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Geral 03 a 05/12/2016

em Geral
sexta-feira, 02 de dezembro de 2016
Remédios à base de Cannabis sativa (maconha) são indicados para o tratamento de pacientes adultos com espasticidade moderada a grave por conta de esclerose múltipla.

Instituto defende mais estudos sobre uso medicinal de derivados da Cannabis

Remédios à base de Cannabis sativa (maconha) são indicados para o tratamento de pacientes adultos com espasticidade moderada a grave por conta de esclerose múltipla.

Com o processo de regulamentação de medicamentos que têm como princípio ativo substâncias extraídas da maconha, será necessário investir em pesquisas científicas no país para aprofundar o conhecimento sobre o tema. A opinião é do vice-presidente do Instituto Humanitas 360, Piero Bonadeo

A entidade, com sede nos Estados Unidos, tem como uma das áreas de atuação a política de drogas e o uso medicinal da cannabis na América Latina.
No último dia 22 de novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu na lista A3 de substâncias psicotrópicas vendidas no Brasil com receita controlada (tarja preta), o tetrahidrocannabinol (THC) em concentração de, no máximo, 30 mg por mililitro e associado ao canabidiol (CBD) também em 30 mg por mililitro. A medida é o primeiro passo para o registro no país do medicamento Mevatyl, conhecido na Europa como Sativex, feito à base de Cannabis sativa e indicado para o tratamento de pacientes adultos com espasticidade moderada a grave por conta de esclerose múltipla.
“O maior beneficiado será o paciente. Porque vai ser mais fácil e estará mais disponível o remédio no mercado. Acho que vai educar também os médicos, porque é ele que precisa pesquisar sobre esse remédio, muitos no Brasil ainda não têm formação, não sabem, precisam conhecer mais o uso desse remédio. E vai ajudar, no futuro, talvez a criação de mercado para um produto brasileiro desse tipo de remédio”, diz o médico, para quem ainda falta conhecimento científico sobre os benefícios medicinais da cannabis.
Desde 2015 o preconceito contra o uso de remédios feitos à base de maconha diminuiu quando a Anvisa autorizou a importação de produtos feitos com CBD, respondendo demanda de famílias que precisavam do remédio. Ele cita experiências vitoriosas de regulamentação do uso medicinal em países como Colômbia, Uruguai e Chile, onde os governos criaram programas de cooperativas para o cultivo. “No Chile tem a maior marijuana farma da América Latina, com uma cooperativa que atende 4 mil pacientes em todo o país, em diferentes províncias do Chile, tudo sob controle do governo”, afirma (ABr).

Mulheres trabalham cinco horas a mais e ganham menos que os homens

Entre as mulheres, 70% estão fora do mercado de trabalho e dedicam-se aos afazeres domésticos e familiares.

O crescimento econômico do Brasil na última década não se refletiu em mais igualdade no mercado de trabalho. Com ou sem crise, as mulheres brasileiras continuam trabalhando mais – cinco horas a mais, em média – e recebendo menos. A renda das mulheres equivale a 76% da renda dos homens e elas continuam sem as mesmas oportunidades de assumir cargos de chefia ou direção. A dupla jornada também segue afastando muitas mulheres do mercado de trabalho, apesar de elas serem responsáveis pelo sustento de quatro em cada dez casas.
As contatações são da ‘Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira’, divulgada pelo IBGE. A pesquisa estudou os indicadores entre os anos de 2005 e 2015. As mulheres tendem a receber menos que os homens porque trabalham seis horas a menos por semana em sua ocupação remunerada. Porém, como dedicam duas vezes mais tempo que eles às atividades domésticas, trabalham, no total, cinco horas a mais que eles. Ao todo, a jornada das mulheres é de 55,1 horas por semana, contra 50,5 horas deles.
De acordo com a pesquisadora do IBGE Cristiane Soares, os homens continuam se esquivando de tarefas da casa, o que se reflete em mais horas na conta delas. “Na década, a jornada masculina com os afazeres domésticos permanece em 10 horas semanais”, destacou. Mesmo trabalhando mais horas, as mulheres têm renda menor, de 76% da remuneração dos homens. Esse número era de 71% em 2005 e reflete o fato de mulheres ganharem menos no emprego e também por não serem escolhidas para cargos de chefia e direção.
Dos homens com mais de 25 anos, 6,2% ocupavam essas posições, contra 4,7% das mulheres com a mesma idade. Porém, mesmo nesses cargos, fazendo a mesma coisa, o salário delas era 68% do deles. Apesar deste cenário, a pesquisa mostra que cresce o número de mulheres chefes de família. Considerando todos os arranjos familiares, elas são a pessoa de referência de 40% das casas. Entre aqueles arranjos formados por casais com filhos, uma em cada quatro casas é sustentada por mulheres. O percentual de homens morando sozinho com filhos é mínimo (ABr).

Dobra o percentual de negros em universidades

O percentual de negros no nível superior deu um salto e quase dobrou entre 2005 e 2015. Em 2005, um ano após a implementação de ações afirmativas, como as cotas, apenas 5,5% dos jovens pretos ou pardos e em idade universitária frequentavam uma faculdade. Em 2015, 12,8% dos negros entre 18 e 24 anos chegaram ao nível superior, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE.
Comparado com os brancos, no entanto, o número equivale a menos da metade dos jovens brancos com a mesma oportunidade, que eram 26,5% em 2015 e 17,8% em 2005. Os dados foram constatados pela ‘Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira’. A pesquisa também mostra que os anos de ensino influenciam no salário: quanto maior a escolaridade, maior o rendimento do trabalhador.
De acordo com o IBGE, a dificuldade de acesso dos estudantes negros ao diploma universitário reflete o atraso escolar, maior neste grupo do que no de alunos brancos. Na idade que deveriam estar na faculdade, 53,2% dos negros estão cursando nível fundamental ou médio, ante 29,1% dos brancos. Na última década, o Brasil conseguiu aumentar o número de estudantes entre 15 e 17 anos no Ensino Médio de 81,6% para 85%. No entanto, o IBGE avalia que o crescimento foi tímido e destaca o impacto da “pedagogia da repetência” na evasão escolar entre os mais pobres (ABr).

Príncipe herdeiro é proclamado rei da Tailândia

Novo rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn.

Foi proclamado o novo rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, que exercerá o cargo com o nome de Rama X. O príncipe herdeiro tem 64 anos e ganhou o direito de reinar após a morte de seu pai, Bhumibol Adulyadej – que ocupou o trono tailandês por sete décadas -, em outubro passado. No entanto, Vajiralongkorn não foi empossado imediatamente porque pediu “mais tempo de luto”.
Nesse período, o reinado foi exercido pelo regente Prem Tinsulanonda, de 96 anos. Ainda assim, a coroação de Rama X ocorrerá apenas depois da cremação de Bhumibol, no fim de 2017, quando terminará o período de luto nacional decretado pelo primeiro-ministro Prayuth Chan-o-cha.
Vajiralongkorn é o segundo de quatro filhos do monarca falecido, mas o único homem. Ele é uma figura enigmática para grande parte da população e não possui a mesma autoridade moral do pai. Nos últimos anos, passou longos períodos em uma cidade nos arredores de Munique, na Alemanha. O novo rei é pai de seis filhos, tidos com três mulheres diferentes, e agora está oficialmente solteiro (ANSA).

Nico Rosberg anuncia aposentadoria da Fórmula 1

O adeus do campão da Formula 1, Nico Rosberg.

Cinco dias após tornar-se campeão mundial na Fórmula 1, Nico Rosberg surpreendeu o mundo e anunciou, na sexta-feira (2), sua aposentadoria da Fórmula 1. O piloto alemão de 31 anos afirmou que tomou a decisão após “refletir por um dia” e contar para Vivian, sua esposa, e Georg Nolt, que gerencia a sua carreira, e, por último, para Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes. “Desde quando comecei, aos seis anos, tive esse sonho: ser campeão mundial… Conquistei isso, dei tudo por isso, e com ajuda dos fãs consegui”, escreveu Nico no Facebook.
Em uma longa postagem, o piloto alemão lembrou sua trajetória de 25 anos nos esportes a motor “com todo o árduo trabalho, o sofrimento, os sacrifícios”. Rosberg destacou que a temporada atual, que se encerrou no último domingo (27), foi “muito difícil” e que as decepções com a perda de título em 2015 e 2014 foram o “combustível para elevar minha motivação a níveis que eu nunca tinha experimentado antes”.
“Em Abu Dhabi, eu sabia que aquela poderia ser minha última corrida e aquele sentimento clareou minha cabeça antes do início. Eu quis aproveitar cada parte da experiência, sabendo que poderia ser minha última vez… e quando as luzes apagaram, eu tive as mais intensas 55 voltas da minha vida”, escreveu o campeão. Rosberg começou a carreira na Fórmula 1 em 2006, e no total disputou 206 grandes prêmios pela Williams e pela Mercedes. Conquistou ao todo 23 vitórias, 57 pódios e 30 pole-positions (ANSA).

SUS tem mais quatro remédios para hepatite C

Portaria do Ministério da Saúde, publicada sexta-feira (2) no Diário Oficial da União, torna pública a decisão de incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) os medicamentos ombitasvir, veruprevir, ritonavir e dasabuvir no tratamento contra a hepatite C. Os quatro medicamentos incorporados serão utilizados em casos de hepatite crônica causada pelo genótipo 1 em indivíduos com fibrose avançada e cirrose. A portaria entra em vigor hoje.
A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), presente no sangue. Entre as causas de transmissão mais comuns estão a transfusão de sangue e o compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para a confecção de tatuagem e colocação de piercings (ABr).