da mineração. Defender o fim da mineração é defender o fechamento da prefeitura. Isso me preocupa muito porque a cidade precisa continuar a seguir seu rumo. Querendo ou não, a vida vai seguir”. Segundo Duarte Júnior, a multa aplicada pelo governo federal à Samarco, de pelo menos R$ 250 milhões, não vai ajudar as famílias atingidas e nem a reconstrução das áreas destruídas. “É preciso que se crie um fundo, de R$ 500 milhões, R$ 1 bilhão, para reconstruir o que foi perdido, reconstruir a vida das pessoas”, defendeu. O prejuízo material, até agora calculado pela prefeitura de Mariana, é R$ 100 milhões (ABr).

Resistência aos antibióticos é perigo para a saúde

O aumento da resistência aos antibióticos representa “um imenso perigo para a saúde mundial”, disse a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, na apresentação da primeira pesquisa sobre o tema. A OMS inicia a Semana Mundial para o Bom Uso dos Antibióticos. A resistência, acrescentou Margaret Chan, “atinge níveis perigosamente elevados em todas as partes do mundo”.
A pesquisa, publicada ontem (16) em Genebra, revela que todas as pessoas podem um dia ser afetadas por uma infecção resistente a esses medicamentos. O problema ocorre quando as bactérias evoluem e se tornam resistentes aos remédios usados para combater as infecções. Entre as causas estão o consumo excessivo de antibióticos e a sua má utilização.
Perto de metade (44%) das pessoas que participaram do levantamento, realizado pela organização em 12 países, acha que a resistência é um problema das pessoas que abusam desses remédios.
Dois terços dos entrevistados consideram que não existe qualquer risco de resistência aos antibióticos nas pessoas que utilizam corretamente o tratamento prescrito. “Na verdade, qualquer pessoa pode, a qualquer momento e em qualquer país, sofrer uma infecção resistente aos antibióticos”, lembrou a organização (Ag. Lusa).

ALUNOS VOLTAM ÀS AULAS COM AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Nesta segunda-feira (dia 3), cerca de 4 milhões de alunos da rede estadual paulista retornam às salas de aula após recesso de julho. A volta das atividades será marcada também pela nova edição da Avaliação de Aprendizagem em Processo. O exame, obrigatório em todas as escolas com classes do 2º do ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio, tem como objetivo diagnosticar o desempenho dos alunos no primeiro semestre e apontar estratégias para o aprendizado até o fim do ano letivo.
A avaliação inclui questões de todas as disciplinas propostas pelo Currículo Oficial do Estado, entre elas Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia. O conteúdo exigido nas provas varia de acordo com o ciclo de ensino. Para garantir a precisão dos dados obtidos nos exames, todos os professores têm à disposição o manual “Comentários e Recomendações Pedagógicas”. Com ajuda do documento, os educadores poderão identificar em quais disciplinas os alunos apresentam um bom rendimento e, no caso das dificuldades, como melhorar o aprendizado.
“A rede estadual utiliza, ao longo do ano, vários instrumentos para subsidiar professores e diretores com um cardápio de intervenções pedagógicas que favorecem o ensino. Além da Avaliação em Processo, outras avaliações como o Saresp, mostram que nossas escolas estão melhorando o desempenho”, explica o secretário da Educação, Herman Voorwald (SEE).

PF efetuou a 20ª fase da Operação Lava Jato

Os alvos dessa fase são ex-funcionários de uma estatal, não identificada pela PF.

A Polícia Federal (PF) cumpriu ontem (16) mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão como parte da 20ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Corrosão. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, 11 de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva à delegacia, na cidade de Salvador e no estado do Rio de Janeiro.
Além da capital fluminense, foram cumpridos mandados nas cidades de Rio Bonito e Niterói, na região metropolitana do Rio e em Petrópolis, na região serrana. Os alvos dessa fase são ex-funcionários de uma estatal, não identificada pela PF. Eles são investigados pelo recebimento de propina de representantes de empresas contratadas.
A PF investiga a atuação de um novo operador financeiro no esquema da Lava Jato, que funcionaria como um facilitador na movimentação das proprinas pagas aos integrantes da diretoria dessa estatal. Os investigados responderão pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outros crimes em apuração. Os presos foram levados ontem para a Superintendência da PF em Curitiba (ABr).