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Geral 11/08/2016

em Geral
quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Portugal em chamas: continente e Ilha da Madeira registram incêndios

Incêndio na localidade de Préstimo (Águeda), em Portugal.

O calor e os fortes ventos registrados nos últimos dias têm contribuído para o alastramento dos focos de incêndio não apenas no continente, mas também, de maneira devastadora, no Funchal, capital do arquipélago da Madeira

De acordo com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), 13 graves ocorrências de incêndio no continente foram registradas até as 12h (horário local) de ontem (10). Há ainda 121 ocorrências de incêndios rurais e 541 ocorrências em aberto.
No Funchal, principal cidade da Ilha da Madeira, a situação é gravíssima, com três mortes já registradas, dois hospitais evacuados e mais de mil pessoas deslocadas. Na cidade, que tem 111 mil habitantes, os focos de incêndio estão ativos desde segunda-feira (8). A situação é tão extrema que o primeiro-ministro do país, António Costa, e o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, irão para o arquipélago ainda hoje.
Equipes de combate aos incêndios, compostas pela Força Especial de Bombeiros, do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro e do Instituto Nacional de Emergência Médica, começaram a partir de Lisboa. Cerca de 110 homens foram enviados para reforçar o combate aos incêndios na ilha.
A Madeira recebe milhares de turistas nesta época do ano, verão na Europa.
De acordo com Paulo Cafôfo, presidente da Câmara Municipal do Funchal (prefeito), há cerca de mil deslocados de casas e hotéis, entre residentes e turistas, alojados em diferentes locais da cidade, como centros cívicos e estádios esportivos. É impossível calcular quantas edificações já foram queimadas. As chamas chegaram ao centro histórico da cidade, causando caos e pânico entre a população e desalojando centenas de pessoas.
Na Madeira, foi acionado o Plano Regional de Emergência e declarada situação de contingência, o que, na prática, significa a mobilização absoluta de todos os meios disponíveis. Em Portugal continental, a situação também é grave. Segundo balanço da Proteção Civil, os incêndios de maior dimensão ocorrem nos distritos de Aveiro, Braga, Guarda, Porto e Viana do Castelo. De acordo com informações da Polícia Judiciária de Portugal, apenas este ano já foram identificadas e presas 26 pessoas por autoria de crime de incêndio florestal (ABr).

Parte dos republicanos quer Trump fora das eleições

Trump tem recebido críticas devido às declarações polêmicas.

Pesquisa da Reuters/Ipos divulgada ontem (10) mostra que um em cada cinco eleitores republicanos nos EUA quer que Donald Trump desista da candidatura à Presidência. Quase 20% dos entrevistados gostariam que o empresário abandonasse a disputa do dia 8 de novembro. A pesquisa ouviu 396 eleitores registrados no partido Republicano. Desse total, 10% não souberam responder e 70% defenderam a continuidade dele na campanha.
O percentual aumenta quando são ouvidos eleitores não só republicanos. Numa série de 1.162 entrevistas, divulgada na segunda-feira (8), também feita pela Reuter/Ipos, 44% gostariam que Trump desistisse da campanha.
Na semana passada, a campanha de Trump recebeu várias críticas devido às declarações polêmicas do candidato sobre a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos e sobre a segurança do país.
Apesar de ter o apoio da classe trabalhadora conservadora, Trump tem sido criticado pelo teor extremista de suas declarações e tom de confronto que usa quando lida com líderes tradicionais do partido. Cerca de 50 especialistas em segurança nacional publicaram uma carta aberta, declarando que não vão votar em Trump. Na carta, o grupo afirma que rejeitam o candidato, porque observam que falta a ele, “caráter, valores e experiência” para ser presidente.
Em sua última declaração polêmica, Trump sugeriu aos defensores do porte de armas no país que trabalhem para “impedir Hillary Clinton” – caso ganhe a eleição – de indicar juízes liberais para a Suprema Corte. O comentário foi visto como inadequado por ter “incitado” a violência em um dos temas mais sensíveis do país: o controle do porte de armas (ABr).

Saída de dólares supera entrada

Brasília – O fluxo cambial do ano até o dia 5 de agosto está no vermelho em US$ 11,362 bilhões, ante saldo negativo de US$ 9,111 bilhões visto no ano até o fim de julho, informou ontem (10), o BC. Em igual período do ano passado, o resultado era positivo em US$ 8,092 bilhões.
A retirada de dólares pelo canal financeiro neste ano até 5 de agosto foi de US$ 40,573 bilhões. Esse resultado é fruto de entradas no valor de US$ 254,273 bilhões e de envios no total de US$ 294,845 bilhões. Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
Já no comércio exterior, o saldo anual acumulado ficou positivo em US$ 29,211 bilhões, com importações de US$ 73,236 bilhões e exportações de US$ 102,447 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 18,787 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio, US$ 28,042 bilhões em Pagamento Antecipado e US$ 55,619 bilhões em outras entradas (AE).

Pelé tenta se recuperar para final dos Jogos

O ex-jogador de futebol Pelé ainda não desistiu de participar dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. O mineiro, que era o atleta mais cotado para acender a pira olímpica na cerimônia de abertura do evento na última sexta-feira (5), mas que foi “substituído” pelo maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, afirmou que quer estar nos Jogos de qualquer jeito, mesmo se for na festa de encerramento.
Na sua conta no Twitter, o rei do futebol escreveu que está continuando sua fisioterapia e que está focado para poder estar com os brasileiros “nas festividades de encerramento”, que ocorrerão no próximo dia 21. O ex-craque também agradeceu os “votos de melhora” que recebeu. Às vésperas da cerimônia de abertura, Pelé disse que não tinha “condições físicas” para participar do evento. Recentemente, o ex-jogador passou por duas delicadas cirurgias no quadril nos Estados Unidos (ANSA).

Prefeito de cidade filipina determina expulsão de todos os muçulmanos

A economia de Urdaneta é fortemente dependente das empresas dirigidas por muçulmanos.

Os muçulmanos que vivem nas Filipinas manifestaram preocupação com a decisão do prefeito Amadeo Gregorio Perez, da cidade de Urdaneta, na província de Pangasinan, de forçar milhares de pessoas a abandonar o assentamento. O Manila Times informou que o prefeito culpou os muçulmanos pelo tráfico de drogas na região e determinou a todos que professam a fé islâmica que deixem a área em três semanas.
O prefeito afirmou que a maioria dos crimes na área, principalmente os assassinatos, roubos e estupros, está ligada a traficantes de drogas. Ele alegou que 84% dos 5 mil muçulmanos que residem na área estão envolvidos com o tráfico de drogas. Muitos são empregados na autarquia local. A economia de Urdaneta é fortemente dependente das empresas dirigidas por muçulmanos. O prefeito declarou, no entanto, que a expulsão de toda a comunidade religiosa, incluindo famílias com mulheres e crianças, é essencial “para parar a proliferação de drogas ilegais”.
O governador da Região Autônoma Muçulmana de Mindanao, Mujiv Hataman, disse que “gostaria de acreditar que isso não é verdade, porque não é mais que discriminação”. Ele observou que as provas apresentadas ao prefeito são um absurdo e que expulsar toda a comunidade muçulmana da área não vai acabar com o crime. De acordo com a Associação Muçulmana de Urdaneta, vários grupos muçulmanos já deixaram a cidade em busca de um lugar mais acolhedor para viver (Sputnik Brasil).

MP estende prazo para adesão a Cadastro Rural

Foi aprovada ontem (10), em comissão mista, a medida provisória que prorroga para dezembro de 2017 o prazo de adesão de pequenos agricultores ao Cadastro Ambiental Rural e ao Programa de Regularização Ambiental. A MP agora segue para votação no Plenário da Câmara dos Deputados, em regime de urgência.
A nova data-limite é o dia 31 de dezembro de 2017, e o prazo ainda poderá ser prolongado por mais um ano, a critério do Executivo. A prorrogação vale para todos os proprietários e posseiros rurais do país. O texto original previa o benefício apenas para pequenos proprietários, mas o relator, deputado Josué Bengtson (PTB-PA), avaliou que essa restrição não seria adequada.
“Pretendemos o alcance da produção de forma sustentável no país como um todo, independentemente do tamanho da propriedade. Deve ser a todos oportunizado o devido cumprimento da norma”, argumenta ele no relatório.
Em seu relatório, Bengtson elogia a proposta do Executivo e ressalta a importância do cadastro e do programa de regularização.
“São institutos importantes em matéria de sustentabilidade. Eles permitirão a recomposição do déficit ambiental e a obtenção de uma base de dados ampla para elaboração e implantação de políticas públicas”, observa. A MP está em regime de urgência, o que significa que tem prioridade para análise e tranca as pautas de votação da Câmara e do Senado. Ela tem validade até o dia 1º de setembro (Ag. Câmara).