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Trabalho remoto caiu em outubro pelo segundo mês consecutivo

em Economia
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

O estudo ‘O trabalho remoto e a pandemia: a manutenção do status quo de desigualdade de renda no país’, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que o trabalho remoto englobou, em outubro um total de 7,6 milhões de pessoas, o que correspondeu a 9,6% das 79,4 milhões de pessoas ocupadas no Brasil e não afastadas. Foi o segundo mês consecutivo de redução no percentual de brasileiros trabalhando de forma remota, sinalizou o levantamento.

Isso quer dizer que foram 477 mil pessoas a menos do que o estimado em setembro. Essa é a primeira vez, desde o início da pandemia do novo coronavírus, que esse número é inferior a 8 milhões. A remuneração dos trabalhadores que trabalham de casa alcançou R$ 33,6 bilhões no mês de outubro, o que corresponde a 18,5% da massa total de rendimentos efetivamente recebida por todas as pessoas ocupadas no país, da ordem de R$ 181,5 bilhões.

No mês de setembro, 10,7% das pessoas ocupadas e não afastadas trabalharam de forma remota, sendo responsáveis por 20% da massa de rendimentos. Em relação ao mês anterior, o perfil de quem está trabalhando em casa permaneceu estável. Em outubro, observou-se que as mulheres constituíam a maioria das pessoas em trabalho remoto (56,9%), da cor branca (65%), com nível superior completo (76%) e idade entre 30 e 39 anos (32%).

Predominou, também, o setor formal no teletrabalho (84,1%), que equivale a 6,4 milhões de pessoas, enquanto os restantes 15,9% dos trabalhadores estavam na informalidade (1,2 milhão de pessoas). Na desagregação por atividade, o Ipea constatou que 44,3% das pessoas em home office estavam em atividades de serviços, 38,4% no setor público, 7% na indústria e 4,9% no comércio. A maior concentração de pessoas trabalhando remotamente continuou no Sudeste brasileiro (58,4%) (ABr).