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Geral 12 e 13/10/2016

em Geral
terça-feira, 11 de outubro de 2016
Os assentamentos informais são a mais clara manifestação de desigualdade. Favela em Caracas, Venezuela.

Mais de 104 milhões de latinos vivem em assentamentos informais

Os assentamentos informais são a mais clara manifestação de desigualdade. Favela em Caracas, Venezuela.

Mais de 104 milhões de latino-americanos moram em assentamentos informais urbanos, ou seja, favelas, acampamentos, cortiços ou prédios abandonados, e por isso vivem em condições de marginalidade e sem acesso a serviços básicos

A informação é do Teto, organização internacional presente na América Latina e Caribe que trabalha na defesa da população pobre do continente que vive em habitações informais.
Há poucos dias da 3ª Conferência sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, a Habitat III, que acontece em Quito na próxima semana (17 a 20), a ONG divulgou um documento sobre o assunto dando ênfase a seis países: Haiti, República Dominicana, Nicarágua, Peru, Uruguai e Chile. Simultaneamente, junto a outras organizações e fundações, foi lançada uma petição através do site “Change.org” que exige dos mandatários latinos o compromisso e as soluções permanentes para os assentamentos informais.
Esses tipos de moradia “não estão nas cifras oficiais; se desconhece o território e sem essa informação não se podem tomar decisões de políticas públicas”, disse o diretor de áreas sociais do Teto Internacional, Juan Pablo Duhalde. O sociólogo explicou que o principal objetivo deste documento é “colocar o tema [dos assentamentos] na agenda pública e fazer com que a sociedade e os governos os conheçam até a sua dimensão humana, escutando a história dos que ali vivem”.
“Para fazer a diferença, o Habitat III deve visibilizar a realidade desigual das cidades e lembrar de reverter as causas que a produzem. Esse é um chamado à urgência de mudar essa realidade desigual, mas também à necessidade e ao dever de fazer isso junto a quem integra as comunidades que estão em situação de pobreza”, ressaltou. O profissional também disse que os assentamentos informais são a mais clara manifestação de desigualdade. Nesses países, “encontra-se a população que se vê obrigada a viver em cortiços, favelas, acampamentos ou casebres com ausência ou acesso irregular de serviços como luz e saneamento básico”, destacou Duhalde (ANSA).

Saúde começa a vacinar meninos contra HPV em 2017

Meninos também serão vacinados contra HPV a partir de 2017.

O Brasil será o primeiro país da América Latina e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. A partir de janeiro do próximo ano, o Ministério da Saúde passa a disponibilizar a vacina contra o HPV para a população masculina de 12 a 13 anos na rotina do Calendário Nacional de Vacinação do SUS. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos.
“A inclusão dos adolescentes faz parte de um conjunto de ações integradas que o Ministério da Saúde tem realizado com o objetivo de conseguir mais resultados com os recursos financeiros já disponíveis. A ampliação da vacina é mais um avanço que conseguimos fazer, aproveitando essa redução de doses no grupo das meninas para ampliar a oferta também para os meninos. É muito importante a inclusão dessa faixa-etária. Precisamos estimular esta faixa a participar das mobilizações para vacinação”, destacou o ministro Ricardo Barros.
A expectativa é imunizar mais de 3,6 milhões de meninos em 2017. Para isso, o Ministério da Saúde está adquirindo seis milhões de doses, ao custo de R$ 288,4 milhões. Não haverá custos extras para a pasta, já que neste ano, com a redução de três para duas doses no esquema vacinal das meninas, o quantitativo previsto foi mantido, possibilitando a vacinação dos meninos. Assim, o Ministério continua com a mesma determinação, que é de fazer mais com os mesmos recursos financeiros (Ag.Saúde).

Beltrame deixará Secretaria de Segurança do Rio

O secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, deixará o posto depois de nove anos e nove meses no cargo. Ele enviou seu pedido de exoneração para o governador em exercício, Francisco Dornelles, e para o governador licenciado, Luiz Fernando Pezão.
Beltrame deve deixar o cargo no final desse mês, logo depois do segundo turno das eleições municipais do dia 30 de outubro, que no estado do Rio acontecerá em oito municípios.
Delegado da Polícia Federal, Beltrame assumiu a Secretaria de Segurança em janeiro de 2007, no início do governo de Sérgio Cabral, e se tornou conhecido pela implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) na cidade do Rio. Ele é o secretário de Segurança a permanecer mais tempo no cargo (ABr).

Jogador italiano recebe cartão verde

O atacante italiano Cristian Galano, de 25 anos, tornou-se o primeiro jogador na história a receber um “cartão verde”. O episódio ocorreu na última terça-feira (4), durante a sétima rodada da Série B da Itália, em uma partida entre Vicenza, time do centroavante, e Virtus Entella.
Aos oito minutos do segundo tempo, o árbitro Marco Mainardi marcou escanteio a favor do Vicenza, mas Galano disse que a bola não tinha sido desviada por ninguém, portanto devia ser dado tiro de meta para a equipe adversária.
Em resposta, o juiz mostrou “cartão verde” para o atacante, usando pela primeira vez um recurso criado pela Série B para premiar o “fair play” dos jogadores (ANSA).

Missão tripulada dos EUA para Marte em 2030

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, escreveu um artigo para a emissora “CNN” em que afirma que seu país fará missões tripuladas a Marte na década de 2030. “Nós temos uma meta clara e vital para o próximo capítulo da história espacial dos Estados Unidos: enviar humanos para Marte na década de 2030 e trazê-los em segurança de volta para a Terra, com a ambição de ficar por lá por um tempo prolongado”, escreveu o presidente.
Segundo Obama, para atingir o objetivo é preciso “continuar com a cooperação entre o governo e inovadores privados e nós estamos prontos para seguir nosso caminho”. “Dentro de dois anos, as empresas privadas vão enviar pela primeira vez astronautas para a Estação Espacial Internacional”, acrescentou afirmando que mais de “mil empresas” estão trabalhando atualmente em iniciativas privadas para o Espaço.
O mandatário ainda ressaltou que as missões que vão ser realizadas nos próximos anos, tanto pela Nasa como pelas empresas privadas, “irão nos ensinar como humanos poderão viver longe da Terra – algo que nós precisaremos entender para as longas jornadas para Marte”. Obama ainda falou sobre sua empolgação pelas missões espaciais desde que era criança no Havaí e ressaltou os “grandes investimentos” feitos por seu governo, desde 2008, na modernização da Nasa (ANSA).

MEC institui tempo integral em 572 escolas do ensino médio

O Ministério da Educação publicou na edição de ontem (11) do Diário Oficial da União a portaria que institui o programa de fomento e implementação do tempo integral no ensino médio das escolas públicas. O ministério prevê implantar o programa em até 572 escolas públicas. Serão 257.400 vagas a serem divididas entre os estados, de acordo com a população. O governo federal irá repassar recursos para os entes federados que forem selecionados para participar.
A adesão dos estados ao programa será formalizada por meio da assinatura de um termo de compromisso e elaboração de um plano de implementação. Cada edição do programa terá duração de 48 meses, para a implantação, acompanhamento e mensuração de resultados. Cada secretaria estadual de educação poderá aderir ao programa atendendo ao número mínimo de 2.800 alunos. O número máximo para cada estado está detalhado na portaria. O limite máximo de escolas participantes é de 30 por estado.
O ministério vai repassar aos estados R$ 2 mil ao ano por aluno da educação integral pelo período de quatro anos. Nos planos de implementação apresentados pelas secretarias de educação, a carga horária curricular deve ser de, no mínimo, 2.250 minutos semanais, com um mínimo de 300 minutos semanais de língua portuguesa, 300 de matemática e 500 dedicados a atividades da parte flexível. Uma vez selecionadas, as escolas participantes serão submetidas a avaliações de desempenho para se manterem no programa (ABr).