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Taxa de desemprego fica em 11,1% no primeiro trimestre

em Economia
segunda-feira, 02 de maio de 2022

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 11,1% no trimestre de janeiro a março. O índice ficou estável na comparação com o período anterior em 2021. Esse é o menor índice para o trimestre encerrado em março desde 2016, quando também ficou em 11,1%. O número de desempregados que somou 11,9 milhões de pessoas, também ficou estável. A população ocupada estimada em 95,3 milhões recuou 0,5% na mesma comparação. Número representa menos 472 mil pessoas no mercado de trabalho. Os dados estão na pesquisa divulgada pelo IBGE.

Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o fato de não haver crescimento na busca por trabalho no trimestre, explica a estabilidade da taxa de desocupação. O cenário é diferente do registrado nos outros trimestres terminados em março, quando, pelo efeito da sazonalidade, havia aumento da procura por trabalho. “Se olharmos a desocupação em retrospecto no primeiro trimestre, essa população costuma aumentar devido aos desligamentos que há no início ano. O trimestre encerrado em março se diferiu desses padrões”, observou.

O rendimento médio real, que cresceu 1,5% em relação ao trimestre encerrado em dezembro, foi estimado em R$ 2.548. Na visão da coordenadora, esse aumento é importante considerar que o indicador vinha em queda desde o segundo trimestre do ano passado. O número de trabalhadores por conta própria na comparação com o último trimestre caiu 2,5%. Isso quer dizer que 660 mil pessoas dessa categoria saíram do mercado. O número de informais chegou a 38,2 milhões com a queda de 1,9%.

A pesquisa apontou que a participação dos trabalhadores por conta própria sem CNPJ nesse recuo é de 64%. Em outro movimento, o número de empregadores subiu 5,7%, representando 222 mil pessoas a mais. Houve elevação no número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, que alcançou 34,9 milhões de pessoas.

Na comparação com o trimestre concluído em dezembro, significa aumento de 1,1%, ou de 380 mil pessoas. Entre os setores analisados, a construção civil teve retração no seu contingente de trabalhadores na comparação com o trimestre anterior. Neste período, a queda é 3,4%, ou 252 mil pessoas. Segundo o IBGE, os outros setores ficaram estáveis nessa comparação (ABr).