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Mais de 40 países aderem a aliança para eliminação do carvão

em Economia
quinta-feira, 04 de novembro de 2021

São mais de quatro dezenas os países que se juntam à maior aliança internacional com o objetivo de eliminar progressivamente o carvão das políticas energéticas. Um deles é a Ucrânia, detentora do terceiro maior parque industrial dependente desse recurso energético, depois da Alemanha e da Polônia, compromisso assumido na Cúpula do Clima (COP26), em Glasgow. Com a eliminação do carvão, 11 instituições financeiras farão parte da aliança.

Ainda assim, alguns dos países mais dependentes do carvão como fonte energética, entre eles a China, Austrália e os Estados Unidos, não se comprometeram com essa aliança. O governo ucraniano compromete-se a limitar a produção de carvão até 2035. Outros países, como o Chile, Singapura, Azerbaijão, Eslovênia e Estônia pretendem chegar ao mesmo objetivo dentro de 15 anos.

Os signatários da aliança internacional comprometeram-se, concretamente, a barrar todos os investimentos – internos ou externos – em políticas energéticas assentadas no carvão. Chegaram ainda a acordo para recuar progressivamente na utilização desse recurso na década, com início em 2030 para as maiores economias mundiais, e a partir de 2040, para os países menos desenvolvidos.

O secretário de Estado britânico para a Energia e Negócios, Kwasi Kwarteng, chegou a afirmar que o fim do carvão está à vista. Juan Pablo Osornio, à frente da delegação da organização ambientalista Greepeace na COP26, no entanto, advertiu que o texto do compromisso “continua muito aquém da ambição que é necessária quanto aos combustíveis fósseis nesta década crítica”. Globalmente, em 2019, o carvão gerou cerca de 37% da energia elétrica (ABr).