Maria Cristina Kopacek (*)
Em 2021 o Brasil registrou a abertura de mais de 3,9 milhões de empreendimentos, representando um aumento de 19,8% quando comparado com 2020. Do total de empresas criadas, 3,1 milhões escolheram a modalidade de Microempreendedor Individual (MEI), correspondendo a 80%.
Em segundo lugar na abertura de novos negócios, 682,7 mil foram sob o modelo de microempresas, sendo 17,35% do total de empresas abertas em 2021. As PMEs já compõem cerca de 53.5% do PIB brasileiro, percentual que vem crescendo ano após ano, e mostram a força das PMEs. Acompanhando esse mercado há mais de 12 anos, noto que as pequenas empresas representam algumas das condições mais favoráveis aos negócios inovadores: são rápidas, flexíveis e voláteis.
Quando fazemos um recorte para a área financeira, já é notório que muitas empresas, dos mais diversos setores, conseguem hoje ter acesso a plataformas que entendam suas necessidades específicas e criem experiências financeiras contextuais, por exemplo, cashback, cartões e até mesmo crédito consignado. Serviços que antes eram inacessíveis hoje estão à disposição do pequeno empreendedor, e esse movimento deve ser ainda mais agressivo com a adoção massiva do PIX e as novas regulamentações do Open Finance.
Por fim, o ponto de destaque desse artigo é fazer uma provocação a todo o mercado brasileiro, afirmando que sim, todas as PMEs são ou serão, em algum momento, fintechs que ofereçam os mais diversos serviços financeiros e, como consequência, agreguem valor para o consumidor final.
Você já tinha se atentado a isso?
(*) – É Co-fundadora da Idez, fintech especializada em serviços financeiros para PMEs, que atua sob o modelo Bank as a service.