Refugiados ‘são a cruz da humanidade’, diz PapaO papa Francisco visitou ontem (6) um campo de acolhimento de refugiados na periferia de Sofia, capital da Bulgária, onde se reuniu com dezenas de crianças provenientes da Síria e do Iraque. Papa se reúne com refugiados em Sofia, capital da Bulgária. Foto: ANSA No encontro, Jorge Bergoglio conversou com famílias e crianças no refeitório do Centro de Refugiados Vrazhdebna, que ocupa o antigo edifício de uma escola, e ganhou de presente desenhos feitos pelos pequenos. Lar de 54 menores de idade, o local passou por uma reforma e foi reaberto dois meses atrás. “Hoje o mundo dos migrantes e refugiados é um pouco a cruz da humanidade, uma cruz em que tanta gente sofre”, disse o Papa, acrescentando, por outro lado, “que sempre há uma esperança”. Francisco foi aplaudido em sua chegada ao centro de refugiados, que é gerido pela Cáritas, organização beneficente da Igreja Católica, e cumprimentou todos os presentes um a um. Também ouviu um coro entoado pelas crianças. Bergoglio chegou à Bulgária no último domingo (5) e já em suas primeiras horas no país cobrou o acolhimento de refugiados e migrantes. “A vocês, que conhecem o drama da emigração, me permito sugerir que não fechem os olhos a quem bate em sua porta”, disse. A Bulgária, com 7 milhões de habitantes, abriga cerca de 21 mil refugiados. Isso é menos do que alguns países europeus com população menor, como Dinamarca (39 mil) e Finlândia (35 mil). Após visitar o centro de refugiados, o Papa embarcou de avião para Rakovski, cidade de 28 mil habitantes situada a 160 km de Sofia. O município é o principal enclave católico de um país majoritariamente ortodoxo. Lá, Francisco celebrou a primeira comunhão de 245 crianças provenientes de todas as paróquias búlgaras. O Pontífice embarcou ontem à noite para a Macedônia do Norte, onde encerrará sua quarta viagem pelos Bálcãs (ANSA). | |
Um milhão de espécies corre o risco de extinção, alerta ONUO tigre é uma das espécies ameaçadas de extinção. Foto: Pixabay/Reprodução Um milhão de espécies animais e vegetais correm o risco de desaparecer em breve da face da Terra, o que equivale a 1/8 de todas as espécies que povoam o planeta. Esse é o alarme lançado ontem (6) pela Organização das Nações Unidas (ONU), que apresentou um relatório feito por 145 cientistas de 50 países. O estudo, considerado o mais complexo sobre perdas ao meio ambiente, chama-se Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistema (IPBES). De acordo com a pesquisa, que levou três anos para ser concluída e possui 1,8 mil páginas, um milhão de espécies correm o risco de extinção atualmente. Cinco grandes mudanças na natureza são as causas principais desse problema: a perda de habitat natural, a exploração de fontes naturais, as mudanças climáticas, a poluição e as espécies invasoras. “Esta perda é um resultado direto da atividade humana e constitui uma ameaça direta ao bem-estar humano em todas as regiões do mundo “, disse um dos cientistas participantes do estudo. Segundo os especialistas, a perda de biodiversidade não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão de desenvolvimento, econômica, de segurança, social e moral. O estudo alertou ainda que a atual situação impedirá em 80% o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, relacionados à fome, saúde, água, clima, pobreza, terra e oceanos. “Estamos acabando com as bases das nossas economias, nossos meios de subsistência, a segurança alimentar, a saúde e a qualidade de vida em todo o mundo”, alertou Robert Watson, presidente do IPBES (ANSA). | Brasil e ONU condenam violência em Israel e GazaAgência Brasil O governo brasileiro repudiou com veemência o lançamento de centenas de foguetes desde a Faixa de Gaza contra o território israelense, ocorridos no último final de semana, e que deixou vários mortos e feridos de ambos os lados. Segundo nota oficial do Itamaraty, “nada justifica o lançamento indiscriminado de foguetes que têm como alvo a população civil. O Brasil expressa condolências às famílias das vítimas e formula votos de plena recuperação dos feridos”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, também expressou “profunda preocupação” com os mais recentes desenvolvimentos na Faixa de Gaza e o “risco de mais uma escalada perigosa e novas perdas de vida na véspera do mês sagrado do Ramadã para os muçulmanos”. O chefe da ONU pede a “todas as partes que exerçam máxima contenção, terminem com a escalada imediatamente e retornem aos entendimentos dos últimos meses”. Também o coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, disse estar “profundamente preocupado com mais uma escalada perigosa em Gaza e com a trágica perda de vidas.” Ele afirmou que as Nações Unidas estão “trabalhando com o Egito e todos os lados para acalmar a situação”. |