Uma pesquisa da Alshop, feita em todo o país, mostrou que 62,5% dos 1,2 mil associados farão promoções em seus pontos de venda durante a Black Friday (sexta-feira preta), na última sexta-feira (26) de novembro, enquanto 18,8% dos lojistas gostariam de participar da data, porém, não conseguirão devido ao aumento de custos que pressionam os preços e as margens de venda. Mesmo assim, a expectativa com relação à data é positiva, podendo superar os números de 2020 em 5%.
“Sabemos que o varejo tem se erguido aos poucos, e mesmo diante da alta dos preços, em conversas com outros empresários, há muito mais otimismo para essa nova fase”, disse o diretor institucional da Alshop, Luis Augusto Ildefonso. Mesmo com a alta do dólar e o aumento de custos indiretos, os consumidores podem visitar as lojas esperando descontos significativos. “Os descontos não serão tão generosos como nos anos anteriores, mas com certeza farão a diferença para o consumidor que está em busca de smartphones, eletrodomésticos ou até outros produtos que já estejam no radar”, afirmou.
A FecomercioSP alertou para o fato de que a preparação para a data requer atenção dos lojistas na hora de identificar o limite de descontos para atrair os consumidores sem comprometer o fluxo de caixa, ainda mais diante de um cenário de incertezas econômicas e com indicadores de consumo deteriorados (desemprego em alta, inflação, deterioração da renda e crédito mais caro).
Para a entidade, o ponto de atenção para os lojistas na Black Friday deste ano é colocar o consumidor no centro das estratégias do negócio, proporcionando a melhor experiência de compra, desde o primeiro contato até o pós-venda. “A oferta mais escassa de bens duráveis, como eletroeletrônicos e eletrodomésticos, poderá ter impacto nas vendas, considerando que os insumos necessários para a fabricação destes produtos estão com preços mais altos”, disse a FecomercioSP.