A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,93% para 5,96%. A estimativa consta no Boletim Focus de ontem (3), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,13%.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, segundo o qual a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%. Em fevereiro, puxado pelo grupo educação, com os reajustes aplicados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano, o IPCA ficou em 0,84% , segundo o IBGE. Com o resultado, o indicador acumulou alta de 1,37% no ano e de 5,6% nos últimos 12 meses.
A taxa básica de juros, a Selic, está definida em 13,75% ao ano pelo Copom. A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12,75%. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se manteve em 0,9%. Para 2024, a expectativa para o PIB é de crescimento de 1,48%. A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30 (ABr).