Sobre as tendências de mercado para proteína animal brasileira na Ásia, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) adotou um tom otimista, apostando na demanda firme da China e na abertura e ampliação da demanda em outros países do continente. De acordo com o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, a expectativa é de que ainda este ano as exportações brasileiras para a Ásia cheguem à casa das 600 mil toneladas de carne de frango e 1 milhão de toneladas de carne suína.
As quantias representam, respectivamente, aumento de 7% em relação a 2019, já previsto pela instituição, e 33% de aumento, superando as expectativas. Ele ressaltou que a Peste Suína Africana (PSA), que atingiu a China em cheio desde o final de 2018 e acabou se espalhando por outros países do continente, dizimando planteis suínos, continuará mostrando seus efeitos este ano.
Segundo Santin, foram abatidas matrizes suínas naquele continente em 2019, como consequência da PSA, animais que foram consumidos como carne, além de abates antecipados na China. “Agora fica difícil a recomposição dos rebanhos, porque para ter produtividade, é preciso matrizes geneticamente boas. Essa falta de proteína animal na Ásia não será suprida apenas pela importação de carne suína”.
O gerente de mercado da ABPA, Luís Rua, ressalta que “só na China, hoje há um déficit de 20 milhões de toneladas de proteína animal”. Ele exemplifica que, mesmo se somados todo o volume exportado de carne suína por outros países, a quantidade seria de 9 milhões de toneladas, ou seja, menos da metade do que a China necessita. Isso abre uma lacuna, inclusive, para exportações de carne de frango para o país e demais integrantes do continente, incluindo cortes que não eram comunmente consumidos (Fonte: Redação AI/SI).