A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 6,79% para 6,88%. É a 18ª elevação consecutiva na projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (9), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,84%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente. A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
Em junho, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Ainda assim, com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77%, no ano, e 8,35%, nos últimos 12 meses. Os dados de julho devem ser divulgados pelo IBGE hoje(10), mas o IPCA-15, que mede a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,72% no mês passado, a maior variação para um mês de julho desde 2004 (0,93%).
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que foi elevada na semana passada de 4,25% ao ano para 5,25% ao ano pelo Copom. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7,25% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantenha esse mesmo patamar.
As instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,30%. Para 2022, a expectativa para PIB é de crescimento de 2,05%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%. A expectativa para a cotação do dólar se manteve em R$ 5,10 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20 (ABr).