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Geral 15 a 16/10/2016

em Geral
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Jovens em centro de empregos em Londres; desemprego é maior preocupação no mundo, diz estudo.

Desemprego é a maior preocupação global

Jovens em centro de empregos em Londres; desemprego é maior preocupação no mundo, diz estudo.

O desemprego é o assunto que mais preocupa a população de 25 países, mostra uma pesquisa global de Ipsos

O desemprego é citado por 38% dos entrevistados no levantamento “What Worries the World” (O que preocupa o mundo) e lidera o ranking de apreensões. Completam a lista de temores globais a corrupção política e financeira (34%), a pobreza (33%), a violência (31%) e a saúde (22%). A média global é puxada por países como a Espanha, onde 70% dos entrevistados mencionam o desemprego como a maior preocupação, além de Itália (66%) e Coréia do Sul.
No Brasil, a ordem de preocupações é inversa à média global, com a saúde no topo das apreensões: metade dos brasileiros ouvidos no levantamento mencionam a saúde pública como sua principal preocupação. O percentual coloca o país como o segundo país mais aflito com esse tema, atrás apenas da Hungria (59%).
Os outros tópicos que afligem os brasileiros são violência (48%), corrupção (45%), desemprego (43%) e educação (30%). Apesar de o desemprego figurar como a quarta maior preocupação dos brasileiros, esse foi o tema que registrou a maior alta entre os cinco assuntos listados acima, saltando de apenas 10% em março de 2015 para 43% setembro de 2016.
Nos países latino-americanos, a violência ocupa o topo das preocupações. O maior nível de apreensão com o tema foi registrado no Peru, onde 74% dos entrevistados citaram a violência como seu principal temor. México (60%) e Argentina (56%) completam o ranking. O terrorismo não figurou entre as cinco maiores preocupações do estudo, embora seja a maior preocupação em países que enfrentaram ataques recentes: Turquia (76%), França (55%), Israel (45%), Bélgica (38%) e EUA (35%).
A pesquisa foi realizada nos países Austrália, Arábia Saudita, África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Índia, Israel, Itália, Japão, México, Peru, Polônia, Reino Unido, Rússia, Suécia e Turquia. O levantamento ouviu 18.014 nos países citados acima entre 26 de agosto e 9 de setembro.

Fonte e mais informações: (www.ipsos.com.br).

Entenda a guerra civil que já matou 10 mil no Iêmen

O Iêmen convive com bombardeios quase diários e uma divisão que parece longe de ter fim.

Os Estados Unidos atingiram na madrugada da última quinta-feira (13), com mísseis Tomahawk, três postos de radar no Iêmen, na costa do mar Vermelho, controlados por rebeldes xiitas houthis. Segundo o Pentágono, a ação foi uma resposta a um ataque realizado dias antes contra um navio de guerra norte-americano que navegava pela região.
Os disparos foram autorizados pessoalmente pelo presidente Barack Obama, sob recomendação do secretário de Defesa Ash Carter. Essa foi a primeira ação de fogo dos Estados Unidos na guerra civil no Iêmen, que já dura mais de um ano e meio e matou mais de 10 mil pessoas. Até agora, Washington havia se limitado a dar assistência logística à coalizão liderada pela Arábia Saudita contra os houthis.
O conflito atual no país árabe teve início nos primeiros meses de 2015, com uma insurreição dos houthis, de orientação xiita, apoiada pelo Irã. Alegando serem vítimas de discriminação por parte do presidente Abd Rabbo Mansour Hadi, eles deflagraram uma revolta e tomaram parte do país, incluindo a capital Sanaa. Isso motivou a reação das monarquias sunitas da Península Árabe, que, lideradas pela Arábia Saudita e com apoio dos EUA, formaram uma coalizão para combater os houthis.
Desde então, o Iêmen convive com bombardeios quase diários e uma divisão que parece longe de ter fim. Para piorar, o país abriga uma das células mais ativas da Al Qaeda e vê o aumento da influência do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). O primeiro ataque direto promovido pelo Pentágono pode agravar a situação, já que o Irã enviou dois navios de guerra ao Golfo de Áden após a ação da Marinha norte-americana.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a crise no Iêmen já fez mais de 180 mil pessoas deixarem o país, 51 mil delas fugindo para o vizinho Omã, e 39 mil, para a Arábia Saudita.
Contudo, muitas também se arriscam a cruzar o Golfo de Áden com destino ao Chifre da África, principalmente Djibuti (36 mil) e Somália (33 mil). É dessa região que sai boa parte das pessoas que atravessam o Mediterrâneo rumo à Itália para pedir refúgio na Europa (ANSA).

Jungmann confirma envio de tropas federais ao Rio

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, confirmou o envio de tropas federais e de militares para o estado do Rio de Janeiro, a pedido do governador, Francisco Dornelles. Os detalhes do início das atividades e o contingente que vai reforçar o patrulhamento da PM ainda estão sendo definidos com as autoridades estaduais.
“Nesse momento, estamos analisando com outros órgãos e ministérios a resposta a ser dada, mas o presidente Temer nos permite antecipar que sim, vamos procurar, de alguma forma, apoiar os esforços do Rio de Janeiro, no que diz respeito à segurança”, afirmou o ministro.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, que está de saída do cargo, defendeu a ajuda de órgãos federais, citando as Forças Armadas, para estabelecer o controle em áreas hoje conflagradas. Depois de 10 anos no cargo, Beltrame deixa a secretaria reconhecendo limitações no projeto das UPPs.
Dando destaque para a situação no Rio, que contou com tropas federais para conter onda de violência durante o primeiro turno das eleições, o ministro também revelou que o estado está no “topo das preocupações” do governo federal e terá destaque em um plano de segurança preparado sob coordenação do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (ABr).

Só uma em cada seis crianças até 2 anos recebe nutrientes suficientes

O relatório mostra um mundo em que uma dieta saudável está fora do alcance da maioria.

Apenas uma em cada seis crianças com menos de 2 anos recebe alimentos em quantidade e diversidade suficientes para a idade, o que deixa as restantes em risco de danos físicos e mentais irreversíveis. A conclusão é de um relatório do Unicef, divulgado na sexta-feira (14). “Os bebês e as crianças pequenas têm maior necessidade de nutrientes do que em qualquer outra fase da vida. Mas milhões de crianças pequenas não desenvolvem todo o seu potencial físico e intelectual porque recebem pouca comida e demasiado tarde”, disse France Begin, conselheira sênior para os assuntos de Nutrição da Unicef.
Ela alerta que “uma nutrição deficiente em uma idade tão tenra causa danos mentais e físicos irreversíveis”. O relatório mostra um mundo em que uma dieta saudável está fora do alcance da maioria. Os dados revelam que a introdução tardia de alimentos sólidos, o número reduzido de refeições e a falta de variedade de alimentos são práticas generalizadas no mundo, privando as crianças de nutrientes essenciais quando o cérebro, os ossos e o físico deles mais precisam.
Com efeito, embora os alimentos sólidos devam ser introduzidos a partir dos 6 meses de idade, um terço de todas as crianças no mundo só começa a comê-los demasiado tarde e um em cada cinco bebês só começa a receber alimentos sólidos após os 11 meses. Apenas 52% das crianças entre 6 e 23 meses recebem o número mínimo de refeições diárias para a sua idade e a diversidade alimentar é outro problema: menos de metade das crianças recebe diariamente alimentos de pelo menos quatro grupos diferentes.
Segundo os dados, apenas 45% dos 140 milhões de bebês que nasceram em 2015 foram amamentados na primeira hora de vida, como é recomendado. Tornar os alimentos nutritivos mais baratos e acessíveis para as crianças mais pobres exige investimentos consistentes e direcionados por parte dos governos e do setor privado. “Não podemos permitir falhas nesta luta para melhorar a nutrição das crianças. A sua capacidade de crescer, aprender e contribuir para o futuro dos seus países depende disso”, concluiu France Begin (Ag. Lusa).

PF faz operação contra esquema de fraudes nos Correios

A Polícia Federal deflagrou em São Paulo a Operação Mala Direta com o objetivo de desarticular esquema de fraudes no envio de mercadorias pelos Correios, envolvendo funcionários concursados da empresa. Foram cumpridos nove mandados de prisão, três mandados de condução coercitiva e 19 mandados de busca e apreensão, na capital e na Grande São Paulo. As investigações começaram em junho de 2015, depois de a área de segurança da EBCT denunciar um sistema paralelo e clandestino de postagens, usando a estrutura dos Correios, mas desviando os valores para outras empresas.
“A fraude começava com a recepção das correspondências e encomendas em sistema semelhante ao padrão, mas, ajustados com as empresas fraudadoras, os funcionários envolvidos no esquema adulteravam as pesagens, suprimiam listas de faturamento, inseriam dados falsos nos sistemas de informações e ainda adicionavam as cargas clandestinas na distribuição dos Correios, gerando um prejuízo estimado de R$ 147 milhões, em dois anos”, informou a PF.
A pedido da PF, os investigados tiveram todos os bens bloqueados pela Justiça. Eles responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa, com penas que variam de 1 a 12 anos de prisão (ABr).