O Brasil já possui capacidade para produzir uma quantidade de energia solar semelhante ao que é gerado pela usina de Itaipu inteira. O país ultrapassou recentemente a marca de 13 gigawatts (GW) de potência operacional em grandes usinas solares e sistemas fotovoltaicos de médio e pequeno portes instalados em telhados, fachadas e terrenos. Para efeitos de comparação, a Binacional Itaipu, uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo, possui capacidade instalada de 14 GW.
Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Segundo a entidade, que elabora estudos técnicos e reúne empresas do setor, a fonte solar já acarretou mais de R$ 66,3 bilhões em investimentos e gerou 390 mil empregos no país, desde 2012. Além disso, foram evitadas a emissão de 14,7 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Dos 13 gigawatts de potência total, a geração própria de energia – placas solares instaladas em prédios e residências, por exemplo – representa 8,4 GW da potência instalada. Já as usinas solares de grande porte respondem por 4,6 GW da potência instalada, equivalente a 2,4% da matriz energética no país.
Segundo a Absolar, as usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração de energia do Brasil, com empreendimentos espalhados por nove estados. “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos, que atualmente são as duas principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, afirma o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia.
“Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível”, explica André Flávio, diretor-executivo de consultoria para o setor de energia da EY, ao destacar o potencial da energia solar no país: “Várias indústrias ainda não migraram para esta possibilidade, o mercado residencial continua praticamente inexplorado e há muitas áreas com possibilidade de abrigarem fazendas solares”, explica o consultor (Agência EY).