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Aposentados: previdência brasileira está entre as piores do mundo

em Especial
terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Nesta quarta-feira (24), celebra-se o Dia Nacional dos Aposentados. A data é uma homenagem à instituição da primeira lei brasileira destinada à previdência social. No país, a idade média da população é de 35 anos, com as pessoas acima de 65 anos representando aproximadamente 11% do total, chegando a mais de 22 milhões de habitantes, segundo o Censo do IBGE. O número acende um alerta sobre como será a renda de tantos idosos.

A pesquisa anual da Global Pension Report, produzida pela Allianz, mostra que o país está entre as piores previdências do mundo. Em 2023, a Dinamarca, Holanda e Suécia ocuparam os primeiros lugares do ranking, enquanto o Brasil ficou na posição 65º. O país não se destacou nem na América Latina, já que ficou atrás do Peru, Chile, Colômbia, Uruguai e Argentina.

“É importante a organização prévia das finanças para se aposentar diante do cenário econômico. Com isso, é possível ter tranquilidade e independência financeira, durante uma fase da vida em que a segurança e o conforto se tornam prioridades cruciais, evitando imprevistos e transtornos monetários”, explica Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios.

Com as novas regras para a aposentadoria no país, o cenário se tornou mais difícil, já que antigamente era possível se aposentar apenas com tempo de contribuição do INSS. Entretanto, agora, após a mudança na previdência, só é possível quem se enquadra nos quesitos: homens com 65 anos e 20 anos de contribuição para o INSS, e mulheres com 62 e, ao menos, 15 anos de contribuição. Tantas mudanças ocasionaram preocupação dos brasileiros, que começaram a pensar em um futuro mais estável.

A pesquisa realizada pela Anbima, em parceria com o Datafolha, aponta que nove a cada dez aposentados dependem exclusivamente dos rendimentos da previdência pública para o seu sustento. “Eu sou um dos privilegiados por receber uma aposentadoria razoável, mas mesmo assim é necessário se controlar. Após 35 anos de contribuição para o INSS, o valor que ganho é usado apenas para as despesas básicas no cenário econômico atual, não podendo se ter outros gastos”, revela Edson Ferreira, aposentado, 65 anos.

Recentemente, o governo federal divulgou o valor do reajuste das aposentadorias e pensões do INSS acima do salário mínimo, passando o teto para R$7.786, um aumento de 3,71%. No entanto, para os que começaram a receber o benefício em 2023, a conta será um pouco diferente, uma vez que a mudança é relativa à inflação do período de concessão da aposentadoria. Nesses casos, o INPC é o indicador utilizado.

Já para aqueles que tiveram o benefício concedido antes de 2023 o reajuste será integral, de 3,71%. Com aplicabilidade programada para o dia 1 de fevereiro, este será o menor reajuste desde 2019. Atualmente, no Brasil, a Previdência possui 39 milhões de beneficiários, dos quais 13 milhões recebem acima do mínimo e 26 milhões o salário mínimo, que neste ano vai ser de R$1.412.

“A população brasileira se deparou com dados chocantes e o planejamento financeiro de longo prazo, para não depender do órgão público, passa a ser essencial. Dentre as opções para investir a aposentadoria estão: planos de previdência privada, Tesouro Direto, dividendos de ações e fundos imobiliários”, destaca Lamounier, ao ressaltar que num contexto desafiador como o atual, os consórcios também são importantes no planejamento da aposentadoria, já que oferecem uma abordagem estratégica e acessível para aqueles que buscam alternativas inteligentes. – Fonte: (https://multimarcasconsorcios.com.br).