Sete em cada dez jovens acreditam que a política vai melhorar no BrasilAo contrário de muitos especialistas, que preveem dificuldades e incertezas para o Brasil na área econômica e política neste e nos próximos anos, uma pesquisa com jovens entre 12 e 25 anos – os chamados geração digital – feita pela rede de escolas de informática Microcamp, revela que 70,3% deles acreditam que a política brasileira vai melhorar e 59,8% dizem acreditar que a corrupção tem jeito no Brasil A pesquisa, realizada entre os dias 16 e 20 de abril, ouviu 2.224 alunos da Microcamp em todo o Brasil. A maioria é da classe C e D (39,4% com renda familiar até R$ 1.760,00), e 62,8% com ensino médio. O tema era “Impeachment e Corrupção nas Redes Socais” e o objetivo era entender qual o comportamento político da geração digital. Afinal, em tempos de operação Lava-jato e Impeachment, como se comportam os jovens no mundo virtual? Eles estão antenados com a realidade do país? Manifestam-se a respeito? Participam de protestos? Deixam-se influenciar por opiniões de amigos nas redes sociais ou desfazem amizades por conta de posições contrárias às suas? A maioria dos entrevistados (84,6%) diz saber o que é impeachment, sendo que 60,4 são a favor e 11,9% contra o processo, e 27,7% não têm posição definida. Entre os meios de comunicação mais usados para informação sobre o tema, a internet aparece em 1º lugar com 58,8%, seguida pela Televisão (38,6%), Jornal e Revista Impressa (4%) e Rádio (0,6%). A maioria dos pesquisados (77,5) acredita que a internet também é o veículo que mais influencia as pessoas. Apesar disso, 72,9 nunca usaram as redes sociais para se manifestarem a respeito. A maioria também (41,5%) não costuma publicar conteúdo sobre o tema nas redes sociais, sendo que 18,7% dos entrevistados dizem que costumam publicar, de vez em quando, postagens sobre o assunto. Para 37,1%, existe um desinteresse em política tão grande que preferem nem se pronunciar. Apenas 2,7% dizem publicar sobre o assunto várias vezes na semana. Em relação à credibilidade da rede, 62,7% dizem que acreditam no que é veiculado e compartilhado na internet. Quanto à influência exercida pela internet, 78,3% dizem ter opinião própria dentro das redes sociais e 14,8% admitem que são influenciados por amigos que defendem a mesma causa. Seguir políticos nas redes sociais ainda não é uma prática para 85% dos entrevistados e dos que seguem (15%), 12,2 % afirmam que já deixaram de seguir por conta de alguma decepção em relação a assuntos de corrupção e impeachment. Dos entrevistados, 85,5% dizem não participam de correntes, grupos ou comunidades on line para organizar protestos nas ruas. Apesar da maioria (69,2%) preferir os protestos presenciais. |
Horizonte de recuperação é ameaçado por incerteza políticaDesde o início do ano, o horizonte da economia brasileira aponta para a recuperação do investimento e do emprego, mas a turbulência política, com fatos cada vez mais inesperados, atrapalham as previsões retomada do crescimento. A avaliação é dos economistas Demian Fiocca, diretor da MARE Investimentos, Ernani Torres, professor do Instituto de Economia da UFRJ, e Leonardo Weller, professor da Escola de Economia da FGV de São Paulo, no programa Brasilianas.org, na TV Brasil. “Vejo vários elementos para uma estabilizaçao até o final desse ano e uma recuperação no ano que vem: taxa de câmbio melhor, inflação caindo, capacidade ociosa, sem custos adicionais”, disse Fiocca. No entanto, “essa exacerbação e até incerteza nos deixa em suspenso sobre a recuperação. Havendo um grau excessivo de incerteza, nos próximos passos, mantém-se a pressão negativa”. Para Weller, de fato a recessão proporciona “um colchão para crescer”, mas mesmo com a capacidade ociosa disponível para uma recuperação da produção a curto prazo com baixo custo, essa via será rapidamente esgotada. “Para falar num crescimtno a longo prazo é preciso falar de oferta. A produtividade precisa crescer de alguma forma.” Torres concorda com certo otimismo em relação à recuperação do crescimento econômico, embora tenha apontado “duas bombas” que, em sua avaliação, devem ser resolvidas antes que fujam ao controle: a dívida dos estados, que ameaça se tornar um fardo pesado para toda a sociedade; e a atenção com a saúde do balanço dos bancos brasileiros, que apesar do vigor atual podem vir a ter problemas caso as empresas brasileiras não se recuperem rapidamente. De acordo com pesquisa mais recente do IBGE, a produção industrial brasileira, como um todo, recuou 11,4% em março em relação ao mesmo mês do ano passado. Mas há indícios de melhora em alguns setores: 12 dos 14 ramos econômicos da produção industrial investigados pelo instituto apresentaram leve crescimento na passagem de fevereiro para março deste ano (ABr). Obama será 1º presidente a visitar HiroshimaA Casa Branca confirmou que o presidente norte-americano, Barack Obama, fará uma visita histórica à cidade japonesa de Hiroshima durante sua viagem à Ásia no fim de maio. Com isso, Obama se tornará o primeiro presidente norte-americano no cargo a visitar Hiroshima. O caminho foi aberto no mês passado pelo secretário de Estado, John Kerry, que esteve no Memorial da Paz da cidade destruída por uma bomba atômica lançada pelos EUA na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A bomba foi jogada em Hiroshima em 6 de agosto de 1945 e matou 140 mil pessoas. Três dias depois, os EUA atacaram Nagasaki, no sudoeste do arquipélago japonês, motivando Tóquio a se render na guerra. Apesar da visita, Obama não deve pedir desculpas ao Japão pela destruição, conforme já antecipado pela Casa Branca. “Obama fará uma visita histórica a Hiroshima com o primeiro-ministro Shinzo Abe para ressaltar o compromisso e perseguir a paz e a segurança do mundo sem armas nucleares”, disse o governo dos EUA. Obama pisará em Hiroshima no fim de sua 10ª viagem pela Ásia desde que assumiu a Presidência dos EUA. O giro começará em 21 de maio e terminará uma semana depois. Ele passará pelo Vietnã, onde terá reuniões em Hanói e Ho Chi Min City, e pelo Japão, ocasião em que também participará da reunião do G7 – grupos dos sete países mais industrializados – (ANSA). | Nasa anuncia descoberta de mais mil planetasO telescópio Kepler localizou exatos 1.284 novos planetas, informou a Nasa ontem (10). Essa é a maior descoberta em quantidade da história da astronomia e mais que duplica o número de planetas conhecidos. “Isso nos dá esperança que, em algum lugar lá fora, próximo a uma estrela muito parecida com a nossa, nós poderemos descobrir uma outra Terra”, afirmou cientista-chefe da Nasa, Ellen Stofan. Em coletiva de imprensa em Washington, os cientistas explicaram que, desde julho de 2015, o Kepler catalogou e identificou 4.302 planetas em “potencial”. Destes, 1.284 “candidatos” apresentaram uma possibilidade maior que 99% de serem realmente planetas e outros 1.327 ainda precisarão ser mais investigados e estudados para receber esse status. Ainda de acordo com a descoberta, aproximadamente 550 têm estruturas similares às da Terra e nove deles estão na zona habitável de seu “sol” – o que permitiria a existência de água e, consequentemente, de vida. “Antes do lançamento do telescópio Kepler, nós não sabíamos se exoplanetas eram raros ou comuns na galáxia. Graças ao Kepler e a comunidade científica, agora nós sabemos que existem mais planetas do que estrelas”, disse o diretor da divisão de astrofísica da Nasa, Paulo Hertz. Os planetas começaram a ser localizados há cerca de duas décadas e, desde então, os processos de análises sobre suas formações foram sendo aperfeiçoados. De acordo com a entidade, o sistema evoluiu tanto que, desta vez, “muitos candidatos a planetas foram testados simultaneamente”. A Nasa ainda informou que há cerca de cinco mil planetas “candidatos”, sendo que mais de 3,2 mil já foram verificados e confirmados – destes, 2.325 foram identificados pelo Kepler. A missão com o telescópio foi lançada em 2009 e tem como objetivo localizar “planetas potencialmente habitáveis” na galáxia. Conforme a Nasa, mais de 150 mil estrelas já foram verificadas também pela missão (ANSA). Mudança no financiamento teve pouca influência na busca por imóveisEm março, a Caixa anunciou um aumento no teto do valor financiado do imóvel usado, de 50% para 70% pelo SFH e também para os imóveis usados financiados pelo SFI que passaram a ter 60% do valor financiado. Junto com essas mudanças, a Caixa também fez a quarta elevação de juros no crédito imobiliário desde o início de 2015. O VivaReal, plataforma online que possibilita a comunicação entre imobiliárias, incorporadoras e corretores com consumidores, realizou uma pesquisa com sua base de usuários para compreender o impacto das novas medidas na intenção do consumidor. O estudo apontou que 50% dos entrevistados não estavam cientes das alterações realizadas pela Caixa. Entre os que sabiam das mudanças, 63% devem continuar a busca com o mesmo valor procurado anteriormente e apenas 12% voltaram a procurar imóveis depois das alterações. “Existe uma grande procura por imóveis de até R$ 225 mil, que se enquadram no programa Minha Casa Minha Vida. É muito provável que essas pessoas não sejam afetadas pelas mudanças de financiamento apresentadas pela Caixa, que incluem imóveis de até R$ 750 mil”, afirma Lucas Vargas, Executivo Chefe de Operações do VivaReal. Apenas 2% dos consumidores passaram a buscar imóveis mais caros. A crise econômica foi apontada por 13% dos entrevistados como motivo para desistir da compra do imóvel. Outros 56% optaram por mudar o banco escolhido para o financiamento. “O processo de compra de imóvel é longo e é muito provável que o consumidor só perceba que não tem crédito depois que encontrou o imóvel ideal. Mudar o banco não deve resolver o problema, a tendência é que eles sejam mais criteriosos na hora de aprovar o financiamento”, comenta Lucas. |