O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da Boa Vista – registrou avanço de 1,4% em setembro contra agosto, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com setembro de 2018, houve aumento de 3,2%. No ano, porém, o indicador acumula queda de 4,6%.
Por outro lado, o indicador de recuperação também segue em queda nesta base de comparação (-3,3% em setembro), sinalizando dificuldade dos consumidores com dívidas em atraso de reequilibrarem a sua situação financeira e saírem do cadastro de inadimplentes. Entre os principais fatores por trás desta dificuldade, é possível apontar os elevados níveis de desocupação e subutilização da mão de obra e o fraco crescimento da renda. Na comparação mensal, por sua vez, o indicador de recuperação segue oscilante.
Após alta em julho, o indicador recuou em agosto, mas voltou a subir em setembro, para o que pode ter colaborado o resgate dos recursos do FGTS, em grande parte dos casos utilizados pelos consumidores para o pagamento de dívidas atrasadas – de acordo com pesquisa da Boa Vista, 56% dos que fariam o saque do FGTS utilizariam o dinheiro para pagar as contas, sendo que 42% iriam pagar as atrasadas e 14% as contas que estavam em dia. Favorece também o aumento da recuperação a redução das taxas de juros, que abre oportunidades aos consumidores de renegociação das dívidas atrasadas (AI/BoaVistaSCPC).