Acordo entre Trump e Kim é recebido com ceticismo por analistasApesar do entusiasmo e otimismo expressado pelos presidentes Donald Trump e Kim Jong-un, após o encontro de ontem (12) em Cingapura, analistas encaram o resultado do acordo com ceticismo A ausência de referências aos mísseis ou a prazos para a desnuclearização da Coreia são apontados como fragilidades do documento. O jornal português Expresso publicou um breve histórico da diplomacia nuclear entre os dois países, em que relembra as tentativas frustradas de acordos no passado, inclusive com os presidentes Bill Clinton, George Bush e Barack Obama. “As lições a retirar dos outros dois acordos, um assinado em 1994 e outro em 2005, é que o problema não é tanto o de acordar as reuniões, o problema é – ou tem sido – fazer valer o que fica escrito no papel”. O jornal francês Le Figaro traz na manchete a pergunta “o que contém o acordo Trump-Kim?” e faz um balanço dos elementos incluídos no documento. “Trump assegurou que o líder norte-coreano prometeu, após assinar o documento conjunto, destruir em breve um local de grandes testes de mísseis, embora também tenha dito que essa desnuclearização levaria muito tempo, sem dar uma duração precisa”. O jornal francês lembra que as negociações sobre a implementação do acordo começarão na próxima semana. A britânica BBC deu destaque à afirmação de Trump sobre Kim: “direto e honesto”. Em uma série de matérias, o veículo trata da repercussão do encontro dos dois líderes. “Trump disse que interromperia os “jogos de guerra”, enquanto Kim prometera destruir um local de testes de mísseis. O acordo também incluiu um compromisso de Kim de livrar a Península Coreana de armas nucleares. É a primeira vez que um presidente americano e um líder norte-coreano se encontram”. O jornal italiano Corriere Della Sera também traz uma pergunta na capa: “A Guerra da Coreia acabou?”. E afirma que um resultado definitivo ainda é desafio. “Donald Trump chama-se ‘o artista do acordo’ e garante que é capaz de avaliar ‘em um minuto se Kim Jong-un é sincero’. Mesmo após o teste dos 60 segundos para os dois, persiste o problema de apresentar ao mundo um resultado de impacto”, afirma o Corriere (ABr). |
Campanha marca o Dia Mundial de Combate ao Trabalho InfantilOntem (12), no Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil lançou a campanha ‘Não proteger a infância é condenar o futuro’, uma parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O foco são as modalidades chamadas de “piores formas” de trabalho, como tarefas relacionadas à agricultura, atividades domésticas, tráfico de drogas, exploração sexual e trabalho informal urbano. De acordo com a assessora do fórum, Tânia Dornellas, mais de 2 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalham no Brasil. “Qual o futuro que essas crianças vão ter? Uma criança que trabalha não tem a mesma concentração e energia que precisa para estudar. Só o fato de o Estado não garantir educação pública de qualidade para todos já é uma agressão. Quando aliado à iniciação precoce ao trabalho, você condena essas crianças”, afirmou. A consequência é a falta de competência e qualificação necessárias para inserção no mercado de trabalho e, provavelmente, aposentadoria precoce devido às sequelas adquiridas, ligadas às atividades de risco. Houve aumento, nos últimos anos, no número de crianças de 5 a 9 anos trabalhando na agricultura, uma das piores formas de trabalho infantil, segundo Tânia. “Embora o número absoluto de trabalho infantil seja no meio urbano. Do ponto de vista relativo, nas áreas rurais há menor concentração, mas é onde elas mais trabalham”, disse. A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) mostra que, em 2015, havia 2,7 milhões de crianças e adolescentes trabalhando irregularmente. O objetivo da campanha é chamar a atenção de órgãos públicos, empresas, organizações civis e da sociedade em geral para o problema e fomentar ações que contribuam para o combate a prática, especialmente as de maior impacto para meninos e meninas. As ações da campanha ocorrem de forma descentralizada em vários locais do país (ABr). Alisson quer definir futuro antes da CopaA pedidos do técnico Tite, o goleiro Alisson pretende definir seu futuro clube antes da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo, diante da Suíça, neste domingo (17), informou o site “Globo Esporte”. O goleiro da Roma é monitorado pelo Real Madrid, Liverpool e Chelsea, visto isso, Tite alegou que quer ver Alisson disputando o Mundial já com o seu futuro definido, para evitar possíveis distrações ao longo da competição. “Acredito que se resolva, sim, antes da Copa, é o que eu também quero. Para ser bem sincero, deixei a responsabilidade de todas as negociações com meus empresários. Se não se resolver até o primeiro jogo, será só depois da Copa. Meu pensamento está 100% aqui dentro”, disse Alisson. Questionado se o futuro será o Real Madrid, Alisson avisou que “tem algumas possibilidades”, além de confirmar que está “trabalhando em cima” de todos as propostas. Desde que Tite definiu os 23 jogadores que foram para a Copa do Mundo, dois deles já concretizaram suas propostas: Fred foi vendido do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, para o Manchester United, por 55 milhões de euros. Já Douglas Costa foi comprado em definitivo pela Juventus junto ao Bayern de Munique (ANSA). | Milão quer proibir circulação de carros a diesel em 2019O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, anunciou que pretende proibir a circulação na cidade de carros a diesel mais poluentes a partir do dia 21 de janeiro de 2019. O projeto contra o diesel em Milão prevê que toda a cidade se torne uma “zona de baixa emissão” (Lez). A proibição deverá seguir a escala do padrão europeu de emissões, norma que disciplina a poluição de veículos da União Europeia (UE), que vai de 0 a 6. De acordo com Sala, de segunda a sexta-feira, a circulação de veículos a diesel zero a três será proibida. Em outubro de 2019, o plano é estender a proibição para o nível quatro e, em seguida, haverá um plano para o diesel cinco. O monitoramento será feito com centenas de câmeras que vão ser instaladas nos acessos para Milão. Além disso, sinalizações serão colocadas no trajeto com todas as proibições. “Vamos começar agora porque será um processo de quatro anos que os cidadãos terão que se acostumar. Nossa filosofia não é feita de proibições, mas é um acompanhamento”, disse Sala. O prefeito ainda revelou que está pronto para “encontrar algumas fórmulas para alguma permissão”, por exemplo, para os comerciantes. Além disso, Sala revelou que não há muitos veículos com nível três de diesel. O objetivo de Sala é fazer com que os veículos a diesel parem completamente de circular em Milão a partir de 2025 (ANSA). Argentinos se mobilizam para votação da Lei do AbortoMilhares de argentinos – contra e a favor da legalização do aborto – se mobilizam nas ruas e nas praças – para a votação de um projeto, hoje (13), que divide opiniões. Atualmente, a Argentina permite interromper a gravidez apenas em casos de estupro e de risco para a vida ou a saúde da mãe. Na Argentina ocorrem 500 mil abortos clandestinos por ano – 60 mil acabam dando complicações e terminam em internações. “Quem é de classe média e vive na capital pode dar um jeito, sem correr risco de vida”, disse a jornalista e ativista Mariana Carbajal. “Mas, para as pessoas de baixo recursos ou que vivem no interior, não ter acesso a uma clinica, onde possa abortar legalmente, representa um risco de vida”. Uma nova geração de feministas iniciou campanha, improvisando protestos nas praças e ruas do país. A imagem de milhares de jovens, sacudindo lenços verdes – símbolo da luta pelo aborto – foi capa dos jornais e se multiplicou nas redes sociais. Hoje, a Câmara dos Deputados votará o projeto, que legaliza o aborto até as 14 semanas. Inicialmente, o projeto só tinha o apoio de 70 deputados, mas à medida que foi ganhando espaço, surgiram os protestos das organizações pró-vida. Marina Lampeduza, estudante de medicina, participou de uma marcha contra o aborto, vestindo a bandeira argentina. “Estamos defendendo duas pessoas, a mãe e a criança, que está por nascer e não tem ninguém para falar por ela”, disse. Ativistas, representando visões opostas, estão em vigília na praça em frente ao Congresso. O projeto começa a ser votado hoje, mas o processo deve ser longo e as previsões são de que termine amanhã (14). Mesmo se for aprovada, a legislação terá que ser submetida ao Senado, considerado mais conservador que a Câmara (ABr). Italiano esconde cadáver em casaUm homem de 66 anos da cidade de Asti, no norte da Itália, escondeu o cadáver de sua tia em sua casa por cinco meses porque não tinha dinheiro para pagar o funeral, revelou ontem (12) a polícia italiana. O corpo mumificado de Luigia Laferrere, de 90 anos, falecida em janeiro, foi encontrado em cima da cama do quarto por um oficial de justiça que apareceu na casa, localizada no centro histórico de Asti, para notificar o homem de um pedido de despejo. De acordo com um médico legista, a mulher morreu de causas naturais e as autoridades confirmaram que o sobrinho não manteve o corpo de Laferrere escondido para receber pensão de forma indevida. “Eu não pude enterrá-la porque eu não tinha dinheiro para pagar a casa funerária. Então, eu a mantive aqui na casa em que ela morou nos últimos anos”, disse o sobrinho. No entanto, os policiais de Asti denunciaram o homem por ocultação de cadáver (ANSA). |