319 views 6 mins

Propagação de IA e IAG demandam cautela das empresas

em Espaço empresarial
quinta-feira, 13 de abril de 2023

“Oi, Alexa!”…

Apesar de muita gente vincular a inteligência artificial (IA) a obras de ficção, tal tecnologia está bem presente no dia a dia. Prova disso está na locomoção, afinal, não há nada melhor que o Google Maps ou o Waze para uma melhor experiência no trânsito.

Outro exemplo é a possibilidade de desbloquear o smartphone com o rosto, garantindo segurança às operações, certo? Ademais, o que dizer dos teclados inteligentes que têm capacidade para detectar erros de linguagem e efetuar sugestões de correção? – Que a IA veio para dar maior comodidade e otimizar os processos todo mundo já sabe. O que muitos ainda não sabem é sobre a, digamos, “sua irmã” IAG, ou Inteligência Artificial Generativa.

A diferença entre as duas é a seguinte: enquanto a primeira permite a construção de máquinas habilidosas aptas a realizar trabalhos sem nenhuma intervenção humana, a caçula aprende a partir de materiais já vigentes, concebendo novas peças realistas que espelham as particularidades de seus dados de preparo, mas sem os repetir.

Quem explica melhor é Filipe Bento, CEO da Br24, a maior parceira da plataforma Bitrix24 da América Latina, que diz que o termo IAG vem ganhando expressividade graças ao ChatGPT, que é uma ferramenta de IAG.

“Aqui estamos falando de imaginação e criatividade! Com a inteligência artificial generativa, temos algoritmos que cedem espaço para a elaboração de conteúdos novos e originais, como áudio, texto, imagens, vídeos e códigos. Para o desenvolvimento, essas máquinas usam o que aprenderam com base em dados já existentes e no entrosamento com usuários.

Na prática, ela se distingue das funções habituais de IA por causa da sua capacidade de criar algo novo. Por isso ela é generativa”. Agora, se a IA já vem fazendo a diferença nas organizações de todos os portes e segmentos, imagine só a IAG com seu poder cocriador.

Para se ter uma ideia, na área da saúde, um estudo realizado pela Universidade de Stanford mostrou que a inteligência das máquinas é capaz de diagnosticar um câncer de pulmão com maior precisão do que os médicos humanos. Além disso, uma pesquisa da Mayo Clinic mostrou que a IA é capaz de prever o risco de morte por insuficiência cardíaca com 88% de precisão.

Por sua vez, na agricultura, a empresa Blue River Technology desenvolveu um sistema de IA capaz de identificar ervas daninhas em tempo real e pulverizá-las com precisão, reduzindo o uso de pesticidas em até 90%. A produtividade no campo também está no radar da IA, sendo que um levantamento da Universidade de Cambridge mostrou que há soluções com capacidade de prever a safra com 90% de acerto.

Outro exemplo está nos transportes, uma vez que os carros autônomos podem reduzir a quantidade de acidentes nas estradas em até 90%, de acordo com a Universidade de Michigan. Na visão de Filipe Bento, esses dados chamam atenção porque o futuro das empresas está na IA e na IAG, que vão passar a interferir nos processos de todos os setores.

“A inteligência artificial está se propagando, isso é fato, e trazendo melhora no relacionamento com os clientes, redução de falhas, aumento de produção e, por consequência, mais chances de obter lucros”. Por fim, mesmo com tanta popularidade, tanto a IA quanto a IAG demandam atenção de pessoas físicas e jurídicas, principalmente no quesito responsabilidade e ética.

Propagação de conteúdo ilícito, plágio; deep fake para fraudes; tendências discriminatórias com o potencial de prejudicar indivíduos ao fortalecer – ao invés de combater – discriminações e preconceitos; programação de códigos maliciosos; violação de direitos autorais, marcas e de personalidade; e falta de explicações e transparência nas informações são problemas que podem ser corriqueiros, caso não seja dada a devida atenção à utilização das soluções tecnológicas.

“Então, recomendamos às empresas que chequem, com profundidade, seus próprios entraves, uma vez que a omissão e a falta de ética na adoção de IAG podem, ao invés de trazer benefícios, provocar o efeito contrário, e acabar causando problemas regulatórios e de reputação da marca”. Fonte e amais informações: (https://br24.io/).