Luzia Costa (*)
As pessoas notariam que você não existe mais? Procurariam por você, sentiria sua falta? O que as pessoas sentiram se o seu negócio deixasse de existir?
Será que hoje, de repente, você que é produtor de alguma coisa, as pessoas não encontrassem seu produto na prateleira, elas simplesmente optariam por pegar uma segunda opção ou antes ela iria perguntar para alguém onde o seu produto está?
Você que é um prestador de serviços, será que hoje, se você deixasse de fazer a sobrancelha, cabelo de alguém, essa pessoa iria notar? Ela iria atrás de você? Da sua marca? Da sua empresa? Ou simplesmente ela procuraria um outro salão?
Isso tem acontecido todos os dias. Empresas têm morrido, e as pessoas não tem percebido para onde foram essas marcas, o que realmente aconteceu com elas.
Somente as empresas que tem noção da sua responsabilidade com o próximo, fazem a diferença. Somente empresas que tem clareza do seu propósito, que estão no mercado para servir o outro, tem clareza de tudo isso. Há um tempo, foi realizada uma pesquisa com várias empresas fazendo essa pergunta: se o seu negócio deixasse de existir hoje, que falta ele faria para a sociedade?
75% das empresas não fariam falta porque as pessoas não sabem identificar o verdadeiro propósito dessas empresas. Chocante, não é mesmo?
Muitos empresários empreendem pelo dinheiro, muitos estão nesse mercado por necessidade, mas não possuem clareza do propósito, clareza de contribuir com a sociedade, com algo que vai muito além de entregar um simples serviço e/ou produto. Tem a ver com cuidado, com sustentabilidade, tem a ver com o amor ao próximo, com gratidão, com responsabilidade.
Nós precisamos entender, que nossos negócios precisam fazer falta para a sociedade. Se hoje um dos meus negócios, qualquer empresa do Grupo Cetro fechar, e as pessoas não perguntarem e não sentirem falta, tem alguma coisa de errado. Nosso negócio precisa fazer a diferença para a sociedade, se não estamos nos perdendo!
Lembre-se sua empresa quando tem um propósito, não tem a ver com você, com que entrega e faz, mas sim com o que você transfere. A forma que transfere que irá fazer a diferença lá na frente.
Reflita e se pergunte: se minha empresa deixasse de existir, as pessoas notariam?
(*) – É empreendedora e mentora. CEO do Grupo Cetro, detentor das marcas Sóbrancelhas, Reduci, DepilShop, entre outras startups.