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Geral 01/06/2016

em Geral
terça-feira, 31 de maio de 2016

No Dia Mundial sem Tabaco, OMS defende embalagens padronizadas de cigarro

Se nada for feito, o mundo passará a registrar mais de 8 milhões de mortes por ano a partir de 2030.

No Dia Mundial sem Tabaco, lembrado ontem (31), a Organização Mundial da Saúde (OMS) defendeu a adoção por países-membros de embalagens padronizadas de cigarro e correlatos

A ideia é que todas as embalagens desse tipo de produto passem a ser iguais, seguindo um padrão definido e que determine forma, tamanho, modo de abertura, cor e fonte, mantendo-se apenas o nome da marca. As embalagens não devem conter logotipos, cores e imagens específicas, design característico ou textos promocionais. Seriam mantidas, no país, apenas as advertências sanitárias que tratam dos malefícios provocados pelo tabagismo – atualmente exigidas no Brasil pelo Ministério da Saúde – e o selo da Receita Federal.
Em nota, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) definiu as embalagens de cigarro como um grande instrumento de publicidade utilizado pela indústria, que investe em seu aprimoramento visual, formato e localização estratégica em pontos de venda. “Lançadas em edições limitadas, com brindes, em diferentes formatos, as embalagens de produtos de tabaco estão cada vez mais sedutoras”, destacou o órgão.
No Brasil, tramitam no Congresso três projetos. Um deles institui embalagens padronizadas e propõe que não contenham dizeres, cores e demais elementos gráficos além da marca e da logomarca, em letras de cor preta sobre fundo branco, e de advertência sobre os malefícios do tabagismo, acompanhada de imagens que ilustrem o sentido da mensagem­.
Já outro projeto veda a propaganda de cigarros ou qualquer outro produto fumígeno e o uso de aditivos que confiram sabor e aroma a esses produtos, além de estabelecer padrão gráfico único das embalagens. O texto também transforma em infração de trânsito o ato de fumar em veículos quando houver passageiros menores de 18 anos.
O terceiro dispõe sobre a embalagem de produtos fumígenos derivados ou não do tabaco comercializado no país.
O Dia Mundial sem Tabaco foi criado pela OMS em 1987 como um alerta sobre doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Dados da própria entidade se referem a uma epidemia global do tabaco que mata quase 6 milhões de pessoas todos os anos. Dessas, mais de 600 mil são fumantes passivos (pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes). Dados da entidade revelam que o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, respondendo por 63% dos óbitos relacionados a doenças crônicas não transmissíveis, 85% das mortes por doença pulmonar crônica, 30% das mortes por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago e outros), 25% das óbitos por doença coronariana e 25% das mortes por doenças cerebrovasculares.
A previsão do órgão é que, se nada for feito, o mundo passe a registrar mais de 8 milhões de mortes por ano a partir de 2030, sendo que mais de 80% delas devem atingir pessoas que vivem em países de baixa e média renda (ABr).

Corpus Christi: acidentes caem, mas mortes aumentam nas rodovias federais

Durante toda a operação, mais de 28 mil condutores foram autuados por diversos motivos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou, entre os dias 25 e 29 de maio, em razão do feriado de Corpus Christi, redução de 34% no número de acidentes nas rodovias federais do país. No total, foram registrados 1.329 acidentes este ano. Em 2015, foram mais de 2 mil ocorrências desse tipo. Mesmo com a redução no número de acidentes, houve aumento de 8% no número de mortes em relação ao ano anterior. Foram 118 óbitos, contra 109 no feriado de 2015. O número de pessoas feridas também caiu, ao passar de 1,4 mil para 1,2 mil, este ano – redução de 16%.
Devido à grande quantidade de autuações de motoristas com nível de álcool elevado no sangue, o teste do bafômetro foi intensificado durante o feriado. Nos cinco dias, a PRF fez quase 38 mil testes, com 695 motoristas autuados. Ao todo, 96 condutores foram encaminhados à delegacia por dirigir após ingerir bebida alcoólica. Durante toda a operação, mais de 28 mil condutores foram autuados por diversos motivos. Desses motoristas, cerca 4,7 mil fizeram ultrapassagem irregular e 54 mil dirigiam em velocidade superior à permitida pela via. Além disso, a PRF apreendeu 11,8 toneladas de maconha – aumento de 5.027% em relação ao ano anterior (0,2 tonelada) – e 65 quilos de cocaína, registrando aumento de 1.045%.
A PRF fez ainda ações no âmbito da campanha Maio Amarelo, que tem como objetivo mostrar à sociedade como tornar o trânsito mais seguro. Desde o início do mês, diversas ações foram promovidas com o foco no uso do cinto de segurança e capacete, no combate ao excesso de velocidade e à embriaguez ao volante (ABr).

Maconha é a droga mais popular entre jovens europeus

Apesar da volta da popularidade do ecstasy, a maconha ainda é a droga mais consumida entre os jovens europeus, informou o relatório anual do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, divulgado ontem (31). Cerca de 16,6 milhões de cidadãos da União Europeia que têm entre 15 e 34 anos admitiram ter feito uso da maconha em 2014, cerca de 2 milhões a mais que em 2013.
A Itália lidera o ranking de jovens que fazem uso de maconha na Europa, seguido pela República Tcheca e a França. A produção desta substância, destaca o relatório, tornou-se uma das principais fontes de renda para o crime organizado. A droga foi a mais vendida nos mercados europeus neste período. Calcula-se que a maconha movimentou cerca 9,3 bilhões de euros. As infrações relacionadas com a cannabis, a maioria dos quais diz respeito ao consumo ou posse para uso pessoal, representam cerca de três quartos de todos os delitos ligados às drogas (ANSA).

Silvio Berlusconi e a ‘demora’ em vender o Milan

Dono do Milan, Silvio Berlusconi negocia venda de clube com chineses.

O presidente do Milan, Silvio Berlusconi, demonstrou preocupação ontem (31) com a demora em fechar negócio para a venda de seu clube, o Milan. Em entrevista à “Radio Radio”, o ex-premier italiano afirmou que a situação está toda nas mãos do grupo de investimento chinês, que pode comprar até 70% do clube por cerca de 700 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões). “Estou preocupado que a negociação se arraste por muito tempo porque há diversas grandes empresas chinesas que manifestaram interesse na propriedade do Milan. Essas sociedades têm participações estatais e são elas que estão debatendo sobre o percentual a ser comprado”, disse o mandatário.
Segundo Berlusconi, sua exigência também está sendo analisada pelos investidores já que “é preciso que quem me substitua faça investimentos para levar o Milan ao topo da Itália, da Europa e no mundo. Preciso ter a segurança que o Milan volte a ser um grande protagonista do futebol mundial”. No comando da equipe desde 1986, o político italiano afirmou ainda que “por eu ser uma marca importante e muito conhecida”, continuará na presidência “por dois ou três anos” a pedido dos chineses.
Na entrevista, Berlusconi revelou ter um “plano B” caso não consiga vender toda estrutura da equipe. “Se estas negociações não forem na direção que desejamos, voltamos como chefes do Milan e o projeto que tenho é aquele de um Milan que pede paciência para seus torcedores porque vai começar com um time de jovens, compacto e com grande fome de vitória. Acredito que posso repetir aquilo que aconteceu na Inglaterra com o Leicester”.
Questionado sobre o porque da equipe rossonera ter caído tanto de rendimento nos últimos anos – há três o Milan não sabe o que é uma competição europeia -, o ex-premier fez um “mea culpa” sobre sua atuação. “Eu não acredito que a culpa tenha sido apenas dos treinadores, mas nos últimos quatro anos eu perdi muita serenidade, fui atacado de maneira dura e respondi a 73 processos. De minha parte, foi a falta de poder ficar no meio do time. O fato que fui expulso da política com uma sentença impossível incidiu no meu tempo e na minha capacidade de confronto positivo com os outros”, disse Berlusconi (ANSA).

Milionários de Florença permanecem os mesmos há 600 anos

Séculos se passaram, mas as famílias mais ricas de Florença continuam as mesmas. É isso que indica um recente estudo realizado por dois economistas italianos, no qual é mostrado que a maior parte das riquezas da cidade está passando de geração em geração há nada menos que 600 anos. O trabalho, feito por Guglielmo Barone e Sauro Mocetti, reuniu dados sobre o pagamento de impostos dos moradores de Florença desde 1427 até 2011, informações que agora estão digitalizadas e disponíveis na internet.
Observando os sobrenomes das famílias com as maiores rendas desde o século XV, os dois economistas perceberam que eles são os mesmos nos anos seguintes até o século XXI. Analisando que na Itália, assim como em outros países europeus, os sobrenomes são bastante regionais e dificilmente mudam ou se perdem com o passar do tempo, Barone e Mocetti puderam concluir que em mais de 600 anos não houve uma mobilidade econômica significativa em Florença.
Além disso, os italianos também concluíram que as riquezas na cidade têm sido passadas de pai para filho e que os mais ricos detinham – e ainda detêm – os cargos mais altos e as profissões mais lucrativas e renomadas. O resultado do estudo, que se assemelha com o de outros municípios e países, como o Reino Unido e a China, foi recebido com um pouco de surpresa já que, de acordo com os próprios economistas, Florença passou pelo controle das tropas de Napoleão e pela ditadura do fascista Mussolini e também sobreviveu às duas guerras mundiais durante este período (ANSA).