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Geral 11/01/2017

em Geral
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
Cerca de seis milhões de pessoas morrem prematuramente por ano em decorrência do fumo.

Tabagismo pode custar aos países mais de US$ 1 trilhão por ano

Cerca de seis milhões de pessoas morrem prematuramente por ano em decorrência do fumo.

As despesas de saúde e perda de produtividade econômica em decorrência do uso de tabaco podem custar aos países mais de US$ 1 trilhão por ano

A informação foi divulgada ontem (10) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos da América (NCI), que elaboraram relatório que trata dos impactos do fumo na economia dos países e na saúde da população.
O documento mostra que, se ignorada, a indústria do tabaco traz enormes prejuízos para o sistema de saúde e para as famílias. Atualmente, seis milhões de pessoas morrem prematuramente por ano em decorrência do fumo. A maioria das vítimas está em países em desenvolvimento. Em todo o mundo, 1,1 bilhão de fumantes tem até 15 anos de idade e 226 milhões são pobres.
Por outro lado, investimentos em políticas de controle do uso do tabaco, como aumento de preços e impostos, podem proteger as pessoas das doenças que mais matam no mundo (câncer e problemas cardíacos) e ainda ser para os governos uma fonte de receitas para saúde e desenvolvimento.
De acordo com o estudo, se os países banissem o marketing que incentiva o uso do tabaco e aumentassem os impostos de cigarros em US$ 0,80 por pacote, poderiam gerar um aumento em suas receitas em 47% ou US$ 140 bilhões. O aumento das taxas elevariam em 42% os preços de venda dos cigarros e estimularia o declínio do hábito de fumar para pelo menos 66 milhões de fumantes adultos (ABr).

Fies: estudantes poderão renovar os contratos a partir do dia 16

O Fies oferece financiamento de cursos superiores a uma taxa de juros de 6,5% ao ano.

Os estudantes poderão renovar os contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) a partir do próximo dia 16, segundo o MEC. Os aditamentos são feitos pela internet, no Sistema Informatizado do Fies (SisFies). A renovação vale somente para contratos formalizados até 31 de dezembro de 2016. Os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre. O pedido de aditamento é feito inicialmente pelas faculdades e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas instituições no SisFies.
Desde ontem (9), as instituições de ensino superior estão cadastrando os dados dos estudantes beneficiados pelo Fies. Após essa etapa, os estudantes devem entrar no sistema e confirmar os dados. O prazo para as instituições inserirem os dados dos estudantes vai até o dia 30 de abril.
Quando há alteração, como mudança de fiador, por exemplo, o estudante precisa levar a documentação comprobatória ao agente financeiro para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.
A abertura do SisFies para os aditamentos foi uma das primeiras medidas anunciadas este ano pelo MEC. A intenção é evitar os problemas que ocorreram no ano passado. De acordo com o MEC, cerca de 98% dos estudantes conseguiram renovar o financiamento, o que totalizou um orçamento de R$ 8,6 bilhões. O Fies oferece financiamento de cursos superiores em instituições privadas a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O aluno só começa a pagar a dívida após a formatura. Atualmente, mais de 2 milhões de estudantes participam do programa (ABr).

Suspesa liminar que paralisava concurso para cartórios na Bahia

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, suspendeu decisão e efeitos de medida liminar, expedida pelo STJ, que determinava a suspensão de concurso público para cartórios de notas e registros na Bahia. Na decisão, Cármen Lúcia considera a ocorrência de prejuízos à ordem e à economia públicas, por conta da interrupção do concurso.
Dessa forma, acrescentou ela, a suspensão do certame poderia resultar em um atraso a algo que é de interesse público, pela necessidade de tutela dos direitos da coletividade, tanto de candidatos como de cidadãos que aguardam o encerramento do concurso que envolve 1.383 cartórios do estado. A escolha dos cartórios estava programada para os dias 11, 12 e 13 de janeiro, até terem a suspensão determinada pela presidente do STJ, ministra Laurita Vaz. A liminar foi apresentada após recurso impetrado por um candidato que questiona os critérios de correção da prova prática.
Por meio de nota, o STF informou que o concurso envolve mais de mil aprovados e visa regularizar a situação de quase todo o sistema registral e notarial baiano. ”Outro ponto assinalado foi o de que muitos dos cartórios ofertados no concurso estão fechados por falta de servidores, e os que funcionam, de forma insuficiente, mobilizam servidores do Tribunal de Justiça”, diz a nota (ABr).

Finep terá US$1,5 bi de empréstimo do BID para financiar pesquisas

A verba vai financiar pesquisas nos próximos cinco anos.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vai receber US$ 1,5 bilhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), via empréstimo, para financiar pesquisas nos próximos cinco anos. O anúncio foi feito pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Segundo o ministério, esta é a primeira vez que a Finep capta recursos no exterior. Do total, US$ 310 milhões serão executados este ano.
Entre os projetos que devem receber os recursos do BID estão o Plano de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Química (Padiq) e o Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação do Setor de Mineração e Transformação Mineral (Inova Mineral). Um programa voltado ao setor de biocombustíveis avançados, em fase de estruturação pela Finep, também terá acesso a esses recursos.
O BID ainda será coinvestidor em empresas inovadoras em estágio inicial e vai auxiliar, com recursos não reembolsáveis e apoio técnico especializado, o fortalecimento institucional da Finep e o desenvolvimento e aplicação de metodologias e processos para o monitoramento de resultados.
Em nota, o presidente da Finep, Marcos Cintra, diz que o governo pretende “potencializar todos os instrumentos disponíveis para alavancar seu crescimento econômico, além de um claro sinal de confiança internacional”. O empréstimo, segundo ele, “sinaliza novos rumos no relacionamento financeiro do país com o exterior” (ABr).

Mercedes-Benz quer manter exportação mesmo quando mercado interno crescer

Divulgação

São Paulo – A montadora alemã Mercedes-Benz, cuja produção no Brasil é focada no segmento de caminhões, pretende manter nos próximos anos uma estratégia voltada para exportação, mesmo que o mercado interno volte a crescer. Essa é uma lição aprendida durante o início de crise, período no qual a falta de uma estratégia dificultou o escoamento para o exterior da produção que não encontrava demanda no Brasil.
Em 2016, mesmo sem um plano claro para o mercado externo, as exportações de caminhões da empresa cresceram 37% em relação a 2015, para 6,3 mil unidades. “Nós recuamos nas exportações quando o mercado interno estava em alta (o auge do segmento foi em 2011, com a venda de 172,8 mil unidades), e agora estamos retomando, mas foi mais trabalhoso do que para quem tinha uma estratégia de exportação”, disse o vice-presidente de Vendas e Marketing para Caminhões e Ônibus, Roberto Leoncini.
“Mas quando você comete um pequeno deslize, você aprende com esse deslize”, acrescentou o executivo, que espera um novo crescimento nas vendas para o exterior em 2017. “Em 2016, nós tateamos o mercado externo, agora temos os caminhos”, afirmou. Ele, que evitou cravar um número, disse que o tamanho do avanço depende de questões conjunturais como o preço do petróleo e a política comercial do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo ele, a política de Trump ainda é uma indefinição e por isso não se sabe qual será o efeito sobre o Brasil, mas admite que o impacto pode até ser positivo, caso os EUA cortem relações com países que possam se tornar oportunidades para as montadoras instaladas no Brasil. O modelo mais exportado pela Mercedes-Benz é o Accelo, um caminhão leve que, na avaliação de Leoncini, tem potencial para ser exportado para países do Oriente Médio e da África (AE).