A população ocupada no agronegócio se manteve praticamente estável na comparação entre os primeiros trimestres de 2019 e 2020, segundo pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada(Cepea), da Esalq/USP. O total no período foi de 17,97 milhões de pessoas, baixa, provavelmente não significativa estatisticamente, de ligeiro 0,53% no período. Dessa forma, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro se manteve praticamente estável, passando de 19,66% para 19,48% entre os primeiros trimestres de 2019 e 2020.
O número de ocupados aumentou nos segmentos industriais (insumos e agroindústria), mas diminuiu no segmento primário e ficou estável nos agrosserviços. Há uma tendência de queda no número de ocupados no agronegócio, influenciada pelo segmento primário, que recuou 1,97% na comparação entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo período de 2019. Esse resultado “dentro da porteira” é reflexo da redução de 2,75% (143 mil pessoas) nas atividades agrícolas, uma vez que houve apenas ligeira queda de 0,61% (18 mil pessoas) nas atividades pecuárias.
Em relação ao nível médio de instrução, dados do Cepea mostram que houve redução do número de trabalhadores sem instrução ou com ensino fundamental e aumento do número de trabalhadores com ensino médio ou superior. Esses movimentos refletem, entre outros fatores, o processo de modernização da produção agropecuária, que impõe o aumento gradativo da mão de obra qualificada, e uma mudança na composição da mão de obra do setor, com elevações de representatividade das ocupações industriais e de serviços em comparação com as agropecuárias. (Fonte: Redação AI/SI).